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{"id":136473,"date":"2018-06-07T10:43:19","date_gmt":"2018-06-07T13:43:19","guid":{"rendered":"https:\/\/oatlantico.com.br\/?p=136473"},"modified":"2018-06-07T11:01:08","modified_gmt":"2018-06-07T14:01:08","slug":"violentada-na-infancia-mulher-vira-policial-e-prende-homem-que-estuprou","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/oatlantico.com.br\/violentada-na-infancia-mulher-vira-policial-e-prende-homem-que-estuprou\/","title":{"rendered":"Violentada na inf\u00e2ncia, mulher vira policial e prende homem que a estuprou"},"content":{"rendered":"
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Ela era uma menina falante, de 9 anos, que tinha uma cole\u00e7\u00e3o de bonecas e brincava de casinha com a melhor amiga. Amava andar de bicicleta e passar a tarde na rua com outras crian\u00e7as. Seu \u00fanico aparelho eletr\u00f4nico era uma TV.<\/p>\n<\/div>\n

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Ele era um fot\u00f3grafo de 39 anos, casado, apaixonado pela natureza, extremamente falante e muito amig\u00e1vel. Ganhava f\u00e1cil a confian\u00e7a daqueles ao seu redor com suas conversas sobre praias, rios e viagens.<\/p>\n<\/div>\n

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A menina e o fot\u00f3grafo se viram pela primeira vez no ver\u00e3o de 2002. T\u00e1bata, foi estuprada diversas vezes durante dois anos e meio pelo homem, amigo de seus pais. Cerca de 14 anos depois do \u00faltimo abuso, eles se reencontraram.<\/p>\n<\/div>\n

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Desta vez, T\u00e1bata segurou firme o bra\u00e7o de seu agressor com uma m\u00e3o enquanto empunhava uma arma com a outra. Ela o conduziu, algemado, at\u00e9 o fundo de uma cela, trancou o xadrez e saiu aliviada, “como se tivesse encerrado um ciclo”. O dia 21 de dezembro de 2016 ficou marcado para a policial civil de Santa Catarina, hoje com 26 anos, como a data em que prendeu o homem que a estuprou na inf\u00e2ncia.<\/p>\n<\/div>\n

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Em entrevista \u00e0 BBC Brasil, ela contou a hist\u00f3ria pela primeira vez a um jornalista. T\u00e1bata diz que fez isso para encorajar outras mulheres a denunciar seus agressores. “Denunciar e mexer nisso foi um processo de cura”, diz.<\/p>\n<\/div>\n

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Acampamento<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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O pai de T\u00e1bata conheceu o fot\u00f3grafo quando ela tinha 9 anos. Pouco tempo depois, os dois se tornaram amigos e pegaram o h\u00e1bito de jogar futebol juntos.<\/p>\n<\/div>\n

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Rapidamente, os amigos passaram a promover uma integra\u00e7\u00e3o entre suas fam\u00edlias. Elas passaram a sair e acampar juntas nos fins de semana de ver\u00e3o. Os lugares preferidos eram campings pr\u00f3ximos ao rio Uruguai, na divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.<\/p>\n<\/div>\n

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T\u00e1bata se recorda dos dias divertidos e dos banhos de rio que tomava ao lado dos dois casais. Juntos, os cinco faziam viagens de carro, trilhas em \u00e1reas de dif\u00edcil acesso e pernoitavam em barracas na mata.\"V\u00edtima<\/p>\n

V\u00edtima sofreu os abusos entre os 9 e os 11 anos. (Foto: Andr\u00e9 Valente\/BBC Brasil )<\/p>\n

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“Logo, ele (o fot\u00f3grafo) come\u00e7ou a me molestar. Ele se aproximava e ficava passando a m\u00e3o em mim. Eu n\u00e3o entendia. Aquilo me incomodava, mas eu n\u00e3o via o car\u00e1ter criminoso naquilo que ele estava fazendo. N\u00e3o falei nada para a minha fam\u00edlia, at\u00e9 hoje n\u00e3o sei dizer o porqu\u00ea”, conta T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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A garota tinha uma meia-irm\u00e3 8 anos mais velha, que n\u00e3o frequentava os acampamentos. “Ela n\u00e3o era muito pr\u00f3xima do meu pai por n\u00e3o ser filha biol\u00f3gica dele. Ela costumava ficar em casa assistindo \u00e0 TV e estudando”, conta.<\/p>\n<\/div>\n

