O governo quer incentivar a realiza\u00e7\u00e3o de processos seletivos na administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica, sobretudo para os chamados cargos de lideran\u00e7a, postos estrat\u00e9gicos de comando na m\u00e1quina p\u00fablica que t\u00eam como caracter\u00edstica serem de livre nomea\u00e7\u00e3o. O objetivo \u00e9 aproveitar melhor a m\u00e3o de obra dispon\u00edvel entre os servidores e criar um mercado de trabalho dentro do governo, a exemplo do que j\u00e1 existe nos Estados Unidos e em outros pa\u00edses.<\/p>\n

Para isso, a Escola Nacional de Administra\u00e7\u00e3o P\u00fablica (Enap) mapeou compet\u00eancias profissionais almejadas para servidores, em especial para quem ocupar esses cargos de lideran\u00e7a na administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica. Al\u00e9m disso, o \u00f3rg\u00e3o est\u00e1 testando uma plataforma para ajudar nas candidaturas e sele\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

A institui\u00e7\u00e3o analisou a experi\u00eancia de dez pa\u00edses e identificou ao todo 60 compet\u00eancias, que foram adaptadas ao cen\u00e1rio brasileiro. Para os cargos de lideran\u00e7a, nove delas s\u00e3o consideradas essenciais: vis\u00e3o de futuro, inova\u00e7\u00e3o e mudan\u00e7a, comunica\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica, gera\u00e7\u00e3o de valor para o usu\u00e1rio, gest\u00e3o de crises, gest\u00e3o para resultados, coordena\u00e7\u00e3o e colabora\u00e7\u00e3o em rede, engajamento de pessoas e equipes, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.<\/p>\n

A defini\u00e7\u00e3o das compet\u00eancias \u00e9 um primeiro passo para a estrat\u00e9gia de moderniza\u00e7\u00e3o do servi\u00e7o p\u00fablico, afirma o presidente da Enap, Diogo Costa. Antes disso, n\u00e3o havia no setor p\u00fablico brasileiro uma defini\u00e7\u00e3o clara do que se busca no funcion\u00e1rio. Agora, come\u00e7a a segunda etapa do trabalho, que envolver\u00e1 um levantamento amplo das compet\u00eancias que os atuais servidores j\u00e1 possuem (como an\u00e1lise de dados, \u00e1rea tida como cada vez mais necess\u00e1ria) e quais precisar\u00e3o ser aprimoradas ou buscadas fora da administra\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Com isso, segundo Costa, o Executivo conseguir\u00e1 desenhar sua estrat\u00e9gia de forma\u00e7\u00e3o de servidores, com cursos de capacita\u00e7\u00e3o, ou at\u00e9 mesmo abrir processos seletivos para preencher os postos de lideran\u00e7a com pessoas de fora do quadro efetivo do funcionalismo \u2013 algo que j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel, pois os cargos s\u00e3o de livre nomea\u00e7\u00e3o. O governo tem hoje 11.322 cargos de Dire\u00e7\u00e3o e Assessoramento Superior (DAS), sendo que 10,4 mil est\u00e3o ocupados (3,6 mil em n\u00edveis de livre nomea\u00e7\u00e3o).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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