O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul \u2013 BRDE encerrou o primeiro semestre de 2020 ampliando sua atua\u00e7\u00e3o no Sul do pa\u00eds e refor\u00e7ando o papel de destaque no financiamento do setor produtivo local. Apesar do cen\u00e1rio de incerteza em fun\u00e7\u00e3o da pandemia, as opera\u00e7\u00f5es contratadas totalizaram R$ 1,3 bilh\u00e3o. Quando somados \u00e0s contrapartidas dos pr\u00f3prios empreendedores, os financiamentos viabilizaram R$ 1,6 bilh\u00e3o em investimentos na Regi\u00e3o Sul, crescimento de 12,5% em compara\u00e7\u00e3o com igual per\u00edodo do ano anterior.<\/p>\n

O resultado possibilitou a manuten\u00e7\u00e3o ou gera\u00e7\u00e3o de 29 mil postos de trabalho no per\u00edodo e incremento de R$ 176 milh\u00f5es\/ano em impostos para os Estados da Regi\u00e3o. O desempenho foi impactado positivamente por diversos fatores, como a amplia\u00e7\u00e3o de opera\u00e7\u00f5es com recursos pr\u00f3prios, o aumento do limite de institui\u00e7\u00f5es como o BNDES, e a manuten\u00e7\u00e3o do n\u00edvel de inadimpl\u00eancia em um patamar muito abaixo da m\u00e9dia do Sistema Financeiro Nacional (SFN).<\/p>\n

Os dados cont\u00e1beis mostram que o sistema BNDES segue como a principal fonte de recursos, com 51,9% das opera\u00e7\u00f5es contratadas no per\u00edodo. O percentual representa uma redu\u00e7\u00e3o de quase 11 pontos percentuais em rela\u00e7\u00e3o ao balan\u00e7o de 2019, e consolida a estrat\u00e9gia do BRDE de reduzir a depend\u00eancia desta fonte de financiamento.<\/p>\n

Em contrapartida as opera\u00e7\u00f5es com recursos pr\u00f3prios representam 27,4%, alcan\u00e7ando R$ 357,1 milh\u00f5es, quatro vezes mais que o mesmo per\u00edodo de 2019. CEF\/FGTS \u00e9 a terceira principal fonte de recursos, com 8,9%, seguido pela Ag\u00eancia Francesa de Desenvolvimento (AFD), com 6%. O restante dos recursos disponibilizados pelo BRDE vem do Finep (3,2%), Fungetur (2,1%), Funcaf\u00e9 (0,3%) e FCO (0,2%).<\/p>\n

\u201cA redu\u00e7\u00e3o da participa\u00e7\u00e3o do BNDES e a diversifica\u00e7\u00e3o cada vez maior de fundings, inclusive internacionais, tem a inten\u00e7\u00e3o de aumentar a resili\u00eancia do banco no caso de restri\u00e7\u00e3o de alguma fonte de financiamento\u201d, explica o Diretor-Presidente da institui\u00e7\u00e3o, Luiz Corr\u00eaa Noronha.<\/p>\n

Um dos destaques do semestre foi a implementa\u00e7\u00e3o do Recupera Sul, um programa de cr\u00e9dito emergencial para recupera\u00e7\u00e3o da economia dos estados do Paran\u00e1, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A a\u00e7\u00e3o disponibilizou R$ 300 milh\u00f5es de capital pr\u00f3prio do BRDE para capital de giro de micro, pequenas e m\u00e9dias empresas; al\u00e9m de microempreendedores individuais (MEI) afetados pela pandemia. Em paralelo a institui\u00e7\u00e3o postergou o pagamento de contratos que, juntos, totalizam R$ 3 bilh\u00f5es, permitindo aos empreendedores do Sul, passarem com mais tranquilidade pela crise.<\/p>\n

\u201cNos posicionamos mais uma vez como um ente importante para o setor produtivo, em um momento cr\u00edtico da economia e da nossa hist\u00f3ria recente\u201d, complementa Noronha.<\/p>\n

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Destaques operacionais do BRDE<\/strong><\/h3>\n

At\u00e9 o dia 30 de junho a institui\u00e7\u00e3o realizou 1.286 novas opera\u00e7\u00f5es de cr\u00e9dito, incremento de 19% em compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo de 2019. Os setores de Com\u00e9rcio e Servi\u00e7os, tiveram a maior participa\u00e7\u00e3o com 655 opera\u00e7\u00f5es, seguido pela Ind\u00fastria (245 opera\u00e7\u00f5es); Agropecu\u00e1ria (218 opera\u00e7\u00f5es) e Infraestrutura (168 opera\u00e7\u00f5es).<\/p>\n

