Sobe para 20 número de casos confirmados de coronavírus em Santa Catarina

O governo de Santa Catarina realizou uma coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (19), para detalhar pontos das medidas restritivas aplicadas para conter o avanço do coronavírus no Estado. Confira a transmissão ao vivo:

O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, iniciou a coletiva anunciando que há 20 casos confirmados da doença em Santa Catarina e 177 casos suspeitos em análise, até a manhã desta quinta-feira (19).

Os casos confirmados são nos municípios de Braço do Norte (3), Tubarão (2), Florianópolis (6), Joinville (2), Balneário Camboriú (4) e Rancho Queimado (2).

Os pacientes diagnosticados estão em isolamento. Dois pacientes estão internados em unidades hospitalares em Florianópolis e Içara. O paciente de Içara apresentou melhora no quadro de saúde. Já o paciente de Florianópolis requer mais cuidados, mas o quadro clínico dele é estável.

Segundo o secretário Helton Zeferino, não há registro de profissional de saúde acometido por coronavírus.

Racionamento de água

O secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, repassou orientações da Casan para que a população não lave carros e calçadas.

“Que a população se conscientize com relação ao racionamento de água, uma vez que o Estado ainda se encontra em um momento de estiagem”, disse o secretário.

Vacinas

O secretário Helton Zeferino reforçou que as vacinas para doenças como sarampo, febre amarela e gripe, estão disponíveis nas unidades de saúde e recomenda que a população não deixe de se imunizar de outras doenças.

Fiscalização

Os membros da coletiva informaram que houve uma boa adesão por parte da população com relação às medidas do decreto. Esta quarta-feira foi considerada um dia de ajustes, uma vez que foi registrada a circulação de ônibus em algumas cidades catarinenses.

Nesta quinta-feira, a previsão é que haja maior engajamento da PM em locais onde há maior presença de público. Até a manhã desta quinta, não houve registro de descumprimento do decreto.

“O decreto passou a vigorar na data de publicação – quarta-feira – mas, nesta quinta, de fato, se dá a proibição total, por isso, as forças de segurança estarão atuando nas ruas, tanto a PM, quanto a Polícia Civil”, disse o secretário da Casal Civil, Douglas Borba.

Punição

Conforme o coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes, comandante-geral da Polícia Militar, desde quarta-feira (18), agentes estão nas ruas, fiscalizando a aplicação das medidas.

“Aqueles que não cumprirem as medidas restritivas serão punidos. A PM foca nos comércios, redes de lojas e prestadores de serviços não essenciais, além do transporte”, disse. Durante a noite, bares, restaurantes e comércios noturnos serão fiscalizados pela PM.

A PM irá auxiliar no cumprimento das medidas, quando não ocorrer de forma voluntária. A punição será por crime de desobediência, caso a pessoa insista em não acatar o decreto. “Os policiais militares estão orientados a seguir esse procedimento e será feito até o final das restrições”, afirmou o comandante-geral.

Indústrias

A recomendação por parte do Governo é que todo o parque fabril da linha produtiva do Estado funcione com o quadro mínimo de funcionários. O setores de indústrias alimentícias continuarão em operação. Com a redução do funcionários, a ideia é evitar aglomerações nas fábricas.

Isolamento em Tubarão

O secretário de saúde, Helton Zeferino, afirmou que a contenção da doença depende de toda a população catarinense, não somente da região Sul, onde foi confirmado o caso de transmissão comunitária do coronavírus.

“Não temos que analisar Tubarão, mas sim, todas as regiões. Queremos que todos entendam que não há uma região imune da proliferação do vírus. Não é uma patologia do ‘litoral’ e não existe cidade isolada”, destacou.

Segundo ele, o sucesso das medidas do decreto depende de condutas individuais que trarão ganhos para o coletivo. “Os estudos demonstram que quanto mais adesão tivermos agora, menos iremos sofrer no futuro, menos pessoas terão que ocupar hospitais”, completou.

Portos e aeroportos

O decreto do governo do Estado não regulamentou as condutas dentro de aeroportos e portos. No entanto, o secretário Helron Zeferino, relatou que há uma redução no número de voos por todo o país, inclusive, em Florianópolis.

Por conta disso, há um menor volume de pessoas circulando nesses ambientes. Ele destaca, também, que estruturas como o Boulevard 14/32, no aeroporto internacional da Capital, está fechado.

“O movimento nos aeroportos vai cair drasticamente porque a população entendeu não é o momento de fazer viagens e se deslocar, tendo em vista a facilidade de transmissão do vírus”, disse.