No primeiro dia de campanha \u00e0s elei\u00e7\u00f5es 2022, o debate da CBN Di\u00e1rio NSC, na Capital, voltou a revelar a l\u00f3gica perpendicular da escolha colocada ao eleitor catarinense. H\u00e1 dois eixos de narrativas entre os candidatos. Horizontal, que isola o candidato \u00e0 reelei\u00e7\u00e3o Carlos Mois\u00e9s (Republicanos) em rela\u00e7\u00e3o a todos os demais concorrentes. Vertical, estabelecido pelas elei\u00e7\u00f5es presidenciais. Aqui, \u00e9 D\u00e9cio Lima (PT) quem fica sozinho ao lado do ex-presidente Luiz In\u00e1cio Lula da Silva, contra os demais concorrentes que apoiam a reelei\u00e7\u00e3o do presidente Jair Bolsonaro.<\/p>\n
O petista faz quest\u00e3o de pontuar que ao lado de Lula s\u00f3 ele. Torce pela verticaliza\u00e7\u00e3o das elei\u00e7\u00f5es, de modo que o eleitor lulista ou, pelo menos, antibolsonarista alinhe sua escolha para governador. \u201cDizem que alguns catarinenses gostam de Bolsonaro, mas Bolsonaro n\u00e3o gosta dos catarinenses\u201d, provocou D\u00e9cio. Ele j\u00e1 se coloca como o advers\u00e1rio favorito dos demais no segundo turno.<\/p>\n
Por l\u00f3gica eleitoral, tamb\u00e9m seria o preferido de Mois\u00e9s. O atual governador conseguiu a maior alian\u00e7a, a coliga\u00e7\u00e3o Santa Catarina em primeiro lugar, com sete siglas que incluem MDB, e teria apoio informal de at\u00e9 dois ter\u00e7os dos prefeitos e boa parte das bancadas estaduais. Mas quando se trata da escolha para presidente, \u00e9 acusado de trai\u00e7\u00e3o \u201c\u00e0 fam\u00edlia bolsonarista catarinense\u201d pelo senador Jorginho Mello, candidato a governador pelo PL. Com seus \u201colhos azuis\u201d e jaqueta verde oliva tipo Che Guevara, Mois\u00e9s parece n\u00e3o se afetar com esse tipo de ataque. Costuma atribu\u00ed-los \u00e0 ultradireita bolsonarista. Insiste que o governo estadual \u00e9 colaborativo com a Uni\u00e3o, tanto que investiu R$ 465 milh\u00f5es dos catarinenses em rodovias federais.<\/p>\n