A diretoria da Aneel (Ag\u00eancia Nacional de Energia El\u00e9trica) decidiu adiar novamente nesta ter\u00e7a-feira (20) decis\u00f5es sobre reajustes tarif\u00e1rios para empresas de distribui\u00e7\u00e3o de energia, enquanto avalia formas de conter uma esperada escalada nas contas de luz em 2021.<\/p>\n
O regulador havia postergado reajustes para duas empresas dos grupos CPFL e Energisa no in\u00edcio de abril. Agora, mais cinco el\u00e9tricas controladas por Neoenergia, Enel e Energisa tiveram processos suspensos.<\/p>\n
O diretor-geral da Aneel, Andr\u00e9 Pepitone, disse que a avalia\u00e7\u00e3o sobre a tarifa dessas distribuidoras deve ser retomada em uma reuni\u00e3o extraordin\u00e1ria agendada para quinta-feira. Pepitone acrescentou que a Aneel tem conduzido reuni\u00f5es junto a empresas dos setores de distribui\u00e7\u00e3o e transmiss\u00e3o para estudar mecanismos que poderiam reduzir os reajustes previstos, mas n\u00e3o entrou em detalhes.<\/p>\n
Al\u00e9m de processos sobre tarifas, a ag\u00eancia retirou de pauta da reuni\u00e3o de diretoria desta ter\u00e7a-feira a an\u00e1lise de tr\u00eas recursos em discuss\u00f5es sobre a revis\u00e3o tarif\u00e1ria de empresas de transmiss\u00e3o de energia. O diretor da Aneel disse, sem detalhar, que h\u00e1 “conex\u00e3o” entre os processos e que os recursos de transmissoras devem tamb\u00e9m ser analisados na quinta-feira.<\/p>\n
No in\u00edcio do m\u00eas, Pepitone havia antecipado que uma das medidas em avalia\u00e7\u00e3o para conter os reajustes envolveria amplia\u00e7\u00e3o do prazo para pagamento de indeniza\u00e7\u00f5es devidas a empresas de transmiss\u00e3o de energia pela renova\u00e7\u00e3o antecipada de seus contratos em 2012.<\/p>\n
Essas indeniza\u00e7\u00f5es, conhecidas pela sigla RBSE, que t\u00eam beneficiado empresas como a estatal Eletrobras e a Isa Cteep, s\u00e3o pagas pelos consumidores, por meio de cobran\u00e7as embutidas nas tarifas de distribui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Analistas do Credit Suisse apontaram em relat\u00f3rio nesta semana que a Aneel j\u00e1 sugeriu aumentar de cinco para oito anos o prazo para pagamento das indeniza\u00e7\u00f5es \u00e0s transmissoras em uma proposta de revis\u00e3o tarif\u00e1ria da Energisa Sul Sudeste, que est\u00e1 em processo de consulta p\u00fablica.<\/p>\n
Consultorias especializadas t\u00eam apontado que as tarifas de energia no Brasil podem ter aumentos na casa dos 10% neste ano sem medidas adicionais do regulador. O tema entrou at\u00e9 no radar do presidente Jair Bolsonaro, que comentou em fevereiro que o governo poderia “meter o dedo” no setor de energia el\u00e9trica, em meio \u00e0 preocupa\u00e7\u00e3o com as tarifas.<\/p>\n
As contas de luz t\u00eam sido pressionadas pela disparada do IGP-M, que corrige alguns contratos no setor, e pela valoriza\u00e7\u00e3o do d\u00f3lar, moeda \u00e0 qual est\u00e1 atrelada a energia da usina binacional de Itaipu, al\u00e9m de um maior acionamento de usinas termel\u00e9tricas, que s\u00e3o mais caras.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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