Aumento foi autorizado pela Aneel nesta segunda-feira (13) e será repassado pela Celesc a partir do dia 22 de agosto
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta segunda-feira (13) os valores do reajuste anual da tarifa praticada pela Celesc. Os novos valores começam a valer a partir de 22 de agosto com um aumento médio de 13,86%. A empresa atende 2,9 milhões de unidades consumidoras localizadas em 258 municípios catarinenses.
Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Aneel considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, e os encargos setoriais.
Para os consumidores residenciais atendidos em baixa tensão, que representam 78% das unidades consumidoras, o reajuste médio será de 13,15%. Já os consumidores de alta tensão sofrerão reajuste de 15,05%. O efeito médio por consumidor, considerando os dois grupos, é de 13,86%
Os itens que mais impactaram no cálculo do reajuste tarifário foram a elevação do custo com os encargos setoriais, que sofreram variação de 21,44% entre agosto de 2017 e julho de 2018, e o custo com a compra de energia, que sofreu variação de 11,06% no mesmo período. Encargos setoriais são cobranças instituídas por lei como taxação ao sistema.
Também se destacam os componentes financeiros, em sua maior parte relacionados a despesas com compra de energia realizadas no ciclo tarifário anterior que ultrapassaram a cobertura tarifária prevista para o período, especialmente por conta do maior uso de geração térmica.
“A tarifa paga pelo consumidor deve cobrir os custos de geração, transmissão, distribuição, encargos setoriais e impostos. Nesse contexto, a cada R$ 1,00 faturado pela Celesc, menos de 14 centavos ficam com a empresa. O restante somente é repassado para quem de direito”, destaca o presidente Cleverson Siewert.