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Segundo T\u00e1bata, o agressor se aproveitava de sua fragilidade, do isolamento e da pouca visibilidade em meio \u00e0s \u00e1rvores – distante dos olhares dos adultos – ou durante os mergulhos da menina na \u00e1gua para se aproximar e cometer os abusos.<\/p>\n<\/div>\n

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“Certa vez, ele abusou de mim quando ele precisava buscar \u00e1gua (para o acampamento) e me fizeram ir com ele para ajudar a carregar os gal\u00f5es. No caminho, ele se aproveitou para ficar passando a m\u00e3o em mim, mas eu consegui escapar e correr na frente. Meus pais nem perguntaram por que cheguei antes dele. Nem passava pela cabe\u00e7a dos meus pais que ele pudesse abusar de mim porque confiavam muito nele”, conta T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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A frequ\u00eancia de abusos come\u00e7ou a aumentar na mesma propor\u00e7\u00e3o em que crescia o inc\u00f4modo que a garota sentia. Sua vontade era contar os atos violentos para o pai dela.<\/p>\n<\/div>\n

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“Meu pai sempre foi muito estressado, pilhado. Eu tinha medo que ele pudesse matar ele (fot\u00f3grafo), ir preso. Come\u00e7am a passar mil coisas na cabe\u00e7a de uma crian\u00e7a. E tamb\u00e9m tem o receio de que seus pais n\u00e3o v\u00e3o acreditar no que voc\u00ea est\u00e1 passando”, afirma T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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T\u00e1bata relata que os primeiros abusos ocorreram de acordo com as oportunidades. Mas logo o fot\u00f3grafo passou a estudar o dia a dia da fam\u00edlia para saber quando a garota estaria sozinha em casa.<\/p>\n<\/div>\n

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Ele descobriu que a irm\u00e3 mais velha de T\u00e1bata fazia magist\u00e9rio e a m\u00e3e trabalhava \u00e0 noite. Conhecia a rotina de futebol noturno do pai da garota e passou a procur\u00e1-la nesses hor\u00e1rios.<\/p>\n<\/div>\n

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“Ele dizia: ‘S\u00f3 um pouquinho, s\u00f3 um pouquinho’. Ele nunca me agrediu com tapas, mas me segurava \u00e0 for\u00e7a, mesmo eu sendo uma menina grande para a minha idade”, lembra T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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Ela n\u00e3o se recorda de amea\u00e7as feitas pelo estuprador, mas diz que ele pedia para que ela n\u00e3o comentasse com os pais o que acontecia entre eles. Os abusos ocorreram durante cerca de 2 anos e meio.<\/p>\n<\/div>\n

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T\u00e1bata conta que passou a ter maior consci\u00eancia do crime aos 11 anos, quando come\u00e7ou a gritar, xingar e resistir, em v\u00e3o, aos abusos. Na \u00e9poca, ela decidiu que contaria para a sua m\u00e3e.<\/p>\n<\/div>\n

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Por\u00e9m, a m\u00e3e de T\u00e1bata foi diagnosticada com transtorno bipolar e seu estado de sa\u00fade a desencorajou a revelar os estupros.<\/p>\n<\/div>\n

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Mais v\u00edtimas<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Nessa mesma \u00e9poca, o pai da garota teve um relacionamento extraconjugal com a mulher do fot\u00f3grafo. O caso foi descoberto e colocou um ponto final na amizade entre os casais e na rotina de abusos.<\/p>\n<\/div>\n

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Nessa \u00e9poca, T\u00e1bata decidiu relatar as agress\u00f5es apenas para sua amiga mais pr\u00f3xima, que passava o dia todo com ela e tinha sua confian\u00e7a. A \u00fanica condi\u00e7\u00e3o foi que a menina n\u00e3o contasse para ningu\u00e9m, o que foi respeitado.<\/p>\n<\/div>\n

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Durante um per\u00edodo, T\u00e1bata preservou a m\u00e3e, que tinha frequentes crises psiqui\u00e1tricas – mesmo \u00e0 base de medicamentos – e decidiu n\u00e3o contar para a irm\u00e3 porque as duas n\u00e3o eram t\u00e3o pr\u00f3ximas e tinham algumas brigas.<\/p>\n<\/div>\n

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A doen\u00e7a da m\u00e3e, no entanto, reaproximou as duas e T\u00e1bata decidiu relatar os abusos pela primeira vez \u00e0 irm\u00e3, em outubro de 2006. “Quando contei, ela entrou numa crise de choro desesperadora. Imediatamente, ela ligou para o meu pai, que j\u00e1 era divorciado da minha m\u00e3e havia dois anos. At\u00e9 hoje eu fico com um arrependimento de fazer as pessoas sofrerem tanto. Eu fico pensando se valeu a pena contar”, diz T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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Ela diz que, ao longo dos anos, tentou esquecer os detalhes dos estupros para se proteger emocionalmente. O tempo passou e as mem\u00f3rias dos abusos continuavam a rondar seus pensamentos.<\/p>\n<\/div>\n

