Nos últimos anos este tipo de evento vem ganhando força e popularidade por sua simplicidade e proposta em atrair todo tipo de praticante e não só profissionais ou competidores de categorias amadoras dos circuitos regionais, são de forma geral eventos mais democráticos, um movimento diferente do que é visto habitualmente no surf, o pessoal se junta pra surfar, pra passar o dia na praia, envolve música, cultura surf, cinema, amizade e festa, o verdadeiro significado de “Festival” .
Não segue padrão, não precisa necessariamente estar atrelado a uma associação e nem federação e é nesta liberdade e diferença.
O momento é perfeito pra isso, a decadência/ausência de associações nas praias, a falta de um circuito Nacional solido como tínhamos no passado, a falta de investimento na categoria, a falta de interesse (até então) de investidores e principalmente da mídia deixou uma lacuna aberta pra esse público. E foi só começar que o público aderiu.
Algo que vem chamando a atenção neste cenário são as mudanças nos critérios de julgamento aderidos pela própria WSL, até o campeonato mundial está voltando ao estilo clássico.
Nunca tivemos uma interação e facilidade de comunicação como hoje, nunca conhecemos e unimos pessoas tão facilmente como agora e os eventos nunca foram tão bem divulgados e multiplicados instantaneamente como está sendo, nunca tivemos tantos fotógrafos, vídeo makers, drones, sites, blogueiros, youtubers e instagramers, nunca foi possível assistir um evento ao vivo no outro lado do pais pelos olhos dos participantes (stories) e não pela edição da organização, ou da transmissora, não era possível aprender participando de longe, e principalmente, nunca tivemos tantos surfistas como temos hoje.
Nos últimos 2 anos tivemos o surgimento de 5 festivais aqui em Santa Catarina que foram sucesso de público, o BcLogFestival em Balneário Camboriú, o Biruzera Logger Festival em Itapirubá, o Longboard Surffloripa na barra da lagoa, o Garopaba Longboard ne Ferrugem e o Eco Rock Surf Festival do cantor Armandinho na Brava de Itajai.
o BCLogFestival em Balneário Camboriú, a meca do longboard no estado, com certeza a cidade com maior número de praticantes devido ao formato e tamanho da onda serem perfeitos para o estilo clássico, além de já ser muito tradicional em eventos de longboard e já ter revelado muitos nomes.
O BCLOG acontece em Julho, sempre conectado aos festivos de aniversário da cidade, o formato de julgamento é feito pelos atletas e apenas uma categoria, sendo homens e mulheres todos juntos, separado apenas na fase final do evento e o fato mais interessante é que foram disponibilizadas 72 vagas para confirmação exclusivamente online e que foram todas preenchidas em pouco menos de 4 horas, uma marca histórica.
Depois do evento tem a Festa de Premiação e Confraternização e tivemos participação do Rio, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, teve até participação internacional de Atletas do Portugal, Espanha, Uruguai e Argentina. Talvez “Festa” seja o diferencial de Balneário. Coquetel de abertura, Workshop com Shapers, Bandas, Cervejas especiais, mostra de filmes, exposição fotográfica e bons momentos entre amigos conduzem a festa ao sucesso.
O interessante é a simplicidade e o baixo custo na execução destes eventos. A aceitação do público revela que não é necessário grande estrutura ou grandes investimentos pra reunir as pessoas pra fazer o que elas tanto gostam, surfar. O que é fundamental são as ondas, e nisso, os 5 festivais de Santa Catarina citados estão perfeitamente bem servidos. Foram dias de excelentes ondas em todos os eventos e se der uma olhada nas redes sociais verá fotos muito boas.
Grande Abraço a todos, #KeepHanging !
Giuliano Santana -> Diretor Comercial SwellSul Turismo(@SwellSul)/ Redator @ArquivoLongboard / Sales & Media Management @BcLogFestival / Free Surfer e viciado em coxinha de frango.
Então é isso galera. Espero que tenham gostado desse conteúdo irado trazido pelo nosso brother Giuliano “Pig” Santana..
Até semana que vem. Grande abraço..