Um estudo que pode viabilizar a desobrigatoriedade do uso de m\u00e1scara no Brasil deve ser finalizado at\u00e9 esta sexta-feira (12). Embora Rio de Janeiro e o Distrito Federal j\u00e1 tenham liberado em ambiente aberto, a maioria dos estados e munic\u00edpios mant\u00eam a recomenda\u00e7\u00e3o do equipamento de prote\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
A an\u00e1lise foi encomendada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Minist\u00e9rio da Sa\u00fade em junho. O documento deve trazer diretrizes baseadas na cobertura vacinal, transmissibilidade da doen\u00e7a e ocupa\u00e7\u00e3o de leitos no pa\u00eds.<\/p>\n
Para o infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka, \u00e9 necess\u00e1rio um diagn\u00f3stico mais acurado e melhores crit\u00e9rios antes de tirarmos as m\u00e1scaras. Ele ressalta, por exemplo, que observar taxa de ocupa\u00e7\u00e3o de leitos e de \u00f3bitos \u00e9 o fim do processo e seria ideal uma medi\u00e7\u00e3o anterior, que partisse de ampla testagem e do rastreamento de contactantes.<\/p>\n
\u201cQuando a gente fala em \u00f3bito e interna\u00e7\u00e3o, a gente est\u00e1 falando do final, mas eu preciso acompanhar isso antes que estas coisas aconte\u00e7am. E como eu consigo? \u00c9 vendo taxa de transmiss\u00e3o. E para ver a taxa, eu tenho que testar. N\u00f3s testamos ainda muito pouco.\u201d<\/p>\n
Otsuka explica que embora a cobertura vacinal esteja alta e resulte numa melhora da pandemia, o percentual de testes positivos no Brasil \u00e9 alto comparado com outros locais do mundo.<\/p>\n
\u201cO Brasil tem uma taxa de positividade nos exames que gira em torno de 35 a 40 para cada 100 exames realizados. Pa\u00edses como a \u00cdndia, s\u00e3o sete positivos para cada 100 realizados. Estados Unidos ainda menos. Alguns pa\u00edses da Europa chegam a um ou dois positivos a cada 100. O que significa isso? Significa que quando voc\u00ea identifica um doente, voc\u00ea vai atr\u00e1s dos contactantes, voc\u00ea investiga os contactantes para ver se tem algu\u00e9m infectado que pode transmitir a doen\u00e7a.\u201d<\/p>\n
O infectologista disse, ainda, a respeito das crian\u00e7as abaixo de 12 anos que at\u00e9 o momento n\u00e3o foram inclu\u00eddas na campanha contra Covid-19 do Programa Nacional de Imuniza\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
\u201cN\u00f3s tamb\u00e9m vemos crian\u00e7as morrendo, crian\u00e7as em UTI e com quadros graves e eles n\u00e3o foram vacinados ainda. N\u00f3s n\u00e3o temos sequer estudos autorizados no Brasil que permitam a vacina\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as.\u201d<\/p>\n
Para ilustrar a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o do equipamento de barreira, ele comentou a respeito de um estudo realizado em Ohio, nos Estados Unidos, em que crian\u00e7as e adolescentes de distritos onde n\u00e3o havia obrigatoriedade foram duas vezes mais infectadas quando comparado aos locais em que todos deviam ir para as escolas usando as m\u00e1scaras.<\/p>\n
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Um estudo que pode viabilizar a desobrigatoriedade do uso de m\u00e1scara no Brasil deve ser finalizado at\u00e9 esta sexta-feira (12). Embora Rio de Janeiro e o Distrito Federal j\u00e1 tenham liberado em ambiente aberto, a maioria dos estados e munic\u00edpios mant\u00eam a recomenda\u00e7\u00e3o do equipamento de prote\u00e7\u00e3o. A an\u00e1lise foi encomendada pelo presidente Jair Bolsonaro […]<\/p>\n","protected":false},"author":45,"featured_media":178441,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[190],"tags":[5],"acf":[],"yoast_head":"\n