Maria van Kerkhove, chefe do programa de emergências da OMS afirmou, nesta segunda-feira (08), que a transmissão do novo covonavírus por pacientes sem sintomas da doença parece ser “rara”. A declaração foi durante pronunciamento no qual argumentava que a contenção da covid-19 pode ser mais rápida com a localização e o isolamento dos casos sintomáticos.
A explicação de Maria durante entrevista no começo da tarde foi alvo de críticas e dúvidas. Horas depois, em seu perfil no Twitter, ela reforçou que há diferença entre pacientes assintomáticos e pré-sintomáticos. Os pré-sintomáticos vão desenvolver algum sintoma da doença, mesmo que leve.
Maria apresentou um estudo que aponta que, entre 63 indivíduos assintomáticos estudados na China, havia evidencia de que 9 (14%) infectaram outra pessoa. No mesmo documento, a OMS alerta: “Os dados disponíveis até o momento, que tratam de casos de infecção em pessoas sem sintomas são decorrentes de um número limitado de estudos com pequenas amostras que estão sujeitas a revisões e não podem dizer se eles carregam a transmissão.”
Entre os pesquisadores, a declaração foi criticada por ter soado ambígua. Entre os críticos que ajudaram a esclarecer o pronunciamento esteve o diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Harvard, Ashish K. Jha.
O pesquisador de Harvard argumentou no Twitter que infectados que não apresentam sintomas são uma forma importante para a transmissão da Covid-19. E explicou que apenas 20% dos infectados não desenvolverão nenhum sintoma. Os outros 80% poderão desenvolver sintomas leves ou mais duros da doença.
Com informações do G1