BALEIA ENCALHA EM PRAIA DE BARRA VELHA (SC)

Uma baleia da espécie jubarte encalhou no final da manhã desta segunda-feira (16) em Barra Velha, no Litoral Norte catarinense. Até a tarde, o animal estava bem, segundo o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Os biólogos da entidade aguardam a maré alta e equipamentos para fazer o desencalhe.

De acordo com o PMP-BS, a baleia encalhou na Praia da Península. Trata-se de um animal juvenil de cerca de seis metros. Enquanto não é possível fazer o desencalhe, os biólogos do projeto monitoram o mamífero.

Na madrugada desta terça (17), a maré deve subir. Pela manhã, os equipamentos usados em desencalhes devem chegar, vindos de Imbutuba, no Sul catarinense, de Florianópolis e da própria região do Litoral Norte.

O coordenador da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Jefferson Dick, explicou o procedimento de desencalhe. “É preciso conseguir passar cordas em volta dela [baleia] e colocar em uma cinta. Depois, tem que levar as cordas até o rebocador. Quando a água cobrir dois terços da baleia, o rebocador puxa para fora da arrebentação, o mais distante possível. O animal é solto para ver se consegue seguir o seu caminho ou se volta e encalhar”.

Entre os materiais necessários para o procedimento estão cerca de 300 metros de corda e motos aquáticas para levar as cordas da baleia até o rebocador. Esse trabalho geralmente é feito por profissionais mais especializados, como integrantes do PMP-BS e bombeiros.

Orientação aos banhistas

O coordenador explicou que a área em volta da baleia foi isolada e que os banhistas devem se manter a uma distância segura do mamífero. “Ele está estressado. Em um animal de 10 toneladas, se a pessoa for atingida por uma nadadeira, pode levar a morte. Se tentar empurrar, pode ficar presa embaixo dele e se afogar”, explicou.

Banhistas que encontrarem animais marinhos em perigo na Bacia de Santos (em Santa Catarina, no Litoral Norte e Norte do estado), podem entrar em contato com o PMP-BS pelo telefone 0800 642 334.