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{"id":173212,"date":"2021-05-05T10:44:47","date_gmt":"2021-05-05T13:44:47","guid":{"rendered":"https:\/\/oatlantico.com.br\/?p=173212"},"modified":"2021-05-05T10:45:39","modified_gmt":"2021-05-05T13:45:39","slug":"covid-19-grave-e-rara-em-criancas-e-adolescentes","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/oatlantico.com.br\/covid-19-grave-e-rara-em-criancas-e-adolescentes\/","title":{"rendered":"Covid-19 grave \u00e9 rara em crian\u00e7as e adolescentes, mas causou mais de mil mortes"},"content":{"rendered":"

Ap\u00f3s mais de um ano do in\u00edcio da pandemia do novo coronav\u00edrus, algumas impress\u00f5es iniciais sobre a Covid-19 se mostraram equivocadas. Entre elas, a de que a doen\u00e7a s\u00f3 atingia pessoas idosas e com doen\u00e7as cr\u00f4nicas, e que as crian\u00e7as e adolescentes estariam imunes.<\/p>\n

Mas, \u00e0 medida que os mais jovens foram expostos ao v\u00edrus, eles tamb\u00e9m come\u00e7aram a se contaminar e desenvolver formas mais graves e fatais da doen\u00e7a. Desde o come\u00e7o da pandemia no Brasil, em mar\u00e7o de 2020, mais de mil crian\u00e7as e adolescentes j\u00e1 morreram de Covid-19, de acordo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade.<\/p>\n

O n\u00famero deve servir como alerta para os pais, mas n\u00e3o \u00e9 motivo para desespero, de acordo com especialistas ouvidos pela CNN<\/a>. A mortalidade por Covid-19 nessa faixa et\u00e1ria \u00e9 considerada baixa quando comparada a outras causas nesse grupo.<\/p>\n

\u201cAntes dos 5 anos, a maior causa disparada s\u00e3o problemas de m\u00e1-forma\u00e7\u00e3o ou relacionados ao parto. Ap\u00f3s essa idade, lideram o ranking o homic\u00eddio, os acidentes, como os de tr\u00e2nsito e dom\u00e9stico, e o c\u00e2ncer\u201d, diz o m\u00e9dico Paulo Telles, pediatra e neonatologista pela SBP.<\/p>\n

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Os dados dispon\u00edveis mais recentes d\u00e3o uma dimens\u00e3o dessa compara\u00e7\u00e3o:<\/h3>\n

Homic\u00eddios:<\/strong> 4.971 mil foram cometidos contra crian\u00e7as e adolescentes at\u00e9 19 anos em 2019, segundo o 14\u00ba Anu\u00e1rio Brasileiro de Seguran\u00e7a P\u00fablica<\/p>\n

Acidentes em geral:<\/strong> 3.300 anualmente, segundo a ONG Crian\u00e7a Segura,<\/p>\n

C\u00e2ncer:<\/strong> 2.565 mortes anuais, segundo o Atlas de Mortalidade por C\u00e2ncer do Instituto Nacional de C\u00e2ncer, de 2020.<\/p>\n

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Al\u00e9m disso, as infec\u00e7\u00f5es graves e fatais nessas faixas et\u00e1rias continuam raras. E as estat\u00edsticas comprovam que as taxas de hospitaliza\u00e7\u00e3o, de mortes e de letalidade da doen\u00e7a no Brasil s\u00e3o muito menores nesse grupo do que em outras faixas et\u00e1rias e est\u00e3o em baixa na compara\u00e7\u00e3o entre 2020 e 2021.<\/p>\n

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\"crian\u00e7as\"<\/p>\n

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A maioria das crian\u00e7as costuma ser assintom\u00e1tica ou apresentar sintomas leves, afirma Werther Brunow de Carvalho, professor titular de Terapia Intensiva e Neonatologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n

\u201cEm beb\u00eas abaixo de um ano, s\u00e3o comuns dificuldades na alimenta\u00e7\u00e3o e febre. Nas crian\u00e7as at\u00e9 nove anos, a tosse seca e a febre s\u00e3o mais recorrentes. J\u00e1 entre 10 e 19 anos, somam-se dores musculares, falta de ar, diarreia, falta de olfato e paladar, al\u00e9m de coriza\u201d, explica.<\/p>\n

O motivo pelo qual a doen\u00e7a se manifesta dessa forma nessas faixas et\u00e1rias continua incerto, segundo o m\u00e9dico infectologista Marco Aur\u00e9lio S\u00e1fadi, do Hospital Infantil Sabar\u00e1 e presidente do Departamento Cient\u00edfico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, que \u00e9 coautor de um recente estudo sobre o tema.<\/p>\n

Ele diz que entre as hip\u00f3teses levantadas est\u00e3o a de que as crian\u00e7as teriam menor quantidade de receptores do v\u00edrus, maior exposi\u00e7\u00e3o recente a outros coronav\u00edrus comuns (como o que causa resfriado), o que propiciaria uma prote\u00e7\u00e3o cruzada, e imunidade inata mais desenvolvida.<\/p>\n

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O perigo da SIM-P<\/h3>\n

Apesar de raros, casos graves e mortes de crian\u00e7as por Covid-19 podem ocorrer, e a maioria est\u00e1 relacionada \u00e0 S\u00edndrome Inflamat\u00f3ria Multissist\u00eamica Pedi\u00e1trica (SIM-P). A SIM-P pode se manifestar em at\u00e9 4 semanas depois da contamina\u00e7\u00e3o inicial pelo SARS-CoV-2 e \u00e9 caracterizada por febre persistente e inflama\u00e7\u00e3o em diversos \u00f3rg\u00e3os, como o cora\u00e7\u00e3o, o intestino e, em menor grau, os pulm\u00f5es. A enfermidade tamb\u00e9m leva a dores abdominais, insufici\u00eancia card\u00edaca e convuls\u00f5es.<\/p>\n

