Petrobras Perde Participação No Mercado De Gasolina, Mas Cresce Em Diesel

A participação de mercado da Petrobras em vendas de gasolina caiu de 83% em 2017 para 77% em fevereiro deste ano. Já nas vendas de diesel, essa fatia aumentou de 74% para 79% no mesmo período.

As informações foram transmitidas nesta quinta-feira (15) pelo diretor de refino e gás natural da estatal, Jorge Celestino, durante coletiva de imprensa para apresentação dos resultados do 4º trimestre e de 2017. Segundo o executivo,em dezembro, a Petrobras implementou novas práticas comerciais e otimização da logística.

No comparativo entre 2017 e 2016, a fatia no mercado brasileiro de gasolina caiu para 83% em 2017, contra 90% em 2016. No diesel, a Petrobras viu sua fatia recuar para 74% em 2017, ante 83%em 2016.

Os recuos vieram mesmo após a companhia ter promovido mudanças em sua política de preços para tentar estancar a perda de mercado para concorrentes sem deixar de seguir as cotações internacionais dos combustíveis.

“Hoje já voltamos a recuperar o ‘market share’. Nosso posicionamento competitivo tem demonstrado que estamos novamente conquistando mercado e esta operação de fevereiro e março também se traduz na melhor rentabilidade pela companhia”, disse.

Recuperação

O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Ivan Monteiro, prevê a recuperação da participação de mercado da petroleira, devido aos ajustes realizados na política de preços.

“Com as medidas implementadas, teremos recuperação de ‘market share’ já visível em 2018”, disse Monteiro. A política de preços da Petrobras foi atualizada em meados de 2017, quando passou a reajustar os valores diariamente.

No final de janeiro, a Petrobras afirmou que estava elaborando um novo modelo de contrato de gasolina e diesel para estreitar o relacionamento com os clientes e avançar nas vendas, mas não detalhou as mudanças em estudo.

O executivo também reiterou as metas da companhia, de US$ 21 bilhões em desinvestimentos em 2017-2018, e a meta de alavancagem de duas vezes e meia no fim de 2018. Monteiro previu dívida líquida de US$ 77 bilhões no fim de 2017.