A Aeron\u00e1utica Civil Colombiana divulgou na manh\u00e3 desta sexta-feira, em Bogot\u00e1, o relat\u00f3rio final sobre o acidente com o voo 2933, da LaMia, que resultou na morte de 71 pessoas na madrugada de 29 de novembro de 2016, incluindo quase todo o elenco da\u00a0<\/strong>Chapecoense, que disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atl\u00e9tico Nacional. O documento reafirma \u00a0a falta de combust\u00edvel como causa da colis\u00e3o contra o Cerro Gordo, nas proximidades de Medell\u00edn. Somente seis pessoas sobreviveram.<\/p>\n

Em 28 de dezembro de 2016, um relat\u00f3rio preliminar j\u00e1 havia indicado pane seca como principal fator que levou ao acidente. Segundo os investigadores, agora – ap\u00f3s um ano e cinco meses de apura\u00e7\u00f5es – todas as suspeitas se confirmaram.<\/p>\n

A apresenta\u00e7\u00e3o desta sexta-feira foi conduzida pelo Coronel Miguel Camacho, que chefiou o grupo de investiga\u00e7\u00e3o de acidentes colombiano. Segundo os c\u00e1lculos mostrados por ele, eram necess\u00e1rios pelo menos 11,6 mil quilos de combust\u00edvel para completar a rota entre Santa Cruz de La Sierra e \u00a0Medell\u00edn em seguran\u00e7a. O tanque da aeronave, por sua vez, comportava apenas 9,3 mil quilos.<\/p>\n

\u2014Era obrigat\u00f3rio que se fizesse uma escala. Ningu\u00e9m da tripula\u00e7\u00e3o tomou a decis\u00e3o de aterrissar para abastecer. Era a \u00fanica maneira de seguir ao destino final de maneira segura \u2014 afirmou Camacho.<\/p>\n

Ainda segundo o coronel, 40 minutos antes do acidente, a luz de emerg\u00eancia de combust\u00edvel j\u00e1 havia acendido. Nesse momento, a tripula\u00e7\u00e3o deveria ter informado a situa\u00e7\u00e3o \u00e0 torre de controle e realizado um pouso no aeroporto mais pr\u00f3ximo. Neste momento, o aeroporto de Bogot\u00e1 estava a 142 quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia, o que seria suficiente para um pouso seguro. Mesmo o aeroporto de Cali estava mais pr\u00f3ximo que o de Medell\u00edn.<\/p>\n

\u2014 A emerg\u00eancia s\u00f3 foi declarada tr\u00eas minutos e quinze segundos antes do acidente. Isso deveria ter sido feito pelo menos 30 minutos antes \u2014 disse.<\/p>\n

Camacho tamb\u00e9m eximiu de culpa os controladores de voo do aeroporto de Rio Negro, em Medell\u00edn, que n\u00e3o tinham condi\u00e7\u00f5es de saber dos problemas de combust\u00edvel:<\/p>\n

\u2014 Aos olhos e ouvidos do controle a\u00e9reo, tudo estava normal.<\/p>\n

Situa\u00e7\u00e3o da LaMia<\/p>\n

O chefe do grupo de investiga\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m comentou sobre a situa\u00e7\u00e3o da LaMia, respons\u00e1vel pelo voo. Segundo Camacho, a empresa repetidamente n\u00e3o cumpria com as pol\u00edticas internacionais de combust\u00edvel, voando muito vezes com n\u00edveis abaixo do recomendado. \u00a0Al\u00e9m disso, ela tamb\u00e9m passava pro problemas financeiros, com poucos contratos e atrasos de sal\u00e1rios.<\/p>\n

\u2014 A gest\u00e3o de risco era inapropriada \u2014 diz Camacho.<\/p>\n

O relat\u00f3rio n\u00e3o tem por objetivo apontar culpados \u2014 o que cabe \u00e0s Justi\u00e7as dos pa\u00edses envolvidos. \u00a0Por\u00e9m, s\u00e3o feitas recomenda\u00e7\u00f5es. Entre elas, uma foi feita \u00e0 Bol\u00edvia, para que tenha regras mais rigorosas na aprova\u00e7\u00e3o de planos de voos fretados (charter). No caso do voo da Chape, o plano de voo foi aprovado.<\/p>\n

Posi\u00e7\u00e3o da Chape<\/p>\n

O Departamento Jur\u00eddico da Associa\u00e7\u00e3o Chapecoense de Futebol est\u00e1 analisando o relat\u00f3rio final da Aeron\u00e1utica Civil da Col\u00f4mbia sobre o acidente com o avi\u00e3o da LaMia. Em breve o clube se manifestar\u00e1 atrav\u00e9s de nota oficial sobre o caso.<\/p>\n

Com informa\u00e7\u00f5es Di\u00e1rio Catarinense<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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