\u201cEu dava umas palmadas nela e tamb\u00e9m uns tapas. Sa\u00eda um pouco de sangue na boca. Ela desobedecia a m\u00e3e e eu corrigia a Emanuelly”, disse o pai.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Phelipe tamb\u00e9m contou que “batia forte” na menina. “Tamb\u00e9m j\u00e1 bati com uma boneca na cabe\u00e7a dela que chegou a quebrar\u201d, afirmou durante o interrogat\u00f3rio.<\/p>\n<\/div>\n

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Phelipe e a m\u00e3e D\u00e9bora Rolim da Silva, de 24 anos, est\u00e3o\u00a0presos na penitenci\u00e1ria em Trememb\u00e9\u00a0desde que tiveram a\u00a0pris\u00e3o preventiva decretada em mar\u00e7o, acusados do crime.<\/p>\n<\/div>\n

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O caso foi denunciado pela equipe m\u00e9dica que atendeu Emanuelly, na noite de 2 de mar\u00e7o, quando ela foi atendida no pronto-socorro com ferimentos. Os profissionais desconfiaram dos hematomas e acionaram a pol\u00edcia.<\/p>\n<\/div>\n

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A\u00a0audi\u00eancia foi realizada nesta segunda-feira (18) no F\u00f3rum de Itapetininga\u00a0e a reportagem do\u00a0G1\u00a0<\/strong>acompanhou os depoimentos de 33 testemunhas, al\u00e9m dos pais da crian\u00e7a.<\/p>\n<\/div>\n

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Ap\u00f3s 10 horas, o juiz decidiu\u00a0que os dois sejam julgados em j\u00fari popular\u00a0pelos crimes de homic\u00eddio, tortura, c\u00e1rcere privado e adultera\u00e7\u00e3o de local do crime.<\/p>\n<\/div>\n

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Casal \u00e9 preso suspeito de matar filha de 5 anos em Itapetininga (Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Facebook)<\/picture><\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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O r\u00e9u disse tamb\u00e9m que no dia 2 de mar\u00e7o ficou na casa com Emanuelly durante o dia e que a crian\u00e7a chegou a arranhar a m\u00e3e assim que a mulher chegou do trabalho.<\/p>\n<\/div>\n

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\u201cEu estava na casa e ela estava de castigo porque j\u00e1 tinha desobedecido a m\u00e3e. Quando a D\u00e9bora chegou, eu fui comprar um cigarro. Ao voltar, meu filho menor disse que a Manu tinha arranhado a m\u00e3e. Eu fui l\u00e1 no quarto e dei umas palmadas nela\u201d, alegou ao juiz.<\/p>\n<\/div>\n

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De acordo com Phelipe, na sequ\u00eancia a menina urinou na cal\u00e7a e, ao levar ao banheiro, ele a empurrou. Na sequ\u00eancia, o pai alega que a crian\u00e7a teria escorregado, batido a cabe\u00e7a e ficado desacordada.<\/p>\n<\/div>\n

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Phelipe tamb\u00e9m confirmou durante o depoimento que j\u00e1 tem passagens na pol\u00edcia pela lei Maria da Penha contra D\u00e9bora e tamb\u00e9m por furto, al\u00e9m de ter sido usu\u00e1rio de maconha, crack e cocaina.<\/p>\n<\/div>\n

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Depoimento da m\u00e3e<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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D\u00e9bora tamb\u00e9m prestou depoimento durante audi\u00eancia. Questionada pelo juiz sobre as den\u00fancias dos crimes de hom\u00edcidio, c\u00e1rcere privado, tortura e fraude processual, ela negou todos.<\/p>\n<\/div>\n

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<\/i>D\u00e9bora Rolim da Silva prestou depoimento em audi\u00eancia sobre a morte da filha Emanuelly em Itapetininga (Foto: Paola Patriarca\/G1)<\/span><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Segundo a m\u00e3e da crian\u00e7a, o pai batia nela quando a desobedecia. Na noite da morte, ela alega que a filha a arranhou com um arame e quando Phelipe soube, foi conversar.<\/p>\n<\/div>\n

