O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte queda nesta sexta-feira (6), abaixo dos 100 mil pontos, acompanhando mais um dia de estresse nos mercados externos, em meio às preocupações sobre a real eficácia de medidas como cortes de juros para blindar as economias dos impactos do surto de coronavírus.
Às 11h23, o Ibovespa caía 4,45%, a 97.680 pontos. A última vez que o índice fechou abaixo dos 100 mil pontos foi no dia 8 de outubro, quando encerrou a 99.981 pontos. Veja mais cotações.
Entre as principais quedas, CSN, Gerdau e Lojas Renner recuavam mais de 6%.
Já o dólar operava em queda, 12 altas seguidas.
Na véspera, a bolsa brasileira teve queda de 4,65%, encerrando a sessão a 102.233 pontos.
Preço do petróleo cai mais de 4%
Na Europa, as principais bolsas tinham queda de mais de 3% nesta sexta e o preço do barril de petróleo recuava mais de 4%, após rumores de que a Rússia não apoiaria o chamado da Opep para a redução extra na produção, segundo a Reuters.
Nos EUA, os rendimentos dos títulos do governo norte-americano registravam nesta sexta novas mínimas históricas, com o aumento da procura dos investidores por ativos considerados mais seguros. O rendimento das notas de referência do Tesouro de 10 anos caiu para uma baixa recorde de 0,7650%.
Nos mercados externos, as ações ligadas a empresas aéreas e do setor de turismo e lazer lideravam as baixas do dia, uma vez que pessoas em todo o mundo têm cancelado viagens não essenciais.
Mais de 98.000 pessoas foram infectadas em mais de 85 países e mais de 3.300 pessoas morreram, segundo contagem da Reuters.
Na véspera, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) informou que o setor de transporte aéreo de passageiros pode sofrer perdas de até US$ 113 bilhões em receita este ano.