Cumprimento de mandados de prisão cresce 41% em SC em 2023 após investimentos

Os investimentos na capacidade técnica das polícias de Santa Catarina ajudam a explicar a queda de 66% dos latrocínios — de nove para três — e o aumento de 41,35% no cumprimento de mandados de prisão em 2023, afirma o consultor de segurança, Eugênio Moretzsohn.

“Como gostamos de dizer: ‘o que prende é o papel’. Então, inquéritos robustos, bem estruturados e com evidências coletadas adequadamente, são as chaves da cadeia para os bandidos”, destaca Moretzsohn.

A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil cumpriu 482 mandados de busca e apreensão até o dia 26 de junho, 45,52% a mais do que o mesmo período do ano passado.

Ao todo foram realizadas 77 operações policiais, envolvendo 47 delegacias de polícia. Junho foi o mês com o maior número de operações, 22 no total.

Segurança pública como prioridade

À Polícia Civil catarinense, foram destinados R$ 24 milhões. Ao longo do primeiro semestre de 2023, foram entregues 220 viaturas descaracterizadas, 646 estações de trabalho e 268 webcams.

“Segurança Pública está entre nossas prioridades. É preciso investimento contínuo para ter uma polícia cada vez mais eficiente e a serviço da população, como é a nossa Polícia Civil”, destaca o governador Jorginho Mello.

Em relação ao índice de criminalidade, o especialista afirma que “os investimentos na capacidade de realizar investigações, por meio da qualificação profissional, e na tecnologia, certamente são as forças positivas que fazem reduzir os indicadores”.

Além disso, Moretzsohn destaca que a Polícia Militar também contribui no desempenho, especialmente no atendimento imediato à população, nas prisões em flagrante e no policiamento ostensivo, importante para causar “sensação de segurança”.

Motivação das equipes

Para o delegado-geral Ulisses Gabriel, a performance se deve à motivação das equipes, qualificação profissional – foram mais 1,2 mil capacitações realizadas pela Acadepol – e a chegada dos novos equipamentos.

A Diretoria de Polícia do Litoral se destaca com 29 operações, seguida pela Diretoria de Polícia do Interior, com 14. Já a Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) e a Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis contam com 12 operações cada. A Difron (Diretoria de Polícia Fronteira) somou 10 operações.

Nas análises de desempenho por Delegacia Regional de Polícia, a DRP de Laguna aparece na primeira posição com a efetivação de 13 operações, seguida pela Deic– que realizou 12. A DPGF (Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis) aparece em terceiro lugar com nove operações, apenas na Capital. Também se destacaram as Delegacias Regionais (DRPs) de Lages, Xanxerê, Tubarão e Brusque.

Conforme dados divulgados pela Diretoria de Inteligência da PCSC, a DIC de Laguna e a DIC de Tubarão lideram a lista de operações por delegacia, com cinco operações cada. A Delegacia de Polícia da Comarca de Bom Retiro e Florianópolis aparecem em terceiro e quarta posição com quatro operações cada.

A maioria das operações, cerca de 23,38%, foram consideradas complexas, sensíveis e de alto risco. A CORE (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais) foi acionada em 15,5% do total de operações, a Coordenadoria de Operações com Cães esteve presente em 46,7% das ações e o SAER foi acionado para apoiar operações em 9,09%.