Em janeiro, SC atingiu maior número de infectados pela Covid-19 em toda a pandemia

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No mês de janeiro, mais de 253 mil pessoas foram infectadas pela Covid-19 em Santa Catarina. Foi o maior número absoluto de registros em um único mês durante toda a pandemia.

O dado consta no informe do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense) divulgado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). O estudo analisa a evolução da Covid-19 em SC entre os dias 28 de janeiro a 4 de fevereiro.

Nesse período, o registro de casos cresceu 16% em relação à semana anterior, uma vez que foram notificados mais 64.871 novos casos da doença em apenas sete dias.

A média diária de casos superou o patamar de 9,2 mil. Segundo o Necat, o indicador aponta a continuidade da explosão do contágio no Estado.

A pesquisa da UFSC demonstra que os casos ativos atingiram o pico máximo em 29 de janeiro, chegando 80.250 pessoas infectadas ao mesmo tempo. Na mesma semana, os casos caíram para 67.395 infectados. Ainda assim, a média do indicador permaneceu em aproximadamente 1.556 casos/dia.

O boletim do governo do Estado, divulgado nesse domingo (6), contabiliza 60.374 casos ativos da Covid-19.

Mortes por Covid-19

O estudo observou que o crescimento expressivo dos novos casos e dos casos ativos passou a ter efeitos sobre o crescimento do número de mortes causadas pela Covid-19, principalmente nos últimos sete dias, quando foram registrados mais 218 óbitos.

A média diária desse indicador atingiu o patamar de 31 mortes/dia na semana considerada. Esse número equivale ao patamar médio diário de óbitos que ocorreu na primeira onda, entre julho e agosto de 2020.

“Todavia, deve-se ponderar que parte desses óbitos pode ter ocorrido nas semanas anteriores, sobretudo em função dos diversos problemas existentes na base de dados do Ministério da Saúde”, ressalta o informe.

Até esta segunda-feira (7), 20.778 mortes em decorrência da Covid-19 foram registradas no Estado.

Efeitos da expansão

O cenário de aumento da infecção na população catarinense já está provocando efeitos sobre a estrutura estadual de saúde, de acordo com o boletim do Necat.

A ocupação de leitos de UTI SUS por pacientes com Covid-19 ampliou em todas as regiões. Como consequência, a ocupação de leitos de UTI SUS geral no Estado voltou a superar o patamar de 80% da capacidade.

Nesta segunda, a taxa de ocupação desse tipo de leito está em 85,3%, conforme o painel de monitoramento do governo do Estado. No Vale do Itajaí, a taxa supera os 90%.

O informe da UFSC avalia que os indicadores apresentados apontam para a necessidade de ações imediatas das autoridades de saúde pública no Estado e nos municípios no sentido de buscar frear a circulação da variante Ômicron no território catarinense.

“Ao mesmo tempo, é necessário também que a população catarinense tenha consciência de que a pandemia ainda não acabou e que todos aqueles cuidados fundamentais recomendados desde o início da pandemia  – evitar aglomerações, fazer higiene básica e usar máscara – ainda são necessários para se evitar a continuidade dessa nova onda da Covid-19 no Estado potencializada pela variante Ômicron”, conclui a pesquisa.

Informações nd+