Conhecidas pela qualidade, as frutas e hortali\u00e7as produzidas em Santa Catarina ganham mais um diferencial competitivo. A partir de agora, os consumidores poder\u00e3o saber detalhes sobre o cultivo dos vegetais, inclusive o local onde foram produzidos e informa\u00e7\u00f5es sobre o uso de agrot\u00f3xicos. A identifica\u00e7\u00e3o de origem da produ\u00e7\u00e3o vegetal se d\u00e1 atrav\u00e9s de um processo de rotulagem, que j\u00e1 conta com a ades\u00e3o de todos os produtores cadastrados na Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa\/SC).<\/p>\n
O uso de mecanismos que garantem a identifica\u00e7\u00e3o de origem dos alimentos se tornou obrigat\u00f3rio para os produtores rurais de todo pa\u00eds e os catarinenses j\u00e1 est\u00e3o se adequando \u00e0s novas exig\u00eancias. Ao longo da \u00faltima semana, t\u00e9cnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agr\u00edcola de Santa Catarina (CIDASC), em parceria com o Minist\u00e9rio da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento (MAPA), realizaram fiscaliza\u00e7\u00f5es na Ceasa\/SC e confirmaram que grande parte dos produtos de Santa Catarina possuem o r\u00f3tulo de identifica\u00e7\u00e3o de origem.<\/p>\n
“A identifica\u00e7\u00e3o de origem \u00e9 fundamental para protegermos a sociedade de produtos de qualidade insatisfat\u00f3ria. O trabalho desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Cidasc, Epagri e Ceasa colocam nosso estado \u00e0 frente de outros estados nesse controle e n\u00f3s corroboramos a fiscaliza\u00e7\u00e3o atual do Minist\u00e9rio da Agricultura porque essa a\u00e7\u00e3o dar\u00e1 credibilidade ao trabalho desenvolvido e ajudar\u00e1 para avan\u00e7armos na melhoria da produ\u00e7\u00e3o”, destaca o presidente da Ceasa\/SC, Angelo Di Foggi.<\/p>\n
Desde o ano passado, a identifica\u00e7\u00e3o de origem de frutas e verduras se tornou obrigat\u00f3ria \u2013 regulamentada pela Portaria Conjunta SES\/SAR n\u00ba 459, de 7 de junho de 2016. Toda a cadeia produtiva de produtos vegetais frescos destinados \u00e0 alimenta\u00e7\u00e3o humana deve ter identifica\u00e7\u00e3o de origem, para fins de monitoramento e controle de res\u00edduos de agrot\u00f3xicos, em todo o territ\u00f3rio estadual.<\/p>\n
Para o comerciante Francisco Prim, o r\u00f3tulo de identifica\u00e7\u00e3o traz mais responsabilidade para os produtores e tamb\u00e9m mais seguran\u00e7a para os consumidores. \u201cA gente v\u00ea bastante responsabilidade do produtor porque aquilo que ele vai vender para o consumidor, ele tamb\u00e9m leva para a casa dele e consome l\u00e1. \u00c9 o que eu fa\u00e7o, o que eu vendo aqui eu levo para a minha casa, para os meus netos, toda a minha fam\u00edlia\u201d, afirma.<\/p>\n
e-Origem<\/p>\n
Em uma iniciativa pioneira, Santa Catarina oferece uma ferramenta gratuita para que os agricultores comprovem a proced\u00eancia da produ\u00e7\u00e3o e atendam \u00e0s exig\u00eancias legais.\u00a0 O e-Origem \u00e9 um sistema online e autodeclarat\u00f3rio onde os produtores conseguem fazer a identifica\u00e7\u00e3o das frutas e verduras de forma pr\u00e1tica e simples.<\/p>\n
De acordo com o secret\u00e1rio adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, al\u00e9m de trazer um diferencial competitivo para a produ\u00e7\u00e3o catarinense, o e-Origem atende uma necessidade da sociedade na busca por alimentos mais saud\u00e1veis. \u201cSanta Catarina teve uma iniciativa pioneira e inovadora. N\u00f3s percebemos que os consumidores est\u00e3o exigindo alimentos mais seguros e oferecemos uma ferramenta gratuita para incluir os agricultores catarinenses nesse processo, para que n\u00e3o fiquem \u00e0 margem dessa exig\u00eancia legal”.<\/p>\n
Com o sistema da Cidasc, o produtor faz seu cadastro e preenche as informa\u00e7\u00f5es sobre a sua produ\u00e7\u00e3o de frutas e verduras, automaticamente \u00e9 gerado um c\u00f3digo espec\u00edfico para a identifica\u00e7\u00e3o de origem dos seus produtos. O programa traz ainda um modelo de caderno de campo para impress\u00e3o e oferece exemplos de etiquetas e cartazes para exposi\u00e7\u00e3o em pontos de venda.<\/p>\n
O sistema permite ainda que os consumidores tenham acesso \u00e0s informa\u00e7\u00f5es da produ\u00e7\u00e3o de maneira f\u00e1cil e r\u00e1pida.\u00a0 A etiqueta dos alimentos traz um QR Code, que mostra quem produziu aquela fruta ou verdura, onde foi produzido, a data da colheita e quem \u00e9 o comerciante.<\/p>\n
“O e-Origem d\u00e1 um suporte para o produtor catarinense, \u00e9 o primeiro passo para a identifica\u00e7\u00e3o do produto. Todo produto vegetal catarinense pode ser cadastrado, identificado pelas etiquetas com o nome, lote e origem do produto de forma eletr\u00f4nica”, explica o engenheiro agr\u00f4nomo da Cidasc, Mario Ver\u00edssimo. ” \u00c9 importante ressaltar que os t\u00e9cnicos da Epagri e Cidasc est\u00e3o prontos para dar todo suporte ao produtor catarinense, com informa\u00e7\u00f5es ou ajuda para cadastrar seus produtos no e-Origem”, complementa.<\/p>\n
Fiscaliza\u00e7\u00e3o na Ceasa\/SC<\/p>\n
Os t\u00e9cnicos da Cidasc e do Minist\u00e9rio da Agricultura realizaram a fiscaliza\u00e7\u00e3o logo na entrada da Ceasa\/SC, verificando dados das notas fiscais e dos r\u00f3tulos nas caixas de mercadorias.<\/p>\n
Al\u00e9m da identifica\u00e7\u00e3o de origem e do caderno de campo, no qual o produtor faz os registros de todos os insumos utilizados, passou a ser cobrado tamb\u00e9m o cadastro de quem vende essas frutas e verduras. A identifica\u00e7\u00e3o de origem dos vegetais \u00e9 requisito obrigat\u00f3rio para quem quer comercializar produtos na Ceasa\/SC.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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