Nos seis primeiros meses de 2018, ao menos 26.126 pessoas foram assassinadas no Brasil. Este índice, contabilizado pelo G1, pode ser ainda maior, uma vez que os estados do Paraná, Maranhão e Tocantins não divulgaram todos os números. Em todo o ano de 2017, foram contabilizados 59.103 homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
O ‘Monitor da Violência’, criado pelo site G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, contabiliza homicídios dolosos, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte, chamados de crimes violentos letais e intencionais. A média foi de 4.350 casos por mês, sendo a taxa de mortes violentas de 12,5 por cada 100 mil habitantes.
O estado que apresentou o pior índice foi Roraima, com a média de 27,7 mortes por cada 100 mil habitantes, seguido por Rio Grande do Norte (27,1) e Ceará e Acre, ambos com 26. Já o estado que apresentou a menor taxa foi São Paulo, com índice de 3,8 mortes por cada 100 mil habitantes. Maranhão, Paraná e Tocantins são os únicos estados que não informam os dados completos dos seis meses.
“Nesses cenários, se multiplica a oportunidade de ação para indivíduos e grupos que tentam se impor pela violência. O crescimento das taxas de homicídio é o principal sintoma da fragilização da legitimidade das instituições democráticas na região (falando especificamente de Roraima)”, diz Bruno Paes Manso, do NEV-USP, em entrevista ao site.