O governo do Japão suspendeu a compra de carne de frango e seus subprodutos comercializados por Santa Catarina após o Estado confirmar um caso de gripe aviária em Maracajá, município do Sul. A medida foi informada nesta segunda-feira (17) pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
Cabe destacar que a influenza aviária não é transmissível e nem representa risco aos seres humanos. Também não há casos confirmados em aves criadas e comercializadas pela indústria catarinense.
O foco de gripe aviária foi identificado no dia 15 em uma ave de fundo de quintal. Ele foi erradicado nesta segunda-feira (17), destaca a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).
O órgão pontua também que foram intensificadas as ações de educação sanitária, de vigilância e investigação epidemiológica nas propriedades rurais na região.
“Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para reverter a situação, mostrar que foi um fato isolado e que não afeta a excelência sanitária do plantel avícola catarinense e a produção comercial”, afirmou o governador Jorginho Mello (PL).
Mello e Fávaro se reúnem com lideranças japoneses
Nos esforços para retomar as negociações, o governador Jorginho Mello receberá o embaixador do Japão nesta quarta-feira (19), informou o Executivo.
Já o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, viaja para Tóquio na próxima semana para se reunir com autoridades do MAFF (Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão) e solicitar que ajustem as exigências de importação de aves e seus produtos às diretrizes da OMSA (Organização Mundial da Saúde Animal).
O Mapa informou que “enviou nesta segunda-feira (17) os esclarecimentos demandados e segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros”.
Eventos foram suspensos
O governo de Santa Catarina mantém a suspensão de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves em todo o Estado.
“Reitera-se o alerta máximo à adoção das medidas de biosseguridade para a avicultura comercial e aproibição de visitas de pessoas alheias ao sistema de produção”, pontua o Executivo catarinense.
É recomendados restringir o acesso ao ambiente externo para aves criadas livres e mesmo aves de subsistência, a fim deproteger a saúde e segurança do plantel avícola catarinense
Até esta terça-feira (18), o Brasil conta com 64 focos de IAAP detectados nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Não há registro da doença na produção comercial.
O primeiro caso registrado no Estado foi detectado em São Francisco do Sul, no norte de Santa Catarina. As amostras do animal contaminado foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo reconhecido pela Organização Mundial da Saúde.
