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{"id":139743,"date":"2018-08-20T11:38:04","date_gmt":"2018-08-20T14:38:04","guid":{"rendered":"https:\/\/oatlantico.com.br\/?p=139743"},"modified":"2018-08-20T11:38:04","modified_gmt":"2018-08-20T14:38:04","slug":"po-de-macaco-droga-que-faz-as-pessoas-pularem-de-predios","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/oatlantico.com.br\/po-de-macaco-droga-que-faz-as-pessoas-pularem-de-predios\/","title":{"rendered":"P\u00f3 de macaco: A droga que faz as pessoas pularem de pr\u00e9dios"},"content":{"rendered":"
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Ela levou pessoas a pularem de pr\u00e9dios, morder outras e correr para dentro de casas de desconhecidos. Agora, a pol\u00edcia diz que \u00e9 apenas uma quest\u00e3o de tempo at\u00e9 que algu\u00e9m morra como resultado do uso do “p\u00f3 de macaco” – uma droga sint\u00e9tica que tem sua popularidade em ascens\u00e3o nas West Midlands, na regi\u00e3o central da Inglaterra.<\/p>\n<\/div>\n

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“\u00c0 noite eu n\u00e3o saio, porque \u00e9 quando as pessoas drogadas tendem a sair”, diz Molly Lawton, uma chef de 19 anos da cidade de Stoke, localizada na regi\u00e3o de West Midlands, ao programa Victoria Derbyshire da BBC.<\/p>\n<\/div>\n

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“Voc\u00ea v\u00ea pessoas sob efeito do p\u00f3 de macaco chacoalhando seus bra\u00e7os, gritando e berrando. [\u00c0 noite] isso pode me assustar at\u00e9 \u00e0 morte.”<\/p>\n<\/div>\n

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\"Molly<\/picture><\/div>\n
Molly Lawton diz que tem medo de andar pelo centro de Stoke \u00e0 noite por causa dos usu\u00e1rios da droga (Foto: BBC)<\/picture><\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
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O p\u00f3 de macaco \u00e9 uma droga da classe B que est\u00e1 em circula\u00e7\u00e3o h\u00e1 v\u00e1rios anos.<\/p>\n<\/div>\n

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Mas agora os servi\u00e7os de emerg\u00eancia de Stoke est\u00e3o preocupados porque ela est\u00e1 se tornando uma epidemia.<\/p>\n<\/div>\n

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A droga pode impedir que os usu\u00e1rios sintam dor e faz com que eles tenham alucina\u00e7\u00f5es – tornando-os altamente imprevis\u00edveis.<\/p>\n<\/div>\n

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O que a diferencia, no entanto, \u00e9 que seus efeitos podem durar dias.<\/p>\n<\/div>\n

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A pol\u00edcia foi chamada para atender casos em que as pessoas correram em dire\u00e7\u00e3o a carros e pularam de pr\u00e9dios.<\/p>\n<\/div>\n

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Ningu\u00e9m at\u00e9 agora morreu. Mas h\u00e1 a preocupa\u00e7\u00e3o de que seja apenas uma quest\u00e3o de tempo para que isso ocorra.<\/p>\n<\/div>\n

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Vendido por \u00a3 2 a por\u00e7\u00e3o (o equivalente a R$ 10), o p\u00f3 de macaco \u00e9 usado por muitos moradores de rua da cidade.<\/p>\n<\/div>\n

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Um homem, que se identificou como Ferreiro, disse que usa a droga h\u00e1 um ano.<\/p>\n<\/div>\n

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Aos 31 anos, ele que mora nas ruas h\u00e1 10 anos, diz que essa \u00e9 uma das drogas mais potentes que ele j\u00e1 experimentou.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu odeio o fato de que eu gosto dela. Eu odeio toda vez que eu uso, mas eu ainda uso”, diz ele, desejando que n\u00e3o fosse viciado.<\/p>\n<\/div>\n

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“Est\u00e1 em toda parte. H\u00e1 muitas pessoas nisso.”<\/p>\n<\/div>\n

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‘O pior que j\u00e1 vimos’<\/p>\n<\/div>\n

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Jeff Moore, superintendente da pol\u00edcia de Staffordshire, disse que o \u00f3rg\u00e3o atendeu a 950 chamados relacionados \u00e0 droga nos \u00faltimos tr\u00eas meses.<\/p>\n<\/div>\n

