Maior produtor nacional de carne su\u00edna e com acesso aos mercados mais competitivos do mundo, Santa Catarina segue ampliando sua presen\u00e7a no cen\u00e1rio internacional. Em maio, o faturamento com os embarques de carne su\u00edna passou de US$77,9 milh\u00f5es, uma alta de 51% em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo m\u00eas de 2018. Os bons resultados ao longo do ano colocam o estado como respons\u00e1vel por quase 60% das exporta\u00e7\u00f5es brasileiras do produto em 2019.<\/p>\n

\u201cHoje, Santa Catarina tem acesso aos mercados mais exigentes do mundo, o setor agropecu\u00e1rio \u00e9 o carro chefe da nossa economia, gerando emprego e renda ao longo de toda a cadeia produtiva. A alta nas exporta\u00e7\u00f5es mostra que estamos no caminho certo, por\u00e9m temos grandes desafios e oportunidades pela frente\u201d, destaca o secret\u00e1rio da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouv\u00eaa.<\/p>\n

Em maio, Santa Catarina obteve um excelente resultado com as exporta\u00e7\u00f5es de carne su\u00edna. Foram mais de 37,8 mil toneladas embarcadas, 39,8% a mais do que no ano anterior. A venda de produtos com maior valor comercial e o aumento nos pre\u00e7os no mercado internacional elevam ainda mais o faturamento: as receitas geradas pelos embarques passaram de US$ 77,9 milh\u00f5es, 51% a mais do que em 2018.<\/p>\n

Acumulado do ano<\/p>\n

De janeiro a maio deste ano, Santa Catarina respondeu por 60% das exporta\u00e7\u00f5es brasileiras de carne su\u00edna. Foram 167 mil toneladas embarcadas, gerando receitas de US$ 319,8 milh\u00f5es. Em compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo de 2018, o crescimento foi de 40,4% no volume e de 34% no valor.<\/p>\n

Principais mercados<\/p>\n

Em maio, os maiores compradores do produto catarinense foram China, Hong Kong, Chile, R\u00fassia e Argentina, que juntos respondem por 80% das receitas obtidas. O crescimento nas exporta\u00e7\u00f5es de Santa Catarina se deve \u00e0 amplia\u00e7\u00e3o de importantes mercados, algumas altas passam de 100%, como \u00e9 o caso do Chile (101,9%), Uruguai (120,4%) e Jap\u00e3o (428,3%) – um dos mercados mais exigentes do mundo. No \u00faltimo m\u00eas, China e Hong Kong foram respons\u00e1veis por quase 60% do total exportado por Santa Catarina.<\/p>\n

Cen\u00e1rio mundial<\/p>\n

Segundo relat\u00f3rio divulgado em junho pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para Agricultura e Alimenta\u00e7\u00e3o (FAO), a contamina\u00e7\u00e3o com peste su\u00edna africana j\u00e1 levou \u00e0 elimina\u00e7\u00e3o de 3,4 milh\u00f5es de su\u00ednos em diversos pa\u00edses da \u00c1sia. A situa\u00e7\u00e3o mais cr\u00edtica \u00e9 a da China, onde j\u00e1 foram detectados 138 focos da doen\u00e7a em 32 prov\u00edncias, incluindo a regi\u00e3o de Hong Kong.<\/p>\n

Os casos de peste su\u00edna africana na China, Vietn\u00e3, Coreia do Norte e Camboja est\u00e3o transformando o mercado da suinocultura mundial. \u201cIsso traz uma grande oportunidade para o agroneg\u00f3cio brasileiro, que \u00e9 fornecer alimento para esses pa\u00edses, principalmente para a China; por\u00e9m exige de todos n\u00f3s um cuidado ainda maior com a vigil\u00e2ncia agropecu\u00e1ria para que uma doen\u00e7a como essa n\u00e3o chegue ao Brasil\u201d, ressalta o secret\u00e1rio<\/p>\n

O analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agr\u00edcola (Epagri\/Cepa), Alexandre Giehl, explica que os impactos da doen\u00e7a podem ser ainda maiores do que aqueles levantados pela FAO. \u201cOutras institui\u00e7\u00f5es apresentam um cen\u00e1rio muito mais grave associado \u00e0 essa doen\u00e7a. Segundo estimativas n\u00e3o oficiais, a China j\u00e1 teria eliminado cerca de 20% de seu rebanho, algo sem precedentes na hist\u00f3ria da suinocultura chinesa e mundial. Alguns especialistas chegam a falar no maior surto de doen\u00e7a animal j\u00e1 ocorrido no planeta\u201d, explica.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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