\u201cN\u00e3o \u00e9 errado dizer que o tributo estadual \u00e9 um dos principais causadores da alta no pre\u00e7o do combust\u00edvel. Isso porque \u00e9 um imposto que incide sobre ele mesmo, chamado de al\u00edquota. Ou seja, \u00e9 cobrado no valor que est\u00e1 na bomba, sendo que ele j\u00e1 \u00e9 inclu\u00eddo no referencial para este calculo\u201d, explica o professor.<\/p>\n

Dessa forma, se o pre\u00e7o sobe, o valor do imposto estadual tamb\u00e9m aumenta, mesmo sem mudan\u00e7a na cobran\u00e7a ou na al\u00edquota.<\/p>\n

<\/h2>\n

Postos de combust\u00edveis criticam alta<\/strong><\/h2>\n

O vice-presidente do Sind\u00f3polis (Sindicato do Com\u00e9rcio Varejista de Combust\u00edveis Minerais de Florian\u00f3polis), Joel Fernandes, critica a alta da taxa cobrada pelo governo estadual. Al\u00e9m disso, se mostrou desacreditado em uma mudan\u00e7a de cen\u00e1rio.<\/p>\n

\u201cO ICMS \u00e9 o imposto n\u00famero um de arrecada\u00e7\u00e3o. Ent\u00e3o, n\u00e3o devemos esperar que o governo estadual mexa na regra do seu maior meio de conseguir fundos\u201d, complementa o vice-presidente do sindicato.<\/p>\n

Levando-se em considera\u00e7\u00e3o a arrecada\u00e7\u00e3o total bruta de abril de 2021, Santa Catarina abocanhou R$ 2,99 bilh\u00f5es, gerando aumento de 5,2% em compara\u00e7\u00e3o ao m\u00eas de mar\u00e7o. Deste total, R$ 2,37 bilh\u00f5es (79,26%) correspondem ao ICMS.<\/p>\n

 <\/p>\n

Gasolina subiu nove vezes, justifica Estado<\/strong><\/h2>\n

Em nota, a Secom (Secretaria Executiva de Comunica\u00e7\u00e3o) do governo do Estado ressalta que este \u00e9 o menor percentual do pa\u00eds e que \u201csomente em 2021, a Petrobras j\u00e1 subiu o pre\u00e7o da gasolina nove vezes, acumulando 51% de aumento\u201d, conclui.<\/p>\n

Para o professor Jos\u00e9 Luiz da Silva, a redu\u00e7\u00e3o desta taxa praticada n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil de ser resolvida, mas aponta uma poss\u00edvel solu\u00e7\u00e3o. \u201c\u00c9 necess\u00e1rio estudar o impacto na arrecada\u00e7\u00e3o do Estado. No entanto, fica pesado para a economia se manter baixa com a carga tribut\u00e1ria de 25%. Mesmo com o impacto nos cofres, uma sa\u00edda \u00e9 baixar de forma gradual chegando aos 17%, por exemplo\u201d, sugere o professor.<\/p>\n

 <\/p>\n

Principal causador dos aumentos<\/strong><\/h2>\n

Em entrevista ao portal UOL, a pesquisadora do Ineep (Instituto de Estudos Estrat\u00e9gicos de Petr\u00f3leo, G\u00e1s Natural e Biocombust\u00edveis) Carla Ferreira aponta que as altas promovidas pela Petrobras s\u00e3o um efeito da pol\u00edtica de pre\u00e7os da empresa \u2013 atrelada \u00e0 cota\u00e7\u00e3o do d\u00f3lar -, adotada em 2016.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, os pre\u00e7os tamb\u00e9m est\u00e3o agregados ao valor do barril do petr\u00f3leo no mercado internacional, que tamb\u00e9m \u00e9 praticado em d\u00f3lares. Dessa forma, se a moeda americana aumenta, os pre\u00e7os cobrados no Brasil subir\u00e3o.<\/p>\n

\u201cO pre\u00e7o do barril de petr\u00f3leo tamb\u00e9m aumentou por for\u00e7a da pandemia, j\u00e1 que houve dificuldade no transporte mar\u00edtimo, resultando no aumento do frete internacional, assim como a instabilidade pol\u00edtica causada no Oriente M\u00e9dio\u201d, exemplifica o professor Jos\u00e9 Luiz da Silva.<\/p>\n

Ele completa, lembrando que \u201cal\u00e9m desses fatores, a Petrobr\u00e1s vai equiparando esses valores porque n\u00e3o pode ficar deficit\u00e1ria, necessitando se moldar ao pre\u00e7o internacional\u201d.<\/p>\n

Como j\u00e1 mostrou a reportagem do ND+, o pre\u00e7o do petr\u00f3leo \u00e9 comandado pela Opep (Organiza\u00e7\u00e3o dos Pa\u00edses Exportadores de Petr\u00f3leo), respons\u00e1vel por ditar as regras dos pre\u00e7os.<\/p>\n

Com a pandemia, a Opep diminuiu, em 2020, a produ\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo, pois a demanda estava baixa. Com a vacina\u00e7\u00e3o neste ano, principalmente na Am\u00e9rica do Norte, a demanda subiu.<\/p>\n

Informa\u00e7\u00f5es ND+<\/em><\/h6>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A declara\u00e7\u00e3o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuindo a alta no pre\u00e7o dos combust\u00edveis, sobretudo a gasolina, ao imposto cobrado pelo governo estadual, o ICMS (Imposto sobre Circula\u00e7\u00e3o de Mercadorias e Servi\u00e7os), gerou grande debate. Por conta disso, a reportagem explica os tributos cobrados no litro da gasolina e se a taxa realmente \u00e9 […]<\/p>\n","protected":false},"author":45,"featured_media":176710,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[292],"tags":[5],"acf":[],"yoast_head":"\n