‘Novas prisões não estão descartadas’, diz coordenador do Gaeco sobre investigação dos respiradores

O promotor Alexandre Graziotin, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), disse na manhã desta segunda-feira (8), em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, que novas prisões e denúncias no caso dos respiradores comprados pelo governo não estão descartadas.

Graziotin é um dos investigadores que compõem a força-tarefa que apura irregularidades no processo de compra de ventiladores pulmonares por R$ 33 milhões pelo Governo de Santa Catarina. No sábado (6), a segunda fase da Operação O2, deflagrada pela força-tarefa, prendeu o ex-secretário da Casa Civil Douglas Borba, o advogado Leandro Barros e mais três pessoas.O promotor Alexandre Graziotin, coordenador do Gaeco

Segundo Alexandre Graziotin, as investigações continuam e podem verificar outros envolvidos em supostas irregularidades no processo de dispensa de licitação que resultou na compra dos 200 respiradores.

— Não há descarte de qualquer hipótese (…) A análise do material (apreendido pelos investigadores) é que vai fazer nós avaliarmos se outras pessoas poderão ser denunciadas — o nosso prazo de denúncia ainda está correndo – e se outras pessoas poderão ser implicadas não somente na esfera da improbidade administrativa.

Questionado sobre a possibilidade de novas prisões, Graziotin respondeu que elas não estão descartadas. Ele ressaltou, porém, que nesse momento é prematuro afirmar se elas de fato vão ocorrer.

Além das prisões, a segunda fase da Operação O2 também apreendeu novos documentos. Na sequência, os investigadores devem analisar esses materiais, e também colher novos depoimentos.

O promotor Alexandre Graziotin destacou ainda que, até o momento, a investigação da compra dos respiradores segue sem apontar a ligação de deputados ou outras pessoas com prerrogativa de foro privilegiado, como o governador Carlos Moisés (PSL).

Informações por NSC