A Pol\u00edcia Federal cumpriu tr\u00eas mandados da\u00a0Opera\u00e7\u00e3o Anhang\u00e1 Arara<\/strong>\u00a0em Porto Uni\u00e3o, no Norte de Santa Catarina, nesta quarta-feira. A a\u00e7\u00e3o tem como alvo uma quadrilha que coordenava a extra\u00e7\u00e3o de maneiras nobres na Terra Ind\u00edgena Cachoeira Seca, no Par\u00e1. A madeira ilegal era enviada ao exterior atrav\u00e9s dos portos de Bel\u00e9m, Santos, Paranagu\u00e1 e Itaja\u00ed.<\/p>\n O alvo em SC \u00e9 um empres\u00e1rio do setor madeireiro, que foi localizado em Santar\u00e9m (PA) em uma audi\u00eancia no Ibama. O delegado Yuri Rodrigo de Oliveira, da Pol\u00edcia Federal de Altamira (PA), que coordenou as investiga\u00e7\u00f5es, diz que o processo de \u201cesquentar\u201d a carga de madeira era feito antes da chegada a Santa Catarina. Para a pol\u00edcia, no entanto, a madeireira que fazia a exporta\u00e7\u00e3o sabia que se tratava de madeira ilegal. O principal produto de exporta\u00e7\u00e3o era o ip\u00ea, que chegou a ser negociado pelo grupo por um valor 10 vezes menor do que o pre\u00e7o de mercado, de acordo com as investiga\u00e7\u00f5es.<\/p>\n A fraude se dava toda no in\u00edcio, n\u00e3o havia irregularidade (quando chegava a SC), exceto terem conhecimento de que, na origem, era ilegal. A madeira passava por uma empresa, que esquentava e transmitia para outra, que transmitia para outra afirma o delegado.<\/p>\n De Itaja\u00ed e outros portos a carga viajava em cont\u00eaineres para diversos lugares no mundo. Os principais clientes s\u00e3o Estados Unidos, Panam\u00e1 e Argentina, na Am\u00e9rica, Fran\u00e7a, Reino Unido e Alemanha, na Europa, Emirados \u00c1rabes e Coreia do Sul na \u00c1sia.<\/p>\n Embora n\u00e3o tenha havido ilegalidade na libera\u00e7\u00e3o da madeira nos portos, j\u00e1 que a carga havia sido “esquentada” antes disso, a Pol\u00edcia Federal agora vai pedir informa\u00e7\u00f5es aos terminais sobre os embarques que foram feitos pelo grupo. A inten\u00e7\u00e3o \u00e9 identificar qual a quantidade exata de madeira ilegal que foi enviada ao exterior um n\u00famero que a investiga\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o conseguiu levantar.<\/p>\n O dano ambiental, no entanto, j\u00e1 foi calculado e \u00e9 milion\u00e1rio. Foram R$ 574 milh\u00f5es somente na extra\u00e7\u00e3o ilegal de madeira, e outros R$ 322 milh\u00f5es s\u00e3o estimados como preju\u00edzo ambiental por abertura de \u00e1reas onde \u00e9 feito o chamado corte raso, quando \u00e9 derrubada toda a vegeta\u00e7\u00e3o em uma determinada \u00e1rea.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A Pol\u00edcia Federal cumpriu tr\u00eas mandados da\u00a0Opera\u00e7\u00e3o Anhang\u00e1 Arara\u00a0em Porto Uni\u00e3o, no Norte de Santa Catarina, nesta quarta-feira. A a\u00e7\u00e3o tem como alvo uma quadrilha que coordenava a extra\u00e7\u00e3o de maneiras nobres na Terra Ind\u00edgena Cachoeira Seca, no Par\u00e1. A madeira ilegal era enviada ao exterior atrav\u00e9s dos portos de Bel\u00e9m, Santos, Paranagu\u00e1 e Itaja\u00ed. […]<\/p>\n","protected":false},"author":24,"featured_media":129446,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[3],"tags":[63,5,62],"acf":[],"yoast_head":"\n