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{"id":173438,"date":"2021-05-13T10:13:41","date_gmt":"2021-05-13T13:13:41","guid":{"rendered":"https:\/\/oatlantico.com.br\/?p=173438"},"modified":"2021-05-13T10:14:09","modified_gmt":"2021-05-13T13:14:09","slug":"ligacao-entre-assassinatos-de-gays-e-investigada-no-sul-do-brasil","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/oatlantico.com.br\/ligacao-entre-assassinatos-de-gays-e-investigada-no-sul-do-brasil\/","title":{"rendered":"Liga\u00e7\u00e3o entre assassinatos de gays \u00e9 investigada no Sul do Brasil"},"content":{"rendered":"

Dois homens gays foram assassinados de forma parecida, em pouco mais de uma semana, em Curitiba, capital do Paran\u00e1. A pol\u00edcia trabalha com a hip\u00f3tese de crimes de \u00f3dio contra homossexuais, cometidos pela mesma pessoa.<\/p>\n

O estudante de medicina Marcos Vin\u00edcio Bozzana da Fonseca, de 25 anos, foi encontrado morto no dia 5 de maio, e o enfermeiro David Lev\u00edsio, de 30 anos, no dia 30 de abril. Ambos moravam sozinhos e foram achados amarrados, com sinais de tortura e sufocamento em seus apartamentos. Eles n\u00e3o se conheciam.<\/p>\n

Marcos Vin\u00edcio era de Campo Grande (MS) e se mudou para Curitiba em 2017, para cursar medicina. Amigos estranharam a aus\u00eancia e pediram ajuda a um chaveiro para entrar no apartamento, no bairro Port\u00e3o. O corpo estava coberto com uma manta e tinha sinais de tortura e asfixia. O enfermeiro David Levisio foi encontrado com as m\u00e3os amarradas, de bru\u00e7os, com sinais de viol\u00eancia. Ele n\u00e3o dava not\u00edcias havia tr\u00eas dias e amigos decidiram ir ao apartamento, no bairro Lindoia.<\/p>\n

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As v\u00edtimas foram David Lev\u00edsio (\u00e0 esq.) e Marcos Vin\u00edcio Bozzana da Fonseca<\/figcaption><\/figure>\n

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A orienta\u00e7\u00e3o sexual das v\u00edtimas foi confirmada por organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais de direitos humanos. \u201cEstamos acompanhando esses casos e outros que t\u00eam caracter\u00edsticas parecidas. Nossa \u00e1rea jur\u00eddica e de seguran\u00e7a p\u00fablica recebeu informa\u00e7\u00f5es de que a investiga\u00e7\u00e3o est\u00e1 adiantada\u201d, disse Toni Reis, presidente da Alian\u00e7a Nacional LGBTI+.<\/p>\n

\u201cH\u00e1 certa comprova\u00e7\u00e3o de que foi crime de lgbtfobia pelo n\u00edvel de crueldade como as v\u00edtimas foram atacadas e pelas conversas tidas pelos aplicativos \u00e0s quais a pol\u00edcia teve acesso\u201d, disse Toni Reis, presidente da Alian\u00e7a Nacional LGBTI+\u201d, complementou.<\/p>\n

Segundo Reis, a apura\u00e7\u00e3o j\u00e1 indica que o autor ou os autores dos crimes conheceram as v\u00edtimas por meio de aplicativos de relacionamento, com encontros em seus apartamentos.<\/p>\n

Para o procurador jur\u00eddico da Alian\u00e7a, Marcel Jeronymo, a suspeita \u00e9 de que o mesmo homem marcou os encontros e assassinou as duas v\u00edtimas. \u201cS\u00e3o muitos ind\u00edcios que mostram que os casos t\u00eam liga\u00e7\u00e3o. Eram jovens solteiros, de outras cidades, que moravam sozinhos em Curitiba. A forma como foram mortos \u00e9 muito semelhante\u201d, disse.<\/p>\n

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