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Numa tentativa de “n\u00e3o surtar” e aliviar o peso das lembran\u00e7as, T\u00e1bata passou a contar a hist\u00f3ria para outras amigas de col\u00e9gio na adolesc\u00eancia.<\/p>\n<\/div>\n

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Em 2008, quando tinha 16 anos, uma de suas amigas contou o caso para a m\u00e3e, que, por coincid\u00eancia, conhecia o fot\u00f3grafo e chamou T\u00e1bata para conversar.<\/p>\n<\/div>\n

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“Ela me disse que tinha ouvido falar que esse fot\u00f3grafo tamb\u00e9m tinha abusado de outras meninas. Aquilo me deu muita revolta. Eu achei que ele tinha feito aquilo s\u00f3 comigo, mas logo pensei que aquele cara estava acabando com a vida de outras pessoas, outras meninas”, disse.<\/p>\n<\/div>\n

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Sete anos ap\u00f3s o primeiro abuso, T\u00e1bata relatou o hist\u00f3rico de agress\u00f5es \u00e0 Pol\u00edcia Civil, registrou um boletim de ocorr\u00eancia e uma investiga\u00e7\u00e3o foi iniciada. Mas ela nunca foi chamada para voltar a depor e o inqu\u00e9rito ficou engavetado.<\/p>\n<\/div>\n

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Quatro anos depois, o processo foi para o Minist\u00e9rio P\u00fablico, onde a a\u00e7\u00e3o ficou mais dois anos parada. T\u00e1bata, ent\u00e3o, foi pessoalmente \u00e0 Promotoria perguntar o motivo da estagna\u00e7\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu estava conversando com uma assessora do promotor, mas ela n\u00e3o sabia me dizer porque ele n\u00e3o tinha denunciado o caso, quando eu me alterei e passei a levantar a minha voz. Nesse momento, ele (promotor) saiu da sala dele e foi grosseiro comigo. Disse que fazia muito tempo, que n\u00e3o tinha provas e que eu demorei pra denunciar”, conta.<\/p>\n<\/div>\n

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T\u00e1bata entrou em desespero. Contou chorando para o pai que seu caso tinha acabado e que o fot\u00f3grafo nunca seria julgado. Mas o pai dela se lembrou que um comerciante que morava na regi\u00e3o havia relatado que o fot\u00f3grafo tamb\u00e9m tinha abusado de sua filha quando ela tinha 9 anos.<\/p>\n<\/div>\n

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Na \u00e9poca do crime, o comerciante agrediu o fot\u00f3grafo quando soube que ele tinha passado a m\u00e3o nos seios de sua filha. T\u00e1bata foi pessoalmente falar com a m\u00e3e da v\u00edtima para pedir aux\u00edlio.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu pedi para ela depor para que o Minist\u00e9rio P\u00fablico soubesse da conduta dele e pudesse denunciar. Eles aceitaram depor, ent\u00e3o levei o nome dela e dos pais \u00e0 Promotoria para que tivessem provas”, disse.<\/p>\n<\/div>\n

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Ap\u00f3s o novo depoimento, a Promotoria entendeu que o fot\u00f3grafo tinha um hist\u00f3rico de abusos e, finalmente, o denunciou por pedofilia. Um ano depois, em 2013, ocorreu a primeira audi\u00eancia.<\/p>\n

Fot\u00f3grafo foi condenado por estupro a 7 anos e 6 meses de pris\u00e3o em regime fechado. (Foto: Andr\u00e9 Valente\/BBC Brasil).<\/p>\n<\/div>\n

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Julgamento<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Durante a audi\u00eancia no tribunal, conta T\u00e1bata, o fot\u00f3grafo negou ter tido rela\u00e7\u00f5es sexuais com a menina. “Eu s\u00f3 li a senten\u00e7a. Mas ele disse que eu inventei tudo aquilo porque eu queria me vingar dele. Ele dizia que eu fiz aquilo porque meu pai n\u00e3o teria conseguido sair com a esposa dele”, conta T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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O homem foi condenado por estupro a 7 anos e 6 meses de pris\u00e3o em regime fechado. O depoimento da segunda v\u00edtima foi essencial para comprovar o hist\u00f3rico de viol\u00eancia sexual do fot\u00f3grafo. O criminoso entrou com recurso e respondeu ao processo em liberdade. Depois de um ano e meio, houve a confirma\u00e7\u00e3o da senten\u00e7a em segunda inst\u00e2ncia.<\/p>\n<\/div>\n

