A chegada do frio do inverno em Santa Catarina preocupa especialistas e o poder p\u00fablico. O cen\u00e1rio prop\u00edcia o aumento de doen\u00e7as respirat\u00f3rias e a dissemina\u00e7\u00e3o da Covid-19, em um momento em que a pandemia lotou hospitais e a infec\u00e7\u00e3o exige mais tempo de interna\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
\u00c9 uma situa\u00e7\u00e3o nova na pandemia. No mesmo per\u00edodo de 2020, ainda iniciava a primeira onda de transmiss\u00e3o. Agora o v\u00edrus est\u00e1 mais letal e o Estado j\u00e1 conta com cerca de 20 mil casos ativos, segundo o boletim epidemiol\u00f3gico desta quarta-feira (21).<\/p>\n
\u201cCom o aumento no inverno, podemos ter a pior onda da Covid-19\u201d, afirmou nesta ter\u00e7a-feira (20) Eduardo Mac\u00e1rio, superintendente de Vigil\u00e2ncia em Sa\u00fade do Estado. Al\u00e9m da queda de casos, \u00e9 necess\u00e1rio diminuir a press\u00e3o nos hospitais.<\/p>\n
H\u00e1 outros aspectos que diferem o cen\u00e1rio deste ano, segundo Fabiana Schuelter Trevisol, professora e epidemiologista da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina). Dentre eles, a maior flexibiliza\u00e7\u00e3o das medidas e o maior descuidado da popula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
H\u00e1 tr\u00eas motivos que explicam aumento de casos: as pessoas ficam mais em ambientes fechados, as c\u00e9lulas de defesa circulam mais lentamente e o v\u00edrus tem mais facilidade em aderir ao corpo. \u201cAs janelas ficam mais fechadas para manter o calor, e o ar n\u00e3o \u00e9 renovado\u201d, alerta Trevisol. \u00c9 necess\u00e1rio ter preocupa\u00e7\u00e3o redobrada com o arejamento dos ambientes.<\/p>\n
As outras duas mudan\u00e7as ocorrem no nosso organismo: no frio, ocorre o fen\u00f4meno da \u201cvasoconstri\u00e7\u00e3o\u201d \u2013 quando os vasos sangu\u00edneos se contraem, para evitar a perda de calor. O sangue desacelera, dificultando que c\u00e9lulas de defesa cheguem rapidamente e combatam os v\u00edrus. Uma das formas de contornar \u00e9 mantendo nosso corpo aquecido.<\/p>\n
Outra consequ\u00eancia do frio \u00e9 a produ\u00e7\u00e3o do muco \u2013 a secre\u00e7\u00e3o que sa\u00ed do nariz. O que ajuda a manter o corpo quente \u00e9 tamb\u00e9m uma porta de entrada para o v\u00edrus, que consegue \u201cgrudar\u201d mais facilmente no nosso corpo.<\/p>\n
O frio tamb\u00e9m aumenta os casos de gripe, que tem sintomas semelhantes que a Covid-19. Apesar de n\u00e3o proteger contra o coronav\u00edrus, a vacina\u00e7\u00e3o contra a influenza \u00e9 recomendada para evitar o adoecimento.\u201dEstas doen\u00e7as tamb\u00e9m requerem interna\u00e7\u00e3o\u201d, ressalta Trevisol.<\/p>\n
Santa Catarina teve uma queda no n\u00famero de casos ativos de Covid-19, que reduziram 26% nas duas \u00faltimas semanas, segundo o \u00faltimo mapa de risco, divulgado no s\u00e1bado (17). Mas os hospitais seguem lotados \u2013 80 pacientes aguardavam leito de UTI nesta quarta-feira (21), n\u00famero que caiu 79% em um m\u00eas.<\/p>\n
\u201cPor mais que os casos e as interna\u00e7\u00f5es caiam, as pessoas est\u00e3o ficando mais tempo em UTI\u201d, segundo Trevisol. Se nos primeiros meses de pandemia os pacientes ficavam, em m\u00e9dia, 21 dias internados, hoje a m\u00e9dia saltou para 30. Dentre os motivos est\u00e1 a maior gravidade das infec\u00e7\u00f5es causadas pela novas cepas.<\/p>\n
O superintendente afirma que Santa Catarina j\u00e1 enfrentou tr\u00eas ondas de Covid-19. A primeira ocorreu entre os meses de maio e julho de 2020, quando come\u00e7ou o inverno, enquanto a segunda ocorreu entre os meses de novembro e dezembro.<\/p>\n
De acordo com Mac\u00e1rio, a atual onda come\u00e7ou em mar\u00e7o, sendo a mais grave. Apesar da tend\u00eancia de queda, ele n\u00e3o descarta um poss\u00edvel prolongamento. \u201cSe tiver aumento brusco na pr\u00f3xima semana, pode ser fatal para o sistema\u201d afirma o superintendente.<\/p>\n
Al\u00e9m dos cuidados j\u00e1 citados, \u00e9 necess\u00e1rio que o Estado avance com mais for\u00e7a na vacina\u00e7\u00e3o. \u201cTer\u00edamos que ter pelo menos 65% da popula\u00e7\u00e3o vacinada para come\u00e7ar a controlar a Covid-19\u201d, conforme Trevisol. At\u00e9 esta quarta-feira (21), 899,5 mil catarinense receberam a primeira dose da vacina. Destes, pouco mais de 377 mil receberam a segunda.<\/p>\n
Fonte: nd+<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
A chegada do frio do inverno em Santa Catarina preocupa especialistas e o poder p\u00fablico. O cen\u00e1rio prop\u00edcia o aumento de doen\u00e7as respirat\u00f3rias e a dissemina\u00e7\u00e3o da Covid-19, em um momento em que a pandemia lotou hospitais e a infec\u00e7\u00e3o exige mais tempo de interna\u00e7\u00e3o. \u00c9 uma situa\u00e7\u00e3o nova na pandemia. No mesmo per\u00edodo de […]<\/p>\n","protected":false},"author":45,"featured_media":172862,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[190,280,306,216],"tags":[5],"acf":[],"yoast_head":"\n