Ômicron: veja o que se sabe da nova variante que se espalha pelo mundo

    O surgimento da variante do coronavírus, Ômicron, foi confirmado em regiões da África neste começo de novembro e preocupa especialistas internacionais de saúde.

    Batizada de Ômicron e chamada de “variante de preocupação” pela OMS, a cepa foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, no começo de novembro.

    Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a variante pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus no continente africano.

     

    Onde a variante foi identificada?

    Além de países vizinhos a Botsuana – África do Sul, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia) -, casos da variante Ômicron também foram registrados em outras regiões: Hong Kong, na China, Israel e Bélgica.

    Nos casos analisados, constatou-se que a variante é portadora de dezenas de mutações genéticas que podem afetar os índices de contágio e de letalidade.

    Porém, a OMS afirmou que ainda não há estudos suficientes para afirmar as propriedades da Ômicron, mas que já existem trabalhos científicos para estudar as amostras.

    Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Respostas e Inovações Epidêmicas da universidade de KwaZulu-Natal, afirmou em coletiva de imprensa que a variante Ômicron possui “uma constelação incomum de mutações”.

    A variante Delta, responsável por boa parte dos casos no mundo em 2021, tinha duas mutações em relação à cepa original do novo coronavírus, enquanto a Ômicron possui cerca de 50 – sendo 30 delas localizadas na proteína Spike, responsável por infectar células saudáveis, explicou o brasileiro.

    Existem casos no Brasil?

    O Brasil ainda não registrou nenhum caso da nova variante. Por isso, o país tenta frear a chegada da Ômicron. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, determinou que voos com origem de países do sul da África não poderão desembarcar no Brasil.

    Outros países, como a Inglaterra, também proibiram a chegada de voos vindos da região.

    A Pfizer, responsável por uma das vacinas inovadoras contra o novo coronavírus, afirmou que espera conseguir colocar no mercado uma nova versão do imunizante que seja eficaz contra a variante Ômicron em um prazo de até 100 dias.

    A eficácia das vacinas existentes ainda não foi testada em relação à nova variante.

     

    Por que Ômicron?

    A OMS usa letras do alfabeto grego para denominar as variantes importantes do novo coronavírus. A última variante registrada havia sido a Mu, que deveria ser seguida das letras gregas Nu (equivalente ao N) e Xi.

    As letras, no entanto, poderiam causar confusão, já que Nu em inglês tem pronúncia quase idêntica à palavra new (novo). Enquanto a letra Xi corresponde a um nome comum na Ásia, principalmente na China. A OMS decidiu, então, pular as duas letras.

    Informações nd+