Vespersaurus paranaensis <\/em>foi o nome dado pelos pesquisadores da Universidade Estadual de Maring\u00e1 (UEM), da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP) e do Museu Paleontol\u00f3gico de Cruzeiro do Oeste para a esp\u00e9cie in\u00e9dita do dinossauro encontrado no noroeste do Paran\u00e1. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (26) e saiu publicada no peri\u00f3dico Scientific Reports<\/em>.<\/p>\n

O f\u00f3ssil do primeiro dinossauro \u201c100% paranaense\u201d foi localizado pelos pesquisadores em um s\u00edtio paleontol\u00f3gico de Cruzeiro do Oeste, uma cidade com aproximadamente 21 mil habitantes. Estima-se que ele viveu na regi\u00e3o, que era des\u00e9rtica, h\u00e1 90 milh\u00f5es de anos \u2013 pelo menos 30 milh\u00f5es de anos antes da extin\u00e7\u00e3o das grandes esp\u00e9cies.<\/p>\n

A caracter\u00edstica peculiar dos p\u00e9s do Vespersaurus paranaensis <\/em>ajudou os pesquisadores a identificarem se tratar de uma esp\u00e9cie nova. Isso porque ele possu\u00eda uma garra no p\u00e9 em formato de l\u00e2mina, muito \u00fatil na captura de pequenas presas, tendo um \u00fanico dedo de sustenta\u00e7\u00e3o na pata e, assim, locomovendo-se mais ou menos como os cavalos. De porte pequeno, seu esqueleto era leve, semelhante ao das aves hoje em dia.<\/p>\n

\u201cEssa descoberta \u00e9 fant\u00e1stica, porque \u00e9 o primeiro dinossauro descoberto e descrito aqui no Paran\u00e1. Al\u00e9m do mais, a gente tem um dinossauro carn\u00edvoro, o que \u00e9 muito raro de ser encontrado, de ser preservado. Temos, por exemplo, a ideia de que h\u00e1 muitos dinossauros na Am\u00e9rica do Norte, Estados Unidos, Europa, e aqui n\u00e3o tem. Essa pesquisa mostra que tem sim, s\u00f3 que a gente ainda est\u00e1 descobrindo eles\u201d, pontuou Renato Pirani Ghilardi, presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia.<\/p>\n