Apreensões de animais silvestres aumentam 40% em 2024 e desafiam autoridades em SC

Uma operação que apreendeu aves e répteis de um grupo suspeito de tráfico de animais silvestres, na última quinta-feira (4) em Joinville, acendeu um alerta nas autoridades de Santa Catarina quanto a crimes deste meio. Em 2024, as apreensões de animais silvestres já somam 40% a mais que no mesmo período do ano passado.

De acordo com dados da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina (PMA-SC), são 109 apreensões de animais silvestres no primeiro trimestre deste ano. Em 2023, foram 78 no mesmo período. Já em todo o ano passado, foram 231 apreensões.

Conforme Tânia Harada, delegada da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, a polícia já sabe que as quadrilhas que vendem animais silvestres costumam ser maiores e atuam em conjunto a partir de cidades e até estados diferentes.

— A principal fonte de renda de alguns destes investigados é justamente o tráfico ilícito de animais silvestres — afirma.

Também, segundo Jardel Carlito da Silva, comandante da PMA-SC, parte dos casos investigados em SC são de pessoas tentando levar os bichos para casa.

— Há também pessoas que fazem a apreensão de animais silvestres para terem a posse como animais domésticos. Essa também é uma grande parcela das apreensões no estado — explica.

A investigação em Joinville ainda tenta descobrir o total de animais comercializados ilegalmente pelo grupo nos últimos seis meses. Outro desafio enfrentado pelas autoridades do estado é garantir que os animais consigam voltar à natureza, através do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), onde ficam após as apreensões.