Tomarei medidas para proteger a Constituição, afirma Bolsonaro

Em uma série de publicações feitas em seu perfil no Twitter, na noite desta terça-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro negou ser líder de uma gestão autoritária. Ele destacou o trabalho do governo para aprovar reformas importantes para o país, disse que a maioria dos brasileiros é conservadora e reafirmou ter compromisso com a proteção da Constituição e da liberdade da população.

“Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas. Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade do dos brasileiros”, finalizou Bolsonaro em uma série de mensagens em sua conta oficial no twitter.

A fala do presidente foi feita no mesmo dia em que ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) fizeram discursos em defesa das instituições e com críticas endereçadas ao Planalto. A ministra Cármen Lúcia demonstrou “preocupação” com o cenário nacional.

“Atentados contra instituições, contra juízes e contra cidadãos que pensam diferente voltam-se contra todos, contra o País”, disse. “Que não se cogite que a ação de uns poucos conduzirá a resultado diferente do que é a convivência democrática. E não se cogite que se instalará algum temor ou fraqueza nos integrantes da magistratura brasileira. Este tribunal é presente, está presente, permanecerá presente e atuante cumprindo seus compromissos institucionais com a República”, completou.

O ministro Edson Fachin concordou com a colega de corte. “Temos de sair da crise sem sair da democracia. A saúde da democracia é também a saúde das instituições”, afirmou.

O decano do Supremo, Celso de Mello, foi ainda mais direto. “Esse discurso não é um discurso próprio de um estadista comprometido com o respeito à ordem democrática e que se submete ao império da Constituição e das leis da República”, escreveu o ministro.

Por ND