A idosa de 64 anos\u00a0que foi abandonada na noite de quarta-feira (11) em um asilo particular de\u00a0Brusque, no Vale do Itaja\u00ed, est\u00e1 na casa de uma conhecida em\u00a0Tijucas, na Grande Florian\u00f3polis. Ela chegou a voltar para a casa da fam\u00edlia que a deixou na quinta-feira (12), mas j\u00e1 na sexta foi acolhida por uma conhecida. A prefeitura de Tijucas busca uma vaga em um asilo p\u00fablico.<\/p>\n<\/div>\n
Nas imagens de c\u00e2mera de seguran\u00e7a do asilo particular, a idosa aparece descendo do carro com as malas. O carro vai embora e ela fica ali sozinha, no frio de cerca de 10\u00baC. Na madrugada de quinta, ela teve que passar a noite no quartel da Pol\u00edcia Militar, depois que o dono do asilo disse n\u00e3o ter como receb\u00ea-la.<\/p>\n<\/div>\n
A situa\u00e7\u00e3o na casa da conhecida \u00e9 provis\u00f3ria. A mulher disponibilizou abrigo por alguns dias depois de ser procurada pela Assist\u00eancia Social de Tijucas, at\u00e9 que a prefeitura da cidade encontre a vaga em um asilo p\u00fablico.<\/p>\n<\/div>\n
A idosa morava h\u00e1 tr\u00eas anos com um sobrinho e a mulher dele. A fam\u00edlia, de Tijucas, foi localizada pela Assist\u00eancia Social de Brusque e voltou para buscar a senhora na quinta-feira.<\/p>\n<\/div>\n
A idosa n\u00e3o quis gravar entrevista e preferiu n\u00e3o comentar as acusa\u00e7\u00f5es feitas pelos parentes, que dizem n\u00e3o ter condi\u00e7\u00f5es financeiras e emocionais para ficar com ela. A senhora veio de Balne\u00e1rio Cambori\u00fa, onde morava com uma irm\u00e3, para ajudar a cuidar dos filhos do casal.<\/p>\n<\/div>\n
A Pol\u00edcia Civil de Brusque abriu inqu\u00e9rito na sexta (13) e pretende terminar a investiga\u00e7\u00e3o de abandono de incapaz at\u00e9 a pr\u00f3xima semana. A v\u00edtima e testemunhas j\u00e1 foram ouvidas.<\/p>\n<\/div>\n
O sobrinho e a esposa dele devem ser chamados para depor nos pr\u00f3ximos dias. Caso comprovado, os parentes poder\u00e3o ser indiciados por abandono, crime previsto pelo estatuto do idoso com pena de 6 meses a 3 anos de deten\u00e7\u00e3o e multa.<\/p>\n<\/div>\n
“A gente se arrepende porque achou, no nosso pensamento, que eles iam acolher ela [sic]”,\u00a0disse a esposa de um sobrinho da v\u00edtima,\u00a0que aparece na filmagem deixando a idosa no asilo particular.<\/p>\n<\/div>\n
Na manh\u00e3 de sexta (13), assistentes sociais de Tijucas visitaram a fam\u00edlia. “Ela n\u00e3o conseguiu falar muito, chorava bastante e tinha a fala muito confusa. A gente n\u00e3o conseguiu entender o que ela queria dizer porque ela chorava muito”, relatou a psic\u00f3loga do Centro de Refer\u00eancia Especializado de Assist\u00eancia Social (Creas) de Tijucas Carla Castilhos.<\/p>\n<\/div>\n
A situa\u00e7\u00e3o n\u00e3o foi uma surpresa para os funcion\u00e1rios do Creas. No m\u00eas passado, servidores da sa\u00fade que fazem atendimento domiciliar no munic\u00edpio relataram a profissionais do \u00f3rg\u00e3o que a idosa estava sendo v\u00edtima de viol\u00eancia psicol\u00f3gica. A equipe do Creas esteve na casa onde ela morava, mas a pr\u00f3pria senhora negou tudo.<\/p>\n<\/div>\n
“A gente chegava e meu pequeno dizia que ela batia neles. Chegava e ele mostrava o bra\u00e7o arranhado. Ela justificava que meu menino que avan\u00e7ava nela. Longo prazo ela me contou que ela falou aquilo l\u00e1 e era tudo mentira. Que ela s\u00f3 falou porque n\u00e3o queria mais ficar aqui. Ela at\u00e9 foi, pegou as coisas e foi l\u00e1 na rua e come\u00e7ou a gritar. ‘Porque eu n\u00e3o quero mais ficar aqui, porque voc\u00eas est\u00e3o me batendo, voc\u00eas querem que eu v\u00e1 a\u00ed para dentro para voc\u00eas me espancarem, que voc\u00eas est\u00e3o me batendo’. E os vizinhos queriam chamar a pol\u00edcia. A gente ligou para uma irm\u00e3 dela e a irm\u00e3 dela sugeriu que a gente a levasse para o asilo. A gente deixou l\u00e1 porque como estava no an\u00fancio que tinha vaga e a gente achava que se deixasse l\u00e1 eles iam acolher para a gente n\u00e3o deix\u00e1-la na rua”, afirmou a esposa do sobrinho da idosa.<\/p>\n<\/div>\n
O lar de idosos onde ela foi \u00e9 particular, existe h\u00e1 18 anos e atende atualmente 55 pessoas. De acordo com a dire\u00e7\u00e3o, \u00e9 a primeira vez que uma situa\u00e7\u00e3o como esta acontece no local. “N\u00f3s chamamos a pol\u00edcia. Nem poder\u00edamos receber porque a gente iria se complicar”, afirmou Max Otto Riegert, presidente do asilo.<\/p>\n
Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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