Cinco trabalhadores nordestinos foram flagrados pela Polícia Militar de Tijucas vivendo em um barraco em condições desumanas, no bairro Porto da Itinga, no interior do município.
No local, em um morro no meio do mato, os cinco trabalhadores alegam ter passado frio, fome e sede. Ainda de acordo com os trabalhadores, o aluguel do local seria descontado no valor de R$ 400 no final do mês.
Os documentos dos trabalhadores que chegaram em Santa Catarina na última terça-feira (07) estavam em posse de uma empresa terceirizada que trabalha na construção da base de captação de água do Rio Tijucas para Bombinhas.
Um técnico em segurança da empresa que seria a responsável pela contratação dos trabalhadores chegou a ser conduzido para a delegacia, mas foi liberado com a presença de um advogado e devido aos trabalhadores não terem ainda iniciado as atividades de trabalho foi descartada a possibilidade do inquérito ter sido aberto pelo crime de trabalho escravo.
De acordo com o delegado plantonista, Dr. Ricardo Melo, na Delegacia de Itapema, onde todos os envolvidos foram parar, depois de ouvi-los o processo seria encaminhado para a Polícia Federal e no primeiro momento não foi possível identificar características análogas ao crime de trabalho escravo, mas que o processo seria encaminhado para a Polícia federal.
De acordo com o responsável da empresa envolvida, ele teria avisado aos trabalhadores que não havia alojamento disponível no local. Em depoimento ao delegado, ele disse apenas que tentou ajudar os trabalhadores e acabou sendo prejudicado.
A ocorrência teve por volta das 12h deste sábado (11), sendo finalizada em torno das 21h do mesmo dia. Posteriormente, os cinco baianos foram levados para um abrigo conseguido pela Secretaria de Ação Social de Tijucas e aguardam até a próxima segunda-feira (13) um acordo firmado entre eles e o advogada da empresa.
Fonte: Top Elegance
