A filha de um casal refugiado da guerra na Ucr\u00e2nia nasceu em Florian\u00f3polis na madrugada desta quinta-feira (23). De Kiev, Alina e Oleg Mihalevich chegaram ao Brasil no in\u00edcio de maio, quando a mulher estava com 32 semanas de gesta\u00e7\u00e3o. O conflito completa quatro meses nesta sexta-feira (24), e a R\u00fassia tenta ‘poss\u00edvel vit\u00f3ria’.<\/p>\n
Sem familiares ou amigos por perto, procuraram por um m\u00e9dico que conclu\u00edsse o pr\u00e9-natal da beb\u00ea em seguran\u00e7a. O obstetra Diego Di Marco foi quem os acompanhou at\u00e9 o nascimento da pequena Ol\u00edvia.<\/p>\n
“Quando que eu poderia imaginar que uma guerra ocorrendo a milhares de quil\u00f4metros iria impactar diretamente na minha vida profissional?”, escreveu o m\u00e9dico.<\/p>\n
Desde as consultas at\u00e9 o momento do parto, o casal foi acompanhado por uma tradutora de russo, l\u00edngua que os dois falam fluentemente. Segundo o m\u00e9dico, o casal tamb\u00e9m domina ucraniano e consegue se comunicar em ingl\u00eas.<\/p>\n
Ao chegar no Brasil, Alina elogiou Florian\u00f3polis, mas falou da saudade da Ucr\u00e2nia e da vontade de voltar “a qualquer momento quando essa guerra horr\u00edvel acabar”.<\/p>\n
Diego contou que o parto normal era um desejo da fam\u00edlia, mas que, por causa da falta de dilata\u00e7\u00e3o da gestante, isso quase n\u00e3o foi poss\u00edvel. “At\u00e9 que, ap\u00f3s um passeio no shopping, o colo abriu, e viemos internar. Dali pra frente, tudo foi muito r\u00e1pido e, em pouco mais de 3 horas, a Ol\u00edvia chegou ao mundo com sa\u00fade, para a felicidade de todos!” – escreveu em uma rede social.<\/p>\n
O pai tamb\u00e9m se manifestou na internet. Ele divulgou a novidade aos seguidores e contou que a filha nasceu com 3,462 kg e 48 cm. “J\u00e1 te adoramos, nosso universo”, complementou Oleg.<\/p>\n
O parto aconteceu em uma maternidade na regi\u00e3o continental de Florian\u00f3polis. Isso porque, segundo o m\u00e9dico, o \u00fanico cart\u00f3rio da regi\u00e3o que aceita fazer o registro de refugiados que n\u00e3o t\u00eam documentos traduzidos e juramentados fica no Estreito. Os pais de primeira viagem moram no bairro Ingleses, no Norte da Ilha.<\/p>\n