\u00a0\u201cEle soube que ela tinha me arranhado e foi l\u00e1 conversar com ela. Passei uma hora na porta do quarto e eles estavam conversando. Depois de 20 minutos ele estava com ela no colo. N\u00e3o ouvi grito e nem choro. Ele disse que caiu e que ela teve convuls\u00e3o. A\u00ed tentamos reanimar ela com acetona e ela j\u00e1 estava molhada com xixi. A\u00ed chamamos o Samu\u201d, relatou a jovem ao juiz.<\/div>\n

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De acordo com Debora, ela n\u00e3o agredia a filha e que a menina sofria queda capilar.<\/p>\n<\/div>\n

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\u201cEu n\u00e3o ia lutar tr\u00eas anos por ela se eu n\u00e3o amasse ela. Eu n\u00e3o ia pegar uma crian\u00e7a pra bater nela. Ela era uma menina doce, meiga. S\u00f3 me desrespeitava. J\u00e1 o Phelipe, ela obedecia. Ela estava com hematomas, mas eram poucos por causa das quedas que sofria. O cabelo ela tinha problema de queda porque eu prendia muito forte. Depois s\u00f3 no dia que ela morreu que vi que ela tinha mais hematomas\u201d, afirmou durante depoimento.<\/p>\n<\/div>\n

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Questionada sobre sangue na casa, D\u00e9bora afirmou que n\u00e3o viu. “Eu n\u00e3o vi nenhum sangue pela casa. Nada”, afirmou.<\/p>\n<\/div>\n

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Audi\u00eancia<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Vestindo uniformes da cadeia, D\u00e9bora e Phelipe chegaram ao f\u00f3rum \u00e0s 10h15. A audi\u00eancia come\u00e7ou \u00e0s 10h30. Foram ouvidas 33 testemunhas.<\/p>\n<\/div>\n

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A primeira pessoa que foi ouvida foi a bab\u00e1 da menina, que trabalhou por tr\u00eas meses na casa da fam\u00edlia.<\/p>\n<\/div>\n

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<\/i>Audi\u00eancia sobre o caso Emanuelly foi realizada no F\u00f3rum de Itapetininga (Foto: Paola Patriarca\/G1)<\/span><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

\u00a0Durante o depoimento, ela relatou que somente Emanuelly, entre os tr\u00eas filhos de D\u00e9bora, apresentava hematomas pelo corpo. Al\u00e9m disso, disse que denunciou o caso ap\u00f3s notar que havia um hematoma no olho da menina<\/div>\n

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Em seguida, uma investigadora da Pol\u00edcia Civil, que esteve no hospital com o delegado no dia da morte, prestou depoimento.<\/p>\n<\/div>\n

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Para a policial, a frieza dos pais, principalmente da m\u00e3e, chamou a aten\u00e7\u00e3o durante o socorro da crian\u00e7a.<\/p>\n<\/div>\n

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Dois delegados, o que estava de plant\u00e3o no dia da ocorr\u00eancia e o que concluiu o inqu\u00e9rito, foram ouvidos na sequ\u00eancia, assim como o escriv\u00e3o de plant\u00e3o e a escriv\u00e3 da Delegacia de Defesa da Mulher. Outros tr\u00eas policiais civis foram dispensados da audi\u00eancia.<\/p>\n<\/div>\n

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Por volta do meio-dia, o juiz chamou a equipe do Samu que fez o primeiro atendimento na casa da fam\u00edlia.<\/p>\n<\/div>\n

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<\/i>Caso Emanuelly: Pais da menina participam como r\u00e9us de audi\u00eancia em Itapetininga<\/span><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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De acordo com um enfermeiro, Emanuelly estava inconsciente deitada na cama quando a equipe a encontrou em parada card\u00edaca.<\/p>\n<\/div>\n

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Ainda conforme o enfermeiro, logo ele notou os hematomas na menina e viu que a cal\u00e7a dela estava molhada de urina.<\/p>\n<\/div>\n