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“Frequentemente, vemos a paranoia – exemplos de pessoas se jogando no tr\u00e2nsito, pulando de pontes e pr\u00e9dios altos, entrando nas casas das pessoas”, diz ele.<\/p>\n<\/div>\n

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“Do ponto de vista das drogas, essa \u00e9 a pior que j\u00e1 vimos. \u00c9 a consequ\u00eancia n\u00e3o apenas de usar a droga, mas tamb\u00e9m de pessoas colocando a seguran\u00e7a dos outros em risco.”<\/p>\n<\/div>\n

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Ele disse que foi dif\u00edcil para os policiais lidarem com ela, uma vez que as pessoas sob o efeito da droga s\u00e3o muito imprevis\u00edveis. Moore pediu uma abordagem mais ampla dos problemas sociais e de sa\u00fade p\u00fablica que contribuem para o seu uso.<\/p>\n<\/div>\n

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“N\u00e3o se trata apenas de um grupo de pessoas que est\u00e3o desabrigadas e na cidade”, acrescentou ele, dizendo que pessoas de diferentes origens e idades tamb\u00e9m a usavam.<\/p>\n<\/div>\n

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‘Pessoas escondendo armas’<\/strong><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Darren Murinas, um ex-traficante de drogas que trabalha com o grupo Expert Citizens, diz que anteriormente ele vivia com tr\u00eas pessoas usando a droga.<\/p>\n<\/div>\n

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“Esses caras usavam crack e hero\u00edna, mas pararam por causa do pre\u00e7o”, diz ele.<\/p>\n<\/div>\n

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Certa vez, conta ele, um rapaz que morava com ele “pensou que havia algu\u00e9m sob as t\u00e1buas do assoalho atr\u00e1s dele e n\u00e3o dormiu por dias”.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu vi a droga induzir uma psicose – pessoas escondendo armas porque estavam com medo”, acrescenta.<\/p>\n<\/div>\n

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Murinas diz que conhece uma pessoa que est\u00e1 “constantemente no hospital” por ser viciada na droga, e outra com trauma cerebral grave.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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“Precisamos come\u00e7ar a registrar esse problema para que possamos obter os dados”, diz ele.<\/p>\n<\/div>\n

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“E precisamos olh\u00e1-lo com uma lente de um problema de sa\u00fade mental, n\u00e3o apenas de pol\u00edcia”.<\/p>\n<\/div>\n

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O Minist\u00e9rio do Interior disse que sua estrat\u00e9gia antidrogas “estabelece uma abordagem equilibrada que re\u00fane a pol\u00edcia, a sa\u00fade, a comunidade e parceiros globais para combater o tr\u00e1fico il\u00edcito de drogas, proteger os mais vulner\u00e1veis \u200b\u200be ajudar aqueles com depend\u00eancia de drogas a se recuperarem e mudarem suas vidas”.<\/p>\n<\/div>\n

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Entre aqueles que vivem no centro da cidade de Stoke, muitos t\u00eam visto os efeitos vis\u00edveis da droga.<\/p>\n<\/div>\n

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O seguran\u00e7a Ari diz que est\u00e1 causando problemas para as empresas na \u00e1rea.<\/p>\n<\/div>\n

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\"O<\/picture><\/div>\n
O seguran\u00e7a Ari diz que a droga est\u00e1 dificultando a vida das empresas no centro da cidade (Foto: BBC)<\/picture><\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Charlie, um estudante de 18 anos que experimentou a droga algumas vezes, cujo sobrenome foi preservado, diz que nunca mais a tomaria.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu me senti estranho”, diz ele, lembrando seus efeitos. “Eu senti, na primeira vez que tomei, como se eu estivesse andando como um zumbi. N\u00e3o \u00e9 inteligente.”<\/p>\n<\/div>\n

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Ele diz que tem feito esfor\u00e7os para educar estudantes sobre os perigos da droga em sua faculdade, uma vez que a cidade se torna mais consciente de seus efeitos.<\/p>\n<\/div>\n

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Para Molly, a maior preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 que a situa\u00e7\u00e3o piore.<\/p>\n<\/div>\n

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“H\u00e1 muito dela porque os traficantes est\u00e3o vendendo por apenas 2 libras (R$ 10) cada por\u00e7\u00e3o”, diz ela.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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“Com isso t\u00e3o barato, vai ter muito mais na regi\u00e3o de Stoke tamb\u00e9m”.<\/p>\n

Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Ela levou pessoas a pularem de pr\u00e9dios, morder outras e correr para dentro de casas de desconhecidos. 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