Conforme artigo publicado pelo peri\u00f3dico Nature ap\u00f3s uma abrangente revis\u00e3o de estudos com pacientes que tiveram Covid-19, a S\u00edndrome Inflamat\u00f3ria Multissist\u00eamica tem afetado desproporcionalmente crian\u00e7as e adolescentes de etnia africana, afro-caribenha ou hisp\u00e2nica.<\/p>\n

O filho da terapeuta Mariana Rolim passou sete dias internado, sendo cinco deles na UTI, devido \u00e0 SIM-P. A m\u00e3e conta que Matias, de 8 anos, teve a forma assintom\u00e1tica da Covid-19, provavelmente em junho do ano passado, quando ela e o marido adoeceram. Por\u00e9m, ap\u00f3s algumas semanas, a crian\u00e7a apresentou sintomas que foram considerados pelo m\u00e9dico que o atendeu como os de uma virose comum.<\/p>\n

\u201cNaquela \u00e9poca, quase ningu\u00e9m era testado. Ent\u00e3o, prescreveram apenas um anti-inflamat\u00f3rio\u201d, relembra a m\u00e3e. J\u00e1 em casa, o estado de sa\u00fade da crian\u00e7a piorou. \u201cEle tinha uma febre que n\u00e3o passava, indisposi\u00e7\u00e3o e dores na barriga. Voltei com ele ao hospital e, dessa vez, os exames apontaram uma inflama\u00e7\u00e3o generalizada, que o levou \u00e0 interna\u00e7\u00e3o e \u00e0 UTI.\u201d<\/p>\n

Depois de receber alta, Mariana conta que o filho ainda precisou tomar rem\u00e9dios por dois meses. \u201cO Matias ficou por muito tempo aterrorizado pela quantidade de picadas que precisou tomar no hospital para receber soro, e fazia exames recorrentes. Estive ao lado dele o tempo todo, vi sua press\u00e3o arterial chegar a 4 por 3 [equivale a 40 x 30mmHg]. N\u00e3o desejo isso a m\u00e3e alguma\u201d, diz.<\/p>\n

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Volta \u00e0s aulas x Covid-19<\/h3>\n

Levando-se em conta as evid\u00eancias cient\u00edficas de que a maioria das crian\u00e7as n\u00e3o \u00e9 acometida pela forma grave da Covid-19 e os n\u00fameros baixos de interna\u00e7\u00f5es e mortes nessa faixa et\u00e1ria quando comparados \u00e0 popula\u00e7\u00e3o em geral, alguns especialistas argumentam que os preju\u00edzos causados pela suspens\u00e3o das aulas presenciais n\u00e3o se justificam.<\/p>\n

Mais de 5 milh\u00f5es de crian\u00e7as e adolescentes de 6 a 17 anos ficaram sem acesso \u00e0 educa\u00e7\u00e3o no Brasil em 2020 devido \u00e0 Covid-19 \u2013 no ano anterior, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic\u00edlios (Pnad) apontaram que esse n\u00famero era de 1,1 milh\u00e3o.<\/p>\n

Segundo o estudo Cen\u00e1rio da Exclus\u00e3o Escolar no Brasil – Um Alerta sobre os Impactos da Pandemia da Covid-19 na Educa\u00e7\u00e3o, lan\u00e7ado no \u00faltimo dia 29 pelo Fundo das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Inf\u00e2ncia (Unicef) em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educa\u00e7\u00e3o, Cultura e A\u00e7\u00e3o Comunit\u00e1ria (Cenpec), a parcela da popula\u00e7\u00e3o mais vulner\u00e1vel compreende pobres, pretos, pardos e ind\u00edgenas (seguindo a classifica\u00e7\u00e3o do IBGE). As regi\u00f5es com maiores percentuais de crian\u00e7as e adolescentes fora da escola s\u00e3o Norte e Nordeste, sobretudo nas \u00e1reas rurais.<\/p>\n

Para Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil, o pa\u00eds corre o risco de regredir mais de duas d\u00e9cadas no acesso \u00e0 educa\u00e7\u00e3o de meninas e meninos devido \u00e0 medida.<\/p>\n

O m\u00e9dico infectologista Marco Aur\u00e9lio S\u00e1fadi tem a mesma opini\u00e3o. \u201cO fechamento das escolas causa diversos impactos no desenvolvimento das crian\u00e7as, desde o atraso na aprendizagem, at\u00e9 problemas na nutri\u00e7\u00e3o, na sa\u00fade mental, na socializa\u00e7\u00e3o e na prote\u00e7\u00e3o contra a viol\u00eancia\u201d, afirma.<\/p>\n

Para o profissional, a reabertura deve ser feita o quanto antes \u2013 desde que sejam garantidas as condi\u00e7\u00f5es sanit\u00e1rias para a seguran\u00e7a das crian\u00e7as, dos professores e da comunidade, como indica um estudo realizado nos EUA e publicado na revista cient\u00edfica Science.<\/p>\n

A investiga\u00e7\u00e3o mostra que a transmiss\u00e3o dentro dos centros de ensino tem sido rara quando medidas rigorosas s\u00e3o implementadas para reduzir o risco de propaga\u00e7\u00e3o do coronav\u00edrus.<\/p>\n

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