Evânio Prestini, motorista acusado de matar duas jovens em um acidente na BR-470, foi ouvido no Fórum de Gaspar, no Vale do Itajaí, na tarde desta quinta-feira (23). A família das mulheres que morreram com a batida fizeram uma manifestação em frente ao local.
A batida ocorreu em 23 de fevereiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista acusado estava sob efeito de álcool e em alta velocidade na hora do acidente. Ele chegou a ser gravado por outros condutores fazendo zigue-zague na rodovia. Prestini teve a prisão preventiva decretada um dia depois do acidente e segue preso. Outras três jovens ficaram feridas na batida.
O juiz tem até quarta-feira (29) para decidir se Prestini será levado a júri popular e se pode responder em liberdade.
De acordo com o Ministério Publico de Santa Catarina (MPSC), o réu disse que não se lembrava de muita coisa, mas assumiu ter ingerido bebida alcoólica na noite em que foi flagrado dirigindo em zigue-zague.
O réu segue preso no Presídio Regional de Blumenau, no Vale do Itajaí.
Denúncia
Segundo o MPSC, em 23 de fevereiro, Prestini dirigia embriagado um carro Jaguar pela BR-470. Ele trafegou por mais de 100 quilômetros de forma perigosa e, por volta das 6h, no km 43, invadiu a pista contrária. Dessa forma, as vítimas não tiveram qualquer chance de evitar a batida.
O Jaguar colidiu de frente com um Palio. Morreram no acidente Suelen Hedler da Silveira, de 21 anos, e Amanda Grabner Zimmermann, de 18 anos. Ficaram feridas outras três jovens, incluindo a motorista do Palio.
Prestini foi denunciado por dois homicídios qualificados por perigo comum e sem chance de defesa para as vítimas e três tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras, além de dirigir bêbado.
A Justiça negou cinco pedidos de liberdade ao motorista. O Poder Judiciário também determinou que ele pague pensão à família de uma das vítimas e o tratamento de saúde de uma das sobreviventes.
G1