Novo estudo do Banco de Desenvolvimento Regional do Extremo Sul (BRDE) divulgado na última sexta-feira (22) mostra que quase 1.200 empresas catarinenses foram beneficiadas pela repactuação de contratos e o alongamento de dívidas em função do coronavírus. Para o Diretor Presidente Marcelo Haendchen Dutra, a medida, efetivada ao longo dos meses de março e abril, teve a intenção de garantir um “suporte financeiro importante para as empresas catarinenses em um momento crítico para a manutenção dos negócios”.
O levantamento da área técnica do banco mostra que dos contratos elegíveis, 1.390 tiveram assegurada a suspensão das parcelas pelo período de seis meses. “Somadas, as parcelas postergadas, correspondem a R$ 112,2 milhões e representam um fôlego significativo para 1.186 empresas, prefeituras e produtores rurais catarinenses”, complementa Dutra. Os financiamentos em questão utilizam recursos próprios do BRDE ou são operados pelo banco, tendo como origem o BNDES e fundos como o FUNGETUR, que financia projetos turísticos.
Os beneficiados pelo adiamento dos contratos são das mais diversas regiões do estado, e das mais variadas áreas de atuação: 540 micro e pequenas, 93 médias e 39 grandes empresas; 481 pessoas físicas; 24 prefeituras e 9 produtores rurais com propriedades de diversos portes. Juntas essas operações de crédito somam mais de R$ 1,2 bilhão.
Segundo Dutra, o trabalho de postergação dos contratos envolveu a equipe técnica do banco em Santa Catarina que, proativamente, entrou em contato com os correntistas elegíveis, oferecendo o benefício. “Foi um verdadeiro mutirão, realizado com muita competência pela equipe do BRDE. Muitos clientes se surpreenderam positivamente com essa mobilização. E, com a garantia do congelamento temporário das parcelas, tiveram tranquilidade para se preparar para a pandemia ou focar em outros aspectos importantes deste período”.
O Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Vladimir Arthur Fey reforça que o mutirão para postergação da dívida dos clientes catarinenses do BRDE teve outros diferenciais importantes. “O banco decidiu não aumentar taxas de juros, além de não cobrar tarifas adicionais para encaminhar a postergação” explica. Outro ponto importante, segundo ele, foi a redução da burocracia com a dispensa do reconhecimento de firma em cartório, um procedimento comum em situações dessa natureza.