Uma jovem denunciou nas redes sociais que foi estuprada em um beach club de Jurer\u00ea Internacional, de Florian\u00f3polis. Na segunda-feira (20), a influenciadora digital publicou uma foto de uma calcinha ao lado de uma solicita\u00e7\u00e3o de exame pericial e um relato no qual diz que o crime ocorreu no Caf\u00e9 de La Musique, em dezembro de 2018. Na postagem, ela criticou ainda a atua\u00e7\u00e3o da Pol\u00edcia Civil no caso.<\/p>\n

O beach club informou que colabora com as investiga\u00e7\u00f5es. J\u00e1 a Pol\u00edcia Civil disse, em coletiva de imprensa na tarde desta ter\u00e7a (21), que o inqu\u00e9rito est\u00e1 em sigilo. Falou que o suspeito \u00e9 de outro estado, que ainda n\u00e3o foi ouvido e que ele sabe que \u00e9 investigado. Informou ainda que a v\u00edtima fez exames m\u00e9dicos e toxicol\u00f3gicos na \u00e9poca, e que testemunhas j\u00e1 foram ouvidas.<\/p>\n

A reportagem tamb\u00e9m tentou ouvir a jovem, mas sem sucesso.<\/p>\n

Relato<\/p>\n

Nas redes sociais, a garota disse que o caso ocorreu em 15 de dezembro de 2018, e que foi dopada e estuprada por um desconhecido. “Minha virgindade foi roubada junto com o meu sonho”.<\/p>\n

Ela ainda escreveu que naquela data, as amigas que estavam com ela no estabelecimento foram embora sem prestar socorro a ela, mesmo depois de ter pedido apoio.<\/p>\n

A jovem descreveu ainda a rea\u00e7\u00e3o da m\u00e3e quando conseguiu chegar em casa. “Ao ver o meu estado tirou minhas roupas, e se deparou com a pior cena da vida dela\u201d, relatou. \u201cMinhas roupas estavam cheias de sangue e forte odor de esperma\u201d.<\/p>\n

No post, a jovem disse que teve que tomar coquetel de rem\u00e9dios para evitar doen\u00e7as durante 30 dias. “Tenho pesadelos horr\u00edveis que me fazem dormir s\u00f3 depois do dia clarear, sentia dores fortes para urinar, dores no corpo, entre as coxas\u201d.<\/p>\n

Cr\u00edticas \u00e0 investiga\u00e7\u00e3o<\/p>\n

Na postagem, a jovem fez cr\u00edticas \u00e0 atua\u00e7\u00e3o da Pol\u00edcia Civil no caso, dizendo que a institui\u00e7\u00e3o est\u00e1 “empenhada em proteger apenas o criminoso e o local do crime por se tratar de pessoas de \u2018poder e dinheiro’ (….). Depois que descobriram quem \u00e9 o estuprador e qual o local do crime, o tratamento comigo e com minha fam\u00edlia mudaram\u201d.<\/p>\n

Ela relatou ainda que os depoimentos prestados por ela foram deturpados, que os laudos foram manipulados e que o advogado dela no caso n\u00e3o tem tido acesso ao inqu\u00e9rito em andamento.<\/p>\n

“Poderia ficar horas falando de tudo de errado que est\u00e1 acontecendo nas investiga\u00e7\u00f5es. Mas Deus \u00e9 t\u00e3o incr\u00edvel, tenho todas as provas para elucidar o crime, diz.<\/p>\n

Outro lado<\/p>\n

A Pol\u00edcia Civil disse que n\u00e3o pode dar muitos detalhes do caso por causa do segredo de Justi\u00e7a e que o beach club forneceu imagens do dia do ocorrido.<\/p>\n

\u201cAinda temos 90 dias para concluir, prazo estabelecido pelo Poder Judici\u00e1rio. (…) O que se pretende \u00e9 concluir o mais breve poss\u00edvel\u201d, disse Eliane Chaves, diretora da Pol\u00edcia Civil da Grande Florian\u00f3polis<\/p>\n

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