Os moradores da zona rural de Itajaí têm mais uma chance para concluir os estudos. Pela primeira vez na história, foi iniciado na localidade da Paciência o trabalho da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A reivindicação foi feita pelos moradores durante o programa Prefeitura nos Bairros e atendida pela Secretaria Municipal de Itajaí.
As aulas da EJA são realizadas na Escola Isolada Maria Perpétua Pereira, localizada na rua Benta Custódio Vieira. As aulas começaram em fevereiro com 12 alunos e a procura tem aumentado. “Hoje estamos com 20 estudantes cursando o 3º e 4º ciclo”, comenta Fabiane de Souza Pereira, Supervisora da EJA.
A EJA é uma modalidade de ensino destinado para jovens e adultos que não tiveram acesso ou, por qualquer motivo, não puderam concluir os estudos na idade apropriada. O curso é ofertado gratuitamente, à noite, para pessoas a partir dos 15 anos de idade.
A Educação de Jovens e Adultos também é uma oportunidade de preparar as pessoas para enfrentar a competitividade no mercado de trabalho, além de contribuir com a construção da cidadania.
Atualmente, 892 alunos estudam na modalidade EJA em Itajaí. Além da primeira unidade na zona rural, a EJA é oferecida também nas seguintes unidades de ensino: Centro Educacional de Cordeiros; E.B. Gaspar da Costa Morais; E.B. Profª. Thereza Bezerra de Athayde; E.B. Aníbal Cesar; Centro Educacional Pedro Rizzi; E.B. João Duarte; E.B. Judith Duarte de Oliveira.
A educação transforma vidas, não importa a idade
Marli Bento (57 anos): “Eu espero aprender o que não tive chance de estudar. Meus pais eram muito pobres, nós trabalhávamos na roça. Hoje estou me sentindo muito feliz, pois já sonho com faculdade”.
Andréia de Moraes (30 anos): “Por morarmos na zona rural, as coisas são mais difíceis. Tudo é muito longe. Agora temos como estudar perto de casa”.
Rosimar Quadra Cagneth (41 anos): “É muito importante a implantação da EJA aqui na zona rural. Espero realizar meu desejo de fazer uma faculdade”.
Rosimeri Belina (36 anos): “Quero continuar meus estudos. Quem sabe fazer um curso de enfermagem depois que concluir a EJA”.
Sandra Germano (46 anos): “Eu queria muito estudar para incentivar meu filho a continuar os estudos. Ele parou no quarto ano”.