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Nesse meio tempo, T\u00e1bata, aos 24 anos, conclu\u00eda seu curso na Academia da Pol\u00edcia Civil de Santa Catarina. “Eu fui focada em fazer o meu trabalho, sem me apegar ao que tinha ocorrido no passado. Procurei deletar tudo da minha cabe\u00e7a”, conta.<\/p>\n<\/div>\n

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Mas, no fundo, os abusos que sofreu foram decisivos na decis\u00e3o de ser policial. A vontade de T\u00e1bata era “pegar todos os estupradores”, mas decidiu n\u00e3o s\u00f3 evitar, mas se afastar completamente de casos ligados a crimes sexuais em seu cotidiano profissional.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu n\u00e3o teria autocontrole para n\u00e3o agredir um abusador, manter o profissionalismo em casos b\u00e1rbaros como os de agress\u00f5es a beb\u00eas. E meu papel na pol\u00edcia \u00e9 exercer a minha profiss\u00e3o conforme a lei”, diz.<\/p>\n<\/div>\n

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E, quando ela menos esperava, surgiu sua oportunidade de cumprir a lei. A pol\u00edcia recebeu a ordem de cumprir o mandado de pris\u00e3o contra o fot\u00f3grafo. T\u00e1bata estava junto.<\/p>\n<\/div>\n

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“No dia 22 de dezembro de 2016, pedi apoio, fomos em oito ou dez policiais at\u00e9 que o localizamos e executamos o mandado. Ele estava escondido numa ch\u00e1cara isolada, na beira de um rio. Naquele dia, meu colega fez a revista e a pris\u00e3o. Mas eu fiz quest\u00e3o de bater a porta da cela, como se fosse para encerrar esse ciclo.”<\/p>\n<\/div>\n

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Menos de um ano depois, no dia 19 de dezembro de 2017, o fot\u00f3grafo saiu pela porta da frente do pres\u00eddio. Devido ao seu bom comportamento e dias descontados por trabalhar na horta e na cozinha do pres\u00eddio, ele teve sua pena reduzida e hoje est\u00e1 livre.<\/p>\n<\/div>\n

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<\/div>\n\"Policial<\/picture>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Policial civil de SC prendeu homem que a estuprou quando ela tinha 9 anos. (Foto: Andr\u00e9 Valente\/BBC Brasil)<\/span><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Trauma<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Desde a inf\u00e2ncia, T\u00e1bata sempre foi muito falante e extrovertida. Mas os abusos criaram nela barreiras at\u00e9 o in\u00edcio da fase adulta.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu sentia uma sensa\u00e7\u00e3o amb\u00edgua: queria me relacionar com as pessoas, mas tinha medo porque sempre lembrava das agress\u00f5es e tinha vergonha do meu corpo. Quando as meninas falavam em sexo e filhos, eu achava aquilo o fim do mundo porque via o sexo como uma coisa ruim”, relata T\u00e1bata.<\/p>\n<\/div>\n

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Hoje, ela diz que evita lidar no cotidiano profissional com casos de viol\u00eancia sexual e conta que revive seu caso sempre que atende casos de estupro. Para as fam\u00edlias, no entanto, ela acredita que sua hist\u00f3ria pode servir como um alerta.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu diria para as m\u00e3es conversarem muito com seus filhos e instig\u00e1-los a contar sobre qualquer comportamento de adultos que sejam impr\u00f3prios . E dizer que v\u00e3o acreditar na vers\u00e3o deles. \u00c0s v\u00edtimas, digo que tive dificuldade e superei, mas que eles n\u00e3o podem se revitimizar porque o problema ocorre na propor\u00e7\u00e3o que voc\u00ea o alimenta. Eu sempre digo que a v\u00edtima n\u00e3o \u00e9 culpada. O que aconteceu n\u00e3o foi em decorr\u00eancia da postura ou da roupa que ela estava usando, mas pelo fato de o agressor ser uma pessoa doente.” Com informa\u00e7\u00f5es G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Ela era uma menina falante, de 9 anos, que tinha uma cole\u00e7\u00e3o de bonecas e brincava de casinha com a melhor amiga. Amava andar de bicicleta e passar a tarde na rua com outras crian\u00e7as. Seu \u00fanico aparelho eletr\u00f4nico era uma TV. 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