Por\u00a0Marcelo Tolentino<\/strong><\/p><\/blockquote>\n
Independentemente de quem ganhou ou perdeu nessas elei\u00e7\u00f5es\u00a0 de 2018, o fato \u00e9 que um novo cen\u00e1rio pol\u00edtico emergiu das urnas,\u00a0 derrubando velhas m\u00e1ximas que sempre foram determinantes para a vit\u00f3ria. A capilaridade partid\u00e1ria, a presen\u00e7a de palanque nos estados e a distribui\u00e7\u00e3o de santinhos de papel, por exemplo, n\u00e3o provaram a efic\u00e1cia de antes diante do \u201ccanh\u00e3o\u201d das redes sociais. Explico. A presen\u00e7a de lideran\u00e7as locais, neste pleito, n\u00e3o exerceu a mesma influ\u00eancia de antes.<\/p>\n
Com mais de 120 milh\u00f5es de contas ativas\u00a0no Brasil, o WhatsApp foi a forma mais eficaz para chegar ao interior, atingindo pessoas alheias ao processo pol\u00edtico tradicional. \u00a0Desta vez, as sugest\u00f5es de candidatos vieram por mensagens de familiares ou de conhecidos.<\/p>\n
Os temas tradicionais, como educa\u00e7\u00e3o, sa\u00fade e seguran\u00e7a, tamb\u00e9m n\u00e3o ganharam repercuss\u00e3o nesse pleito, que foi tomado pelo debate moral.<\/p>\n
E, se a for\u00e7a da internet ainda n\u00e3o havia convencido o universo pol\u00edtico, as elei\u00e7\u00f5es de 2018 provaram que, sim, chegou a vez do digital, principalmente se o candidato fez o \u201cdever de casa\u201d.\u00a0 Foi o caso do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que construiu uma audi\u00eancia digital anos antes, viajando pelo Brasil com uma narrativa s\u00f3lida,\u00a0estrategicamente ancorada nas redes sociais.<\/p>\n
Outro ponto de destaque:\u00a0 acabou o “pol\u00edtico sabonete”, que fica em cima do muro. O eleitor n\u00e3o tolera mais quem n\u00e3o se posiciona.<\/p>\n
A propaganda na TV continua sendo importante, mas perdeu seu reinado, principalmente se a estrat\u00e9gia n\u00e3o for certeira.\u00a0 Em tempos de Netflix e Youtube, o eleitor n\u00e3o tem mais paci\u00eancia para assistir a propaganda eleitoral na TV, que tem uma linguagem chata, massiva, e que n\u00e3o dialoga com segmentos.\u00a0 E, se o eleitor\/seguidor escolheu as redes sociais como importante fonte de informa\u00e7\u00e3o, o pol\u00edtico tamb\u00e9m refor\u00e7ou o protagonismo delas. Sinal dos novos tempos: pela primeira vez na hist\u00f3ria um presidente eleito n\u00e3o deu o primeiro discurso para a imprensa tradicional, mas usou uma live<\/em> no Facebook.<\/p>\n
Contudo, \u00e9 importante manter uma rela\u00e7\u00e3o saud\u00e1vel com a m\u00eddia tradicional, refor\u00e7ando a transpar\u00eancia e o alcance dos atos, principalmente em tempos de fake News<\/em>, uma amea\u00e7a que precisa ser combatida pelas autoridades e pela. E que exige o comprometimento das plataformas.<\/p>\n
Jornalista, com forma\u00e7\u00e3o em Marketing Pol\u00edtico Digital e assessor de comunica\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Por\u00a0Marcelo Tolentino Independentemente de quem ganhou ou perdeu nessas elei\u00e7\u00f5es\u00a0 de 2018, o fato \u00e9 que um novo cen\u00e1rio pol\u00edtico emergiu das urnas,\u00a0 derrubando velhas m\u00e1ximas que sempre foram determinantes para a vit\u00f3ria. A capilaridade partid\u00e1ria, a presen\u00e7a de palanque nos estados e a distribui\u00e7\u00e3o de santinhos de papel, por exemplo, n\u00e3o provaram a efic\u00e1cia […]<\/p>\n","protected":false},"author":24,"featured_media":144199,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[80],"tags":[5],"acf":[],"yoast_head":"\n
Artigo: Uma nova era na pol\u00edtica - O Atl\u00e2ntico<\/title>\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\t\n\t\n\t\n\n\n\n\t\n\t\n\t\n