Desde que a polícia encontrou o corpo da Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, há 11 dias, o crime está sendo investigado como homicídio. A estudante sumiu no dia 8 de junho quando saiu para patinar, em Araçariguama (SP), e foi achada morta no dia 16 de junho, na Estrada de Aparecidinha, bairro Caxambu.
Em entrevista à TV TEM, nesta segunda-feira (25), a mãe da vítima, Rosana Maciel Guimarães, acredita que a filha pode ter sido pega por engano por criminosos e uma suposta vingança sem motivo identificado.
“Minha filha estava no lugar errado e na hora errada. Agora, se é para se vingar de alguém eu não sei, mas essa pessoa [criminoso] estava com maldade e infelizmente minha filha estava lá naquele momento [que foi pega] e, para mim, no momento errado”, conta.
A hipótese de vingança também é considerada pela Polícia Civil embasada na forma como o corpo da garota estava.
“A hipótese, não de autoria, mas de circunstância e motivação, da forma como o corpo foi encontrado, pelo local, pelas amarras, pela forma que ela estava amarrada, a linha principal seria de execução por vingança”, disse o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel.
Ainda conforme Carriel, o motivo da suposta vingança é desconhecido e outra hipótese é que Vitória foi morta por engano, pois todo o histórico da família da garota não aponta que eles sofreriam algum tipo de represália.
“Para mim isso é um pesadelo. Parece que a qualquer hora minha filha vai chegar. Não saber quem foi e as retaliações que a gente sofre, as acusações para a família inteira. Tudo isso é um pesadelo”, desabafa a mãe.
No atestado de óbito da vítima consta que a causa da morte é indeterminada. No entanto, a perícia afirmou que ela pode ter sido morta por afixia.
No sábado (23), a Secretaria de Segurança Pública divulgou que está oferecendo pagamento de até R$ 50 mil como recompensa para quem fornecer informações que levem à identificação do responsável pelo crime.
Investigação
Mais de 70 pessoas já foram ouvidas durante a investigação. A Polícia Civil também analisa aproximadamente 300 horas de gravações de câmeras de segurança recolhidas de imóveis perto do local do crime.
Segundo as investigações, o corpo de Vitória estava amarrado a uma árvore. Uma pessoa cortou as cordas antes da polícia chegar. A adolescente tinha marcas nos tornozelos e nos punhos e não tinha sinais de estrangulamento nem de abuso sexual.