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Durante o relato do socorrista, o pai da menina balan\u00e7ou a cabe\u00e7a por v\u00e1rias vezes, enquanto a m\u00e3e permaneceu inquieta, sempre balan\u00e7ando as pernas.<\/p>\n<\/div>\n

\u00a0Depoimento da irm\u00e3<\/div>\n

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O casal sentou lado a lado, em cadeira separada, e ficou de m\u00e3os dadas em alguns momentos.<\/p>\n<\/div>\n

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D\u00e9bora se emocionou durante a audi\u00eancia quando a irm\u00e3 de Emanuelly, de 9 anos, entrou na sala e prestou depoimento.<\/p>\n<\/div>\n

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A crian\u00e7a disse que Emanuelly n\u00e3o estava indo para a escola e que no dia da morte da menina lembra de v\u00ea-la deitada no quarto.<\/p>\n<\/div>\n

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J\u00e1 durante o depoimento da professora da Emanuelly, os \u00e2nimos entre o promotor e advogado de defesa ficaram alterados e o juiz precisou intervir.<\/p>\n<\/div>\n

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Durante o per\u00edodo da tarde, familiares do casal, entre eles as irm\u00e3s do Phelipe, vizinhas e conselheiros tutelares tamb\u00e9m foram ouvidos pelo juiz.<\/p>\n<\/div>\n

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<\/i>Suspeita \u00e9 que Emanuelly foi morta ao ser agredida pelos pais (Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Bom dia Cidade)<\/span><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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J\u00fari popular<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Ap\u00f3s as testemunhas serem ouvidas, o juiz Alfredo Gehring decidiu que o casal seja julgado em j\u00fari popular pelos crimes de homic\u00eddio, tortura, c\u00e1rcere privado e adultera\u00e7\u00e3o de local do crime.<\/p>\n<\/div>\n

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O juiz disse ao\u00a0<\/strong>G1\u00a0que apenas excluiu a qualificadora do crime de feminic\u00eddio, solicitada pelo promotor Leandro Conte. Os advogados de defesa e promotor podem entrar com recurso em um prazo de cinco dias corridos.<\/p>\n<\/div>\n

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\u201cNesse prazo o Tribunal pode analisar os recursos. Se eles forem negados, o j\u00fari ser\u00e1 marcado\u201d, explicou Gehring.<\/p>\n<\/div>\n

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Relembre o caso<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

Emanuelly morreu na manh\u00e3 do dia 3 de mar\u00e7o depois de dar entrada na noite anterior no pronto-socorro de Itapetininga.<\/div>\n

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<\/i>D\u00e9bora com Emanuelly durante reportagem exibida em 2016 na TV TEM sobre guarda de filhos (Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/TV TEM)<\/span><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Os pais alegaram que a crian\u00e7a costumava se machucar e, que neste dia, tamb\u00e9m havia ca\u00eddo da cama, o que teria provocado uma convuls\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n

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Os m\u00e9dicos, no entanto, disseram \u00e0 pol\u00edcia que as les\u00f5es encontradas na menina n\u00e3o condiziam com a vers\u00e3o dos pais.<\/p>\n<\/div>\n

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Diante disso, os pais foram detidos e, ap\u00f3s audi\u00eancia de cust\u00f3dia, encaminhados para pres\u00eddios da regi\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n

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Segundo a Pol\u00edcia Civil, a menina estava na casa onde morava com os pais e outros dois irm\u00e3os no Centro quando come\u00e7ou a passar mal. Uma equipe do Samu foi chamada para atender a ocorr\u00eancia. Com informa\u00e7\u00f5es G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O pai da menina Emanuelly Aghata da Silva,\u00a0que morreu aos 5 anos, em mar\u00e7o, com sinais de espancamento, em Itapetininga (SP), afirmou durante a primeira\u00a0audi\u00eancia realizada pelo juiz Alfredo Gehring\u00a0que agredia a filha com tapas no rosto como forma de disciplina e que a menina chegava a sangrar na boca. Durante o depoimento, Phelipe Alves, […]<\/p>\n","protected":false},"author":24,"featured_media":137045,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[7],"tags":[],"acf":[],"yoast_head":"\n