Parece que foi h\u00e1 muito tempo, mas o mundo s\u00f3 tomou conhecimento do novo coronav\u00edrus em dezembro passado.<\/p>\n
Apesar dos esfor\u00e7os de cientistas em todo o mundo, ainda h\u00e1 muito que n\u00e3o entendemos sobre ele e, agora, todos de certa forma fazemos parte de um experimento em todo o planeta na busca por essas respostas.<\/p>\n
\u00c9 uma das perguntas mais b\u00e1sicas, mas tamb\u00e9m uma das mais cruciais.<\/p>\n
H\u00e1 mais de um milh\u00e3o de casos confirmados em todo o mundo, mas isso \u00e9 apenas uma fra\u00e7\u00e3o do total de infec\u00e7\u00f5es. E os n\u00fameros s\u00e3o ainda mais confusos por causa do contingente ainda desconhecido de casos assintom\u00e1ticos \u2014 pessoas que t\u00eam o v\u00edrus, mas n\u00e3o se sentem doentes.<\/p>\n
Os testes que detectam anticorpos permitir\u00e3o aos pesquisadores saber se algu\u00e9m j\u00e1 teve o v\u00edrus. Somente ent\u00e3o entenderemos qu\u00e3o longe ou qu\u00e3o facilmente o coronav\u00edrus est\u00e1 se espalhando.<\/p>\n
At\u00e9 sabermos quantos casos houve, \u00e9 imposs\u00edvel ter certeza da taxa de letalidade.<\/p>\n
A Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) aponta que 3,4% das pessoas infectadas pelo v\u00edrus morrem, mas h\u00e1 cientistas que estimam que esse \u00edndice gire em torno de 1%.<\/p>\n
Mas, se houver um grande n\u00famero de pacientes assintom\u00e1ticos, a taxa pode ser ainda menor.<\/p>\n
Os principais sintomas do coronav\u00edrus s\u00e3o febre e tosse seca. Dor de garganta, dor de cabe\u00e7a e diarreia tamb\u00e9m foram relatados em alguns casos, e h\u00e1 ind\u00edcios crescentes de que alguns perdem o olfato.<\/p>\n
Mas a quest\u00e3o mais importante \u00e9 se sintomas leves da gripe, como coriza ou espirros, est\u00e3o presentes em alguns pacientes.<\/p>\n
Estudos apontam que essa \u00e9 uma possibilidade e que, assim, pessoas estariam infectadas pelo novo coronav\u00edrus sem saber disso.<\/p>\n
As crian\u00e7as podem definitivamente pegar o coronav\u00edrus. No entanto, geralmente desenvolvem sintomas leves, e h\u00e1 relativamente poucas mortes entre crian\u00e7as em compara\u00e7\u00e3o com outras faixas et\u00e1rias.<\/p>\n
As crian\u00e7as normalmente s\u00e3o superdisseminadoras de doen\u00e7as, em parte porque entram em contato com muitas pessoas (geralmente no playground), mas, com esse v\u00edrus, n\u00e3o est\u00e1 claro at\u00e9 que ponto elas ajudam a espalh\u00e1-lo.<\/p>\n
O novo coronav\u00edrus surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019, onde havia um conjunto de casos com origem relacionada a um mercado de animais.<\/p>\n
Oficialmente chamado Sars-Cov-2, ele est\u00e1 intimamente ligado a v\u00edrus que infectam morcegos, no entanto, acredita-se que tenha sido passado de morcegos para uma esp\u00e9cie animal misteriosa, que depois o transmitiu \u00e0s pessoas.<\/p>\n
Esse “elo perdido” permanece desconhecido e pode ser uma fonte de mais infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Gripes e resfriados s\u00e3o mais comuns nos meses de inverno do que no ver\u00e3o, mas ainda n\u00e3o se sabe se o clima mais quente alterar\u00e1 a propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus.<\/p>\n
Os consultores cient\u00edficos do governo do Reino Unido alertaram que n\u00e3o est\u00e1 claro se haver\u00e1 um efeito sazonal. Se houver, eles acham que \u00e9 prov\u00e1vel que seja menor do que o de resfriados e gripes.<\/p>\n
Se houver um grande decl\u00ednio dos casos do novo coronav\u00edrus durante o ver\u00e3o, h\u00e1 o risco de eles voltarem a aumentar no inverno, quando os hospitais tamb\u00e9m precisar\u00e3o lidar com um fluxo de pacientes gerado por doen\u00e7as comuns do inverno.<\/p>\n
A covid-19 \u00e9 uma infec\u00e7\u00e3o leve para a maioria das pessoas. No entanto, cerca de 20% desenvolvem formas mais graves, mas por qu\u00ea?<\/p>\n
O estado do sistema imunol\u00f3gico de uma pessoa parece ser parte do problema, e tamb\u00e9m pode haver algum fator gen\u00e9tico. Compreender isso pode levar a maneiras de impedir que as pessoas precisem de cuidados intensivos.<\/p>\n
Tem havido muita especula\u00e7\u00e3o, mas poucas evid\u00eancias de qu\u00e3o dur\u00e1vel \u00e9 qualquer imunidade ao v\u00edrus.<\/p>\n
Os pacientes devem construir uma resposta imune, se conseguirem combater o v\u00edrus com sucesso.<\/p>\n
Mas, como a doen\u00e7a existe h\u00e1 apenas alguns meses, faltam dados mais robustos.<\/p>\n
Os pacientes que aparentemente foram infectados duas vezes podem ter sido testados incorretamente, o que apontaria incorretamente que estavam livres do v\u00edrus.<\/p>\n
A quest\u00e3o da imunidade \u00e9 vital para entender o que acontecer\u00e1 a longo prazo.<\/p>\n
V\u00edrus sofrem muta\u00e7\u00e3o o tempo todo, mas a maioria das altera\u00e7\u00f5es em seu c\u00f3digo gen\u00e9tico n\u00e3o faz uma diferen\u00e7a significativa.<\/p>\n
Como regra geral, voc\u00ea espera que os v\u00edrus evoluam para ser menos mortais a longo prazo, mas isso n\u00e3o \u00e9 garantido.<\/p>\n
A preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 que, se o v\u00edrus sofrer muta\u00e7\u00e3o, o sistema imunol\u00f3gico n\u00e3o o reconhecer\u00e1 mais, e uma vacina espec\u00edfica deixar\u00e1 de funcionar (como acontece com a gripe).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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