Ainda de acordo com a estatal, nos \u00faltimos anos, o mercado brasileiro de diesel foi abastecido por sua produ\u00e7\u00e3o, importa\u00e7\u00f5es, por terceiros e pela companhia que \u201cgarantiram o atendimento integral da demanda dom\u00e9stica\u201d. Por\u00e9m, para o m\u00eas de novembro est\u00e1 acima da capacidade da estatal.<\/p>\n

O comunicado destaca que, na compara\u00e7\u00e3o com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina, 10%, representando mais de 100% do mercado brasileiro.<\/p>\n

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Risco de desabastecimento<\/strong><\/h2>\n

Entre os grupos que alertam para o risco de desabastecimento, a FUP (Federa\u00e7\u00e3o \u00danica dos Petroleiros) destaca a possibilidade por conta da fun\u00e7\u00e3o pol\u00edtica de PPI (Pre\u00e7o de Paridade de Importa\u00e7\u00e3o) adotada pela Petrobras, em 2016, que \u201creduziu a capacidade de produ\u00e7\u00e3o interna de combust\u00edveis e ampliou a depend\u00eancia de importa\u00e7\u00f5es\u201d.<\/p>\n

A fun\u00e7\u00e3o inclui no c\u00e1lculo custos de frete de navios, custos internos de transporte e taxas portu\u00e1rias e uma margem para riscos \u00e0 opera\u00e7\u00e3o. Dessa forma, a soma inclui custos de importa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, o presidente da Fiesc (Federa\u00e7\u00e3o das Ind\u00fastrias do Estado de Santa Catarina), Mario Cezar de Aguiar, afirma que o risco de desabastecimento deve ser avaliado com aten\u00e7\u00e3o, principalmente por conta dos efeitos.<\/p>\n

\u201cUma sinaliza\u00e7\u00e3o de falta de combust\u00edveis pode ajudar a realimentar esse processo inflacion\u00e1rio. Outro motivo de preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 a possibilidade, apontada por analistas, de que o potencial desabastecimento indicaria que as eleva\u00e7\u00f5es de pre\u00e7os praticadas pela Petrobras, embora frequentes e relevantes, ainda sejam insuficientes para acompanhar as cota\u00e7\u00f5es do mercado internacional\u201d, complementa o presidente da Fiesc.<\/p>\n

Apesar disso, o vice-presidente do Sind\u00f3polis (Sindicato do Com\u00e9rcio Varejista de Combust\u00edveis Minerais de Florian\u00f3polis), Joel Fernandes, destaca que a alta demanda em rela\u00e7\u00e3o ao potencial de produ\u00e7\u00e3o da Petrobras n\u00e3o \u00e9 o principal respons\u00e1vel por poss\u00edvel aumento no combust\u00edvel.<\/p>\n

\u201cPrimeiro, \u00e9 importante destacar que houve esse crescimento na demanda porque est\u00e1 muito caro para importar devido ao pre\u00e7o praticado no exterior. Ent\u00e3o, quem comprava, por exemplo, 5 mil litros, agora quer 50 mil litros de combust\u00edvel. Apesar disso, eu n\u00e3o acredito no desabastecimento porque a Petrobras atende as demandas dos postos, mas pode ocorrer falta espor\u00e1dica em algumas unidades\u201d, explica o vice-presidente do sindicato.<\/p>\n

Por meio de nota, a Brasilcom (Associa\u00e7\u00e3o das Distribuidoras de combust\u00edveis) confirma que o pre\u00e7o do mercado externo \u00e9 o principal fator para o aumento da demanda.<\/p>\n

\u201cAs redu\u00e7\u00f5es promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o pa\u00eds em situa\u00e7\u00e3o de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas redu\u00e7\u00f5es de fornecimento por meio de contratos de importa\u00e7\u00e3o, considerando a diferen\u00e7a atual entre os pre\u00e7os do mercado internacional, que est\u00e3o em patamares bem superiores aos praticados no Brasil\u201d, alega a associa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Apesar disso, Joel Fernandes descarta a possibilidade do aumento no litro do combust\u00edvel por conta da falta em alguns postos de combust\u00edveis.<\/p>\n

