Cinco estados brasileiros tiveram juntos, em 2020, 449 casos de feminic\u00eddio, ou seja, assassinato de mulheres cometidos em fun\u00e7\u00e3o da v\u00edtima ser do g\u00eanero feminino. A constata\u00e7\u00e3o \u00e9 da Rede de Observat\u00f3rios da Seguran\u00e7a, que monitora a viol\u00eancia nos estados de S\u00e3o Paulo, Pernambuco, da Bahia, do Rio de Janeiro e Cear\u00e1.<\/p>\n
O estudo, publicado nesta quinta-feira (4), mostra ainda que foram registrados 1.823 casos de viol\u00eancia contra a mulher (incluindo os feminic\u00eddios) nesses locais, o que d\u00e1 uma m\u00e9dia de cinco casos por dia. Em 58% dos casos de feminic\u00eddio e em 66% dos casos de agress\u00e3o, os respons\u00e1veis eram os companheiros das v\u00edtimas.<\/p>\n
O boletim A Dor e a Luta: N\u00fameros do Feminic\u00eddio foi produzido a partir de not\u00edcias publicadas na imprensa e de postagens em redes sociais. Em pelo menos tr\u00eas estados, S\u00e3o Paulo, Pernambuco e Cear\u00e1, os registros feitos pela Rede de Observat\u00f3rios da Seguran\u00e7a foram maiores do que os n\u00fameros oficiais, divulgados pelas pol\u00edcias.<\/p>\n
No Cear\u00e1, por exemplo, o estudo constatou a exist\u00eancia de 74% mais feminic\u00eddios do que os informados pela pol\u00edcia cearense. Segundo a Rede, uma explica\u00e7\u00e3o poss\u00edvel \u00e9 que os casos est\u00e3o registrados de forma errada: como homic\u00eddios em vez de feminic\u00eddios, por exemplo.<\/p>\n
De acordo com o estudo, o crime com maior n\u00famero de registros foi agress\u00e3o\/tentativa de feminic\u00eddio (753); seguido por feminic\u00eddio; homic\u00eddio, isto \u00e9, o assassinato em que n\u00e3o foi poss\u00edvel constatar que a motiva\u00e7\u00e3o era o g\u00eanero da v\u00edtima (298); viol\u00eancia sexual\/estupro (217); agress\u00e3o verbal\/amea\u00e7a (98); tortura\/sequestro\/c\u00e1rcere privado (81); tentativa de homic\u00eddio (43); outros (37); e balas perdidas (31).<\/p>\n
A pesquisa constatou que houve momentos de pico de viol\u00eancia contra a mulher durante o isolamento social, devido \u00e0 pandemia de covid-19.<\/p>\n
A Rede de Observat\u00f3rios da Seguran\u00e7a, coordenada pelo Cesec (Centro de Estudos de Seguran\u00e7a e Cidadania), tamb\u00e9m monitorou 21 casos de mortes de pessoas trans em 2020, dos quais 13 foram no Cear\u00e1, sete em S\u00e3o Paulo e um em Pernambuco.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Cinco estados brasileiros tiveram juntos, em 2020, 449 casos de feminic\u00eddio, ou seja, assassinato de mulheres cometidos em fun\u00e7\u00e3o da v\u00edtima ser do g\u00eanero feminino. A constata\u00e7\u00e3o \u00e9 da Rede de Observat\u00f3rios da Seguran\u00e7a, que monitora a viol\u00eancia nos estados de S\u00e3o Paulo, Pernambuco, da Bahia, do Rio de Janeiro e Cear\u00e1. O estudo, publicado […]<\/p>\n","protected":false},"author":45,"featured_media":171364,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[360,359,362,361],"tags":[5],"acf":[],"yoast_head":"\n