Estudante brasileira é premiada com pesquisa sobre casca de noz e dará nome a asteroide

Uma estudante gaúcha de 18 anos batizará um asteroide com seu nome após receber o 1º lugar na área de Ciência dos Materiais na mais prestigiada feira científica para alunos do ensino médio do mundo.

Juliana Estradioto estava entre os 1.800 alunos de 80 países que participaram este mês da Intel International Science and Engineering Fair (Isef), nos EUA. A aluna do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) quer cursar Química em uma universidade americana.

Juliana conseguiu dar uma finalidade sustentável ao processamento da noz macadâmia, uma técnica muito usada na fabricação de produtos cosméticos e de higienes, e que gera uma grande quantidade de resíduos.

A estudante transformou a casca da noz em farinha. Esta, em meio ao cultivo com outros nutrientes, serviu de alimento para micro-organismos, que produziram membranas.

Ilustração da Nasa mostra a sonda New Horizons junto ao planeta anão Ultima Thule, nos confins do Sistema Solar: o mais distante encontro de uma nave humana com um objeto celeste até agora

Einstein já foi homenageado

As membranas são compostas de celulose e possuem características, como flexibilidade e resistência, que permitem seu uso em curativos para machucados e elaboração de embalagens que podem subtituir o plástico.

O estudo foi realizado em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

— O MIT (Massachusetts Institute of Technology) descobre os asteroides e é responsável por nomeá-los. Tem um com o nome do Einstein , outro de Marie Curie — destaca. — Fiz o ensino médio e técnico em administração, mas, durante esta pesquisa, me apaixonei pela química. Ainda não sei onde quero estudar nos EUA. Estou dando uma olhada por aí.