No coeficiente da mortalidade, no entanto, Santa Catarina n\u00e3o est\u00e1 entre os primeiros. O Estado ocupa o 13\u00ba lugar.<\/p>\n

Mesmo assim, a marca no n\u00famero de casos n\u00e3o representa uma boa not\u00edcia, avalia o coordenador do Necat.<\/p>\n

\u201cA variante P1 impactou muito a dimens\u00e3o da pandemia no Estado. H\u00e1 pouco tempo, Santa Catarina estava entre as cinco Unidades Federativas com os menores \u00edndices de mortalidade. Entre fevereiro e junho esse \u00edndice piorou muito\u201d, analisa Lauro Mattei.<\/p>\n

O Estado era o oitavo colocado do ranking nacional at\u00e9 dezembro de 2020, e passou a figurar entre os primeiros colocados em janeiro, quando terminou o m\u00eas na quarta coloca\u00e7\u00e3o. Desde ent\u00e3o, Santa Catarina j\u00e1 ultrapassou o Amap\u00e1 e o Distrito Federal.<\/p>\n

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Faltou preven\u00e7\u00e3o?<\/strong><\/h2>\n

O disparo catarinense depois da onda de casos no primeiro semestre do ano levanta questionamentos quanto \u00e0 gest\u00e3o do Estado em rela\u00e7\u00e3o ao combate \u00e0 pandemia.<\/p>\n

O professor de medicina da Univali (Universidade do Vale do Itaja\u00ed), especializado em Sa\u00fade P\u00fablica, M\u00e1rcio Accioly Fossari, avalia que Santa Catarina pecou na preven\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\u201cEm pol\u00edtica p\u00fablica poder\u00edamos ter sido melhores na preven\u00e7\u00e3o, sempre nos cuidados e preven\u00e7\u00e3o teremos os melhores resultados. Tivemos muita exposi\u00e7\u00e3o conjunta das pessoas, e isso pode ser determinante na manuten\u00e7\u00e3o dos casos\u201d, afirma.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, as medidas fundamentais para evitar a propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus n\u00e3o foram bem executadas, na opini\u00e3o do professor.<\/p>\n

\u201cCertamente encontramos as maiores dificuldades nas testagens e isolamentos inicialmente. Sempre penso que a Covid-19 \u00e9 uma doen\u00e7a com determinante comportamental, o comportamento de protegermos o pr\u00f3ximo, a pessoa que pode adoecer se n\u00e3o tivermos cuidado e educa\u00e7\u00e3o para sa\u00fade\u201d.<\/p>\n

Fossari v\u00ea com bons olhos os n\u00fameros de redu\u00e7\u00e3o em interna\u00e7\u00f5es na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), e atribui a melhora ao avan\u00e7o na vacina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

A reportagem tentou contato com a SES (Secretaria de Estado da Sa\u00fade), mas n\u00e3o obteve retorno at\u00e9 o fechamento desta mat\u00e9ria.<\/p>\n

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Casos de Covid-19 em SC em compara\u00e7\u00e3o ao Brasil<\/strong><\/h2>\n

O coeficiente estudado na pesquisa do Necat indica o n\u00famero de pessoas doentes para cada 100 mil pessoas em um determinado per\u00edodo. Quanto maior for esse coeficiente, maior \u00e9 o n\u00famero de pessoas contaminadas no local.<\/p>\n

Ao comparar o coeficiente de Santa Catarina, que \u00e9 de 15.525,0 com o do Brasil, que \u00e9 de 9.460,2, o Estado catarinense apresenta uma incid\u00eancia 1,64 vezes maior de incid\u00eancia de casos de Covid-19 no ranking nacional.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, o \u00edndice catarinense \u00e9 3,26 vezes superior ao do Maranh\u00e3o, que tem o menor coeficiente do pa\u00eds.<\/p>\n