\u201cS\u00e3o menos de 20% do mercado que n\u00e3o poder\u00e1 comprar a demanda e deve aguardar o pre\u00e7o do mercado exterior baixar, mas n\u00e3o \u00e9 esse o fator que regular o aumento do litro\u201d, complementa.<\/p>\n

Apesar do cen\u00e1rio escancarado por federa\u00e7\u00f5es e Petrobras, a ANP (Ag\u00eancia Nacional do Petr\u00f3leo, G\u00e1s Natural e Biocombust\u00edveis) emitiu uma nota descartando, no momento, qualquer possibilidade de desabastecimento de combust\u00edveis no mercado nacional.<\/p>\n

\u201cN\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de desabastecimento no mercado nacional de combust\u00edveis, nesse momento. A ANP segue realizando o monitoramento da cadeia de abastecimento e adotar\u00e1, caso necess\u00e1rio, as provid\u00eancias cab\u00edveis para mitigar desvios e reduzir riscos\u201d, afirma em nota.<\/p>\n

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Aumento no litro do combust\u00edvel em SC<\/strong><\/h2>\n

Por outro lado, o vice-presidente do sindicato afirma que um novo aumento pode ser anunciado por conta do pre\u00e7o do barril de petr\u00f3leo, batendo US$ 85 (R$ 471) na \u00faltima sexta-feira, e do pre\u00e7o do d\u00f3lar comercial que est\u00e1 valendo R$ 5,55.<\/p>\n

\u201cQuando houve a alta de R$ 0,20, a Petrobras j\u00e1 estava com preju\u00edzo do dobro desse valor. Agora, a diferen\u00e7a \u00e9 de quase R$ 0,50. Para evitar um novo aumento, seria necess\u00e1rio que o barril voltasse ao pre\u00e7o de, no m\u00e1ximo, US$ 60 e o d\u00f3lar pr\u00f3ximo de R$ 5,20, mesmo patamar de quatro meses atr\u00e1s\u201d, avalia Joel Fernandes.<\/p>\n

A SEF (Secretaria de Estado da Fazenda) afirmou que, em primeiro momento, avaliar\u00e1 a publica\u00e7\u00e3o do novo PMPF (Pre\u00e7o M\u00e9dio Ponderado ao Consumidor Final) para novembro para emitir um posicionamento sobre a possibilidade de desabastecimento em Santa Catarina.<\/p>\n

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Estudo para conter alta em SC<\/strong><\/h2>\n

Enquanto o aumento segue assustando o catarinense, o governador Carlos Mois\u00e9s (sem partido) pediu a SEF para produzir um estudo sobre a possibilidade de retirar os combust\u00edveis do sistema de ST (Substitui\u00e7\u00e3o Tribut\u00e1ria).<\/p>\n

Atualmente, Santa Catarina tem uma das menores al\u00edquotas do pa\u00eds na gasolina, de 25%. Para o diesel, a al\u00edquota \u00e9 de 12%.<\/p>\n

Em contato com a reportagem, a SEF afirma que o estudo iniciou na \u00faltima segunda-feira (18) e ainda deve levar algumas semanas para apresentar os primeiros resultados.<\/p>\n

Por nd+<\/em><\/h6>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A Petrobras informou, na \u00faltima ter\u00e7a-feira (19), que recebeu pedidos de fornecimento de combust\u00edvel acima da demanda dos \u00faltimos meses e da sua capacidade de produ\u00e7\u00e3o. Por conta disso, entidades mostraram preocupa\u00e7\u00e3o com o risco de um novo aumento ou falta de distribui\u00e7\u00e3o de combust\u00edveis em Santa Catarina. Conforme o comunicado da empresa, uma \u201cs\u00e9rie […]<\/p>\n","protected":false},"author":45,"featured_media":177965,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[292],"tags":[5],"acf":[],"yoast_head":"\n