A evolu\u00e7\u00e3o dos n\u00fameros, acredita o Diretor de Opera\u00e7\u00f5es Wilson Bley Lipski, se deve \u00e0 moderniza\u00e7\u00e3o de processos. Diversas solu\u00e7\u00f5es do programa BRDE 6.0 que deveriam ser implementadas ao longo do ano, foram antecipadas em fun\u00e7\u00e3o da pandemia e facilitaram o acesso ao cr\u00e9dito durante os meses de mar\u00e7o, abril, maio e junho. \u201cEssa reestrutura\u00e7\u00e3o modernizou o acesso ao BRDE. Isso nos permitiu automatizar muitas etapas, e com isso atender de maneira mais r\u00e1pida e efetiva a crescente demanda por cr\u00e9dito\u201d, assegura.<\/p>\n

Segundo ele, mesmo com atua\u00e7\u00e3o regional o BRDE continua com destacado papel no cen\u00e1rio agr\u00edcola nacional. \u00c9 o principal repassador nacional do Programa Agr\u00edcola Prodecoop (para desenvolvimento de cooperativas), do Pronaf Investimento, e das opera\u00e7\u00f5es via Canais Digitais para o Setor P\u00fablico.<\/p>\n

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Destaques financeiros<\/strong><\/h3>\n

O lucro l\u00edquido do BRDE no per\u00edodo somou R$ 83,1 milh\u00f5es no primeiro semestre, redu\u00e7\u00e3o de 24,2% em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2019. \u201c\u00c9 um desempenho 12% melhor que o projetado, que j\u00e1 considerava os impactos negativos da crise em fun\u00e7\u00e3o da pandemia\u201d, explica o Diretor Financeiro, Marcelo Haendchen Dutra.<\/p>\n

O ativo total chegou a R$ 16,6 bilh\u00f5es. No dia 30 de junho a carteira de cr\u00e9dito somava R$ 13,1 bilh\u00f5es, distribu\u00eddos em 36.319 opera\u00e7\u00f5es ativas de longo prazo, com saldo m\u00e9dio de R$ 359,7 mil. Os mais de 33 mil clientes estavam distribu\u00eddos por 91.3% dos munic\u00edpios da Regi\u00e3o Sul. Entre os setores de atividade com financiamentos no per\u00edodo, a agropecu\u00e1ria respondia por 28,7%; com\u00e9rcio e servi\u00e7os, 25,5%; a ind\u00fastria por 23,0%; enquanto o setor de infraestrutura representava 22,8% do total.<\/p>\n

\u201cH\u00e1 quase uma paridade entre os setores atendidos, o que nos faz crer que estamos ajudando a desenvolver a economia do Sul de maneira sustent\u00e1vel e harm\u00f4nica\u201d, complementa Dutra.<\/p>\n

Outro fator relevante para o excelente resultado semestral foi a redu\u00e7\u00e3o do \u00edndice de inadimpl\u00eancia (a partir de 90 dias), passando de 0,88% em junho de 2019 para 0,51% no mesmo per\u00edodo deste ano. O percentual alcan\u00e7ado pelo BRDE \u00e9 inferior ao apresentado pelo conjunto de bancos p\u00fablicos (2,63%) e inferior ao de todo o Sistema Financeiro Nacional \u2013 SFN (2,88%).<\/p>\n

Nos primeiros seis meses do ano as receitas resultantes de recupera\u00e7\u00e3o de cr\u00e9ditos baixados em preju\u00edzo alcan\u00e7aram R$ 51,5 milh\u00f5es, o que corresponde a um crescimento de 40,8% em compara\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2019.<\/p>\n

\u201cMas a principal not\u00edcia do per\u00edodo foi a possibilidade de postergar contratos e, com isso, garantir mais tranquilidade aos empreendedores durante o per\u00edodo mais cr\u00edtico da pandemia e da crise\u201d, diz o Diretor de Acompanhamento e Recupera\u00e7\u00e3o de Cr\u00e9dito, Vladimir Arthur Fey. Segundo ele, dos contratos aptos 2.443 \u2013 que totalizam R$ 3 bilh\u00f5es \u2013 foram repactuados e tiveram as parcelas suspensas por pelo menos seis meses.<\/p>\n

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Destaques administrativos<\/strong><\/h3>\n

Os desafios apresentados pela pandemia provocaram uma s\u00e9rie de adapta\u00e7\u00f5es na rotina do BRDE. O Banco criou um plano de contingencia e estabeleceu a\u00e7\u00f5es para proteger os colaboradores e manter a continuidade das opera\u00e7\u00f5es, priorizando o trabalho remoto. O plano considera as diretrizes dos Estados controladores e das prefeituras onde o Banco possui unidades.<\/p>\n

Entre as medidas adotadas est\u00e1 a limita\u00e7\u00e3o do acesso \u00e0s ag\u00eancias, refor\u00e7o das medidas de higiene e limpeza, al\u00e9m de um trabalho de orienta\u00e7\u00e3o aos mais de 400 colaboradores e terceirizados. \u201cO esfor\u00e7o \u00e9 para que a opera\u00e7\u00e3o do banco n\u00e3o seja prejudicada, mas que, ao mesmo tempo a sa\u00fade da equipe n\u00e3o seja amea\u00e7ada\u201d, diz o Diretor Administrativo Luiz Carlos Borges da Silveira.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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