O Ministério da Saúde recomendou, por meio de uma nota técnica, que a segunda dose da vacina Pfizer, recém-chegada a Santa Catarina, seja aplicada 12 semanas – 84 dias – após a primeira injeção.
O prazo é 300% maior que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela própria fabricante do imunizante, que preveem um intervalo de 21 dias, com base nos testes de segurança e eficácia do produto.
Santa Catarina, que recebeu a primeira remessa do imunizante norte-americano na segunda-feira (3), vai seguir a recomendação do governo brasileiro.
O Ministério da Saúde justifica a decisão a partir de um estudo feito no Reino Unido, que usa o mesmo espaçamento de 21 semanas entre as doses.
Somado a isso, a pasta considera a logística de armazenamento da vacina, que precisa ser mantida a uma temperatura entre -90°C a -60°C. “Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias”, informaram, em nota técnica.
A orientação, então, é que a vacinação nas cidades que receberam o imunizante da Pfizer “seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra”.
Em Santa Catarina
No Estado, as vacinas da Pfizer serão usadas para a aplicação da primeira dose nos grupos prioritários. Nesta segunda-feira, o voo com a carga desembarcou às 13h35 no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, trazendo 17.550 doses do imunizante contra a Covid-19.
Neste primeiro momento, apenas a Capital e São José, na Grande Florianópolis, receberam a vacina dos Estados Unidos, com 10.530 e 7.020 doses, respectivamente.
Fonte: nd+