O Tribunal do J\u00fari da comarca da Capital, sob a presid\u00eancia do juiz Renato Mastella, reunido nesta quinta-feira (21\/3), condenou um homem a 19 anos e 20 dias de reclus\u00e3o, por homic\u00eddio duplamente qualificado, em regime fechado. O magistrado decretou a pris\u00e3o preventiva do r\u00e9u, que n\u00e3o compareceu \u00e0 sess\u00e3o. A partir de agora, caso n\u00e3o se entregue, ele ser\u00e1 um foragido da Justi\u00e7a. “A liberdade do acusado representa grave perigo”, disse o magistrado.<\/p>\n

O crime ocorreu no bairro Estreito, em Florian\u00f3polis, no dia 30 de agosto de 2012. Inconformado com o t\u00e9rmino de relacionamento, ele jogou \u00e1lcool de cozinha no cabelo da v\u00edtima, que na \u00e9poca tinha 16 anos, e depois ateou fogo. Ela teve queimaduras em 50% do corpo e ficou internada 70 dias no hospital. Morreu nove meses depois, antes de uma opera\u00e7\u00e3o que tentaria descolar o queixo do peito, consequ\u00eancia dessas queimaduras.<\/p>\n

Ap\u00f3s seis horas de sess\u00e3o, os jurados – cinco mulheres e dois homens – entenderam que o crime foi duplamente qualificado porque o assassino usou meio cruel, o fogo, e porque matou a adolescente por motivo torpe. “O r\u00e9u \u00e9 maior de idade e inteiramente capaz de entender o car\u00e1ter il\u00edcito do ato que praticou”, afirmou o juiz na senten\u00e7a.<\/p>\n

O promotor Andrey Cunha Amorim, representante do Minist\u00e9rio P\u00fablico, lembrou que em 2018 foram assassinadas 4.500 mulheres no Brasil, uma m\u00e9dia de 12 por dia. “Estes homens precisam entender que n\u00e3o h\u00e1 mais espa\u00e7o para a impunidade”, afirmou. Ao final da sess\u00e3o, a m\u00e3e da v\u00edtima se disse aliviada. “Nada vai trazer a minha filha de volta, mas \u00e9 bom perceber que hoje a justi\u00e7a foi feita”. A defensora p\u00fablica Ana Paula Fischer ir\u00e1 recorrer da senten\u00e7a.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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