O aumento nas interna\u00e7\u00f5es de crian\u00e7as para tratamento de Covid-19 refor\u00e7a a necessidade de ampliar a vacina\u00e7\u00e3o na faixa et\u00e1ria de 5 a 11 anos, segundo o secret\u00e1rio da Sa\u00fade Andr\u00e9 Motta Ribeiro. \u201cProteger as crian\u00e7as \u00e9 uma das nossas prioridades nesse momento. Por isso estamos trabalhando para incentivar pais e respons\u00e1veis a levarem seus filhos para os postos de vacina\u00e7\u00e3o para receberem a primeira dose da vacina contra Covid-19. Essa a\u00e7\u00e3o \u00e9 fundamental para que o maior n\u00famero poss\u00edvel de crian\u00e7as seja protegida, garantindo, assim, que n\u00e3o tenhamos mais esse aumento na ocupa\u00e7\u00e3o de leitos pedi\u00e1tricos e nossas crian\u00e7as possam frequentar as escolas com seguran\u00e7a\u201d, destacou.<\/p>\n

Atualmente, em Santa Catarina, 129.005 crian\u00e7as de 5 a 11 anos j\u00e1 receberam a primeira dose da vacina, o que equivale a 20% da cobertura vacinal para essa faixa et\u00e1ria. Para o Superintendente de Vigil\u00e2ncia em Sa\u00fade, Eduardo Mac\u00e1rio, esse aumento na taxa de interna\u00e7\u00f5es pedi\u00e1tricas ficou mais evidente nos \u00faltimos meses, considerando que o momento \u00e9 de intensa transmiss\u00e3o comunit\u00e1ria da variante \u00d4micron, que alcan\u00e7a \u00edndices alarmantes em todas as regi\u00f5es do estado. E as crian\u00e7as acabam sendo mais afetadas por terem sido o \u00faltimo grupo contemplado com a vacina\u00e7\u00e3o, estando mais exposto por ainda apresentarem baixa cobertura vacinal.<\/p>\n

Infectologista pedi\u00e1trico do Hospital Infantil Joana de Gusm\u00e3o, Rodrigo Marzola, tamb\u00e9m observa um aumento exponencial no n\u00famero de crian\u00e7as nas UTIs pedi\u00e1tricas. \u201cNo in\u00edcio de fevereiro, havia tr\u00eas crian\u00e7as internadas em leitos de UTI Covid. Hoje, j\u00e1 s\u00e3o 15 pacientes\u201d, apontou. O dado corrobora com os relatos de casos de complica\u00e7\u00f5es da doen\u00e7a em crian\u00e7as, especialmente a SIM-P (s\u00edndrome inflamat\u00f3ria multissist\u00eamica em pediatria) ap\u00f3s 2 a 6 semanas do pico da doen\u00e7a. Isto seria evitado com a vacina\u00e7\u00e3o maci\u00e7a da popula\u00e7\u00e3o pedi\u00e1trica contra o SARSCov2.<\/p>\n