Casos ativos de Covid-19 sobem 154% em SC em um mês e 37 municípios estão em alerta alto

Casos ativos de Covid sobem em sc

Os casos ativos de Covid-19 subiram 154% em Santa Catarina em um período de 30 dias e há 37 municípios em alerta máximo, segundo a matriz de alerta epidemiológico do Estado atualizada no dia 16 de maio.

No dia 18 de abril, o Estado contabilizava 3.131 casos ativos da Covid-19, ou seja, ou seja, pessoas que ainda não se recuperaram e podem transmitir a doença.

Agora, já são 7.970, conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19). A região da Grande Florianópolis lidera o número de casos ativos.

No total, o Estado já registrou mais de 1,7 milhão de casos da doença confirmados, sendo que 1,6 milhão de pessoas já se recuperaram.

Além disso, 21.812 catarinenses morreram em decorrência da Covid-19 desde março de 2020. Do dia 18 de abril até esta quinta, foram registradas 87 mortes em SC. A taxa de letalidade permanece em 1,27%.

Mapa de alerta

O mapa de alerta epidemiológico municipal também sofreu alterações ao longo do mês. A classificação mostra a situação da pandemia em cada uma das 295 cidades do Estado.

A matriz de risco é classificada por meio da observação das taxas de incidência de Covid-19 e de casos hospitalizados de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na semana epidemiológica anterior.

Assim como da cobertura vacinal do esquema primário (duas doses ou dose única) da população vacinável e também da dose de reforço contra a Covid-19.

O primeiro mapa de risco municipalizado apontou cinco municípios classificados em nível alto (vermelho) para o novo coronavírus. A última atualização mostra 37 cidades em risco alto.

São elas: Água Doce, Anchieta, Apiúna, Arroio Trinta, Balneário Arroio do Silva, Botuverá, Calmon, Chapadão do Lageado, Cocal do Sul, Coronel Martins, Governador Celso Ramos, Ipuaçu, Jaraguá do Sul, Jardinópolis, Laguna, Lebon Régis, Major Gercino, Massaranduba, Meleiro, Morro Grande, Nova Itaberaba, Orleans, Passo de Torres, Paulo Lopes, Planalto Alegre, Presidente Nereu, Salto Veloso, Santo Amaro da Imperatriz, São João Batista, São Joaquim, São Pedro de Alcântara, Schroeder, Siderópolis, Treze de Maio, Trombudo Central, Vidal Ramos e Videira.

Estagnação no aumento de cobertura vacinal

Divulgada nesta quinta, a nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz reforça a preocupação com a estagnação do crescimento da cobertura vacinal na população adulta no país, além da desaceleração da curva de cobertura de terceira dose.

O boletim é referente às Semanas Epidemiológicas (SE) 18 e 19, no período de 24 de abril a 14 de maio. A análise aponta que, na população acima de 25 anos, a cobertura no território nacional para o esquema vacinal completo é de 80%.

No entanto, em relação às faixas etárias, os dados mostram que a terceira dose – ou primeira dose de reforço – nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória.

Santa Catarina acompanha o cenário da vacinação em território nacional. O Vacinômetro da SES (Secretaria de Estado da Saúde) aponta cobertura de 87% na faixa etária de 70 a 79 anos, 72% na de 60 a 69 anos e 53% na de 50 a 59 anos.

O percentual diminui gradualmente: a partir de 40 a 49 anos é de 47%, de 30 a 39 anos é de 35%, de 20 a 29 anos é de 27% e de 18 a 19 anos é de 21%.

Nas crianças entre 5 e 11 anos, 45% tomaram a primeira dose e 22% estão com esquema vacinal completo.

“O cenário atual ainda é motivo de preocupação. A ocorrência de internações tem sido consistentemente maior entre idosos, quando comparados aos adultos. Além disso, o surgimento de novas variantes, que podem escapar da imunidade produzida pelas vacinas existentes, constitui uma preocupação permanente”, explicam os pesquisadores da Fiocruz.

O boletim alerta que, diante da falta de incentivo do uso de máscaras como medida de proteção coletiva e a não obrigatoriedade da apresentação do passaporte vacinal, a discussão sobre a vacinação torna-se ainda mais importante.

O que diz o Estado

O Estado reforça que a vacinação contra a Covid-19 é extremamente importante. As ações de vacinação são definidas pelos municípios, desde que sigam as orientações do estado.

O Estado realiza a distribuição das doses dos imunizantes, passa orientações por meio de Notas Técnicas, além de reuniões, capacitações e assessoria técnica diária para eventuais dúvidas das equipes municipais por meio da Gerência de Imunização da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC).

De acordo com a Dive/SC, enquanto houver pessoas não vacinadas entre a população permanece o risco de contágio da Covid-19 e o surgimento de casos graves que precisam de internação.

O órgão ressalta que é fundamental manter as demais medidas preventivas como uso de máscara de proteção (em locais fechados e quando o indivíduo apresentar sinais e sintomas respiratórios), higienização das mãos e ventilação dos ambientes.

A etiqueta da tosse também é importante, ou seja, cobrir o nariz e a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar.

“A prevenção é uma das formas da população ficar protegida. A ventilação natural dos ambientes é uma das principais medidas de prevenção de doenças respiratórias, como Covid-19, gripe, resfriado, meningite, entre outras.”, conclui a Dive/SC.

2ª dose de reforço para idosos acima de 60 anos

Em meio à alta de casos da Covid-19, a SES, seguindo orientação do Ministério da Saúde, passou a recomendar a partir desta quinta, a aplicação da segunda dose de reforço da vacina para idosos com 60 anos ou mais.

A recomendação é que a vacinação seja iniciada da maior faixa etária para a menor, ou seja, começando pelos idosos com 69 anos, 68 anos e, assim, sucessivamente.

De acordo com o Ministério da Saúde, estudos mostram que a aplicação de mais uma dose de reforço aumenta em mais de cinco vezes a imunidade uma semana após a aplicação